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CACO

Entro desesperado em casa, minha mãe vem correndo ao meu encontro me abraçando apertado e chorando muito.

CACO: Vocês estão bem né? Acabou mãe, acabou essa porra toda- dou um beijo em sua testa porém a mesma continua chorando.

GESSYCA: Filho eu não sei por onde começar- fala acariciando meu rosto.

CACO: Conta logo, tá me assustando- meu pai entra com a mão na barriga cheio de sangue.

GESSYCA: Filha da puta o que tu fez?- ela sai dos meus braços correndo até a ele ajudando a se sentar no sofá.

NEGÃO: Calma preta, só um tiro pow, teu nego tá de volta- diz rindo, a cara dela não tava legal.

GESSYCA: Tu acha graça? Ágata foi pega por aqueles desgraçados, e pra piorar Karina levou um tiro, tu tá achando graça Pedro?- diz alto demais fazendo minha cabeça doer.

CACO: Cadê a Karina mãe? Onde ela tá? PORRA!- falo com as mãos na cabeça sentindo meu coração errar as batidas.

GESSYCA: Ela ta no postinho, filho eu..

CACO: Agora não- falo indo pra porta e saindo dali, subo na minha moto e vou direto pro postinho, lágrimas enche meus olhos, o medo de perder ela me consome.

Chego no postinho indo pro balcão, mais assim que vejo Rn sentado nas cadeiras chorando meu corpo fica mole, eu fico em choque pensando no pior.

Vou até ele, porém logo aparece Helena, Milene e Aline chorando, me sinto um lixo.

CACO: Cadê ela? Fala onde tá ela?- chego transtornado sentindo o abraço da Helena, me dando calma.

HELENA: Ryan ta em choque, eu não sei como te falar isso, eu só quero que fique calmo- vejo seu olhar triste, respiro fundo tentando me acalmar.

RN: Ela perdeu o bebê- diz calmo com as lágrimas caindo.

CACO: Do Que você tá falando porra? Eu quero vê ela agora- digo nervoso.

MILENE: Deixa ele comigo, vem- Helena assente, ela pega minha mão nos afastando dos outros.

CACO: Eu quero vê ela Milene, caralho o que ela tem?

MILENE: Você sabia que ela tava grávida? Sabia?- pergunta calma me fazendo ficar mudo, grávida? Minha preta? Desde quando, ela nunca me contou, ela não podia... eu ia ser pai?

CACO: Como... como?- passo as mãos na cabeça, eu tava sentindo fúria e muita dor, como eu ia saber? Ela sabia?

MILENE: Ela perdeu o bebê, no caso perdeu a neném, era uma menina e...- não consigo escutar mais nada, só saio indo pra fora do postinho sentindo uma dor enorme no meu peito, sinto minha vista doer, a culpa é minha, é minha.

Eu devia proteger ela, devia ter ficado com ela e não deixado ela sozinha, ela não vai me perdoar, nunca .

Sento no chão com as mãos no rosto, chorava alto mesmo, eu não tava nem aí, só queria que parasse de doer. Minha filha, filha? Quem diria, nunca quiz ser pai e agora isso, merda, eu nunca pude ver seu rostinho e nem um chute ou qualquer outra parada, e a vida me tirou isso.

Sinto um abraço apertado nas minhas costas.

ALINE: Vai ficar bem meu sobrinho, ela vai ficar bem, agora ela precisa de você- diz calma me trazendo à tona.

CACO: Quero ver ela... Agora!

Levanto seguindo minha tia em direção a porta, entro vendo a mesma deitada, parecia dormir, sento perto da mesma segurando sua mão, noto sua barriga um pouco avantajada, como eu não reparei nisso? Caralho eu sou um inútil que não nota nem na própria mulher.

Deito minha cabeça no seu peito sentindo seu coração bater, fecho os olhos pensando em tudo que a gente viveu, como eu amo essa mulher, eu amo com tanta força.

Fecho os olhos sentindo minha vista escurecer, só escutando as batidas do seu coração.

Acordo por um barulho de choro, sento vendo que Karina tá acordada chorando, ela me olha e vira o rosto pro lado, meu peito começa a doer com o medo dela nunca mais querer falar comigo.

CACO: Ká? Você tá bem? Eu quero..- a mesma me corta negando com a cabeça.

KARINA: Quero ficar sozinha, por favor- diz tão baixo que quase não dava pra escutar.

CACO: Vou chamar o médico tá?- ela assente virando o rosto novamente.

Saio da sala indo em direção ao Ryan e minha tia, eles não saiam dali de jeito algum.

CACO: Ela acordou- falo vendo minha tia Aline ir chamar o médico.

RN: Ela vai ficar arrasada quando saber, o sonho dela sempre foi ser mãe.

CACO: Acho que ela sabe, ela não quiz olhar na minha cara e...

RN: Você acha que vocês vão saber lidar? Sabe? Isso tudo- diz me olhando reluzente.

CACO: Nunca vou deixar ela Ryan, nunca, eu vou esperar todo o tempo, eu quero casar com ela, eu quero ser tudo que eu não fui a ela- falo vendo o mesmo sorrir de lado.

RN: Melhor mesmo, meu pai tá querendo invadir pra pegar minha mãe e eu quero te pedir uma parada- diz coçando a nuca.

CACO: Qualquer coisa- falo vendo o mesmo assentir.

RN: Karina precisa de tu agora, eu quero que tu cuide dela e da Helena, se alguma coisa acontecer comigo nessa invasão

CACO: Ta maluco Ryan? Do que tu ta falando? Vai acontecer nada não, para de ser louco- respondo com a mão na cabeça.

RN: Só to dizendo que se pá acontecer, cuida do meu filho, papo reto Caio, tu sabe que vai ser padrinho do meu menino e se eu não voltar...

CACO: Tu vai voltar e ficar com a tua família Ryan, e encerrou esse assunto- corto o mesmo dando rl nesse assunto, cada coisa pra encher minha mente, logo agora porra.

Logo o médico entra na sala junto de minha tia, escuto gritos de Karina, me sinto um merda, eu queria muito tirar a dor dela, entro na sala vendo a mesma abraçada a Aline, aos prantos.

KARINA: Minha menina- diz soluçando.

Tia Aline se afasta dela, a mesma me olha triste, logo abraço ela apertado, acariciando seus cabelos e sentindo uma dor no peito enorme, hoje eu morri várias vezes de ter visto ela assim.

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