Epílogo: O que o Amanhã Trará?

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Se você pudesse escolher entre ter memória fotográfica ou poder prever precisamente o futuro, qual você escolheria? É uma decisão difícil, já que há prós e contras em ambos os lados

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Se você pudesse escolher entre ter memória fotográfica ou poder prever precisamente o futuro, qual você escolheria? É uma decisão difícil, já que há prós e contras em ambos os lados.

Pessoalmente, eu escolheria a primeira opção. Recordar-se detalhadamente de todos os acontecimentos de sua vida significa abraçar os bons e os maus momentos. Apesar dos traumas que vivenciei e dos vários erros que já cometi, aprendi muito — e continuo aprendendo — com meu passado.

Com o futuro é diferente. Se eu pudesse prevê-lo, por um lado, contornaria os imprevistos do dia a dia, tornando-me bem mais produtivo. Por outro, tenho certeza de que enlouqueceria. Imagine ter ciência do dia e da causa da própria morte, ou pior, de seus amigos e familiares. Não, obrigado. Prefiro ser feliz e ignorante que carregar esse fardo.

A imprevisibilidade é um dos sabores da vida. Às vezes, o gosto é bom, outras não. É graças a essas travessas variáveis incalculáveis que nenhum dia é idêntico ao outro. Sendo assim, uma nova oportunidade para se conhecer ainda mais.

No entanto, a montanha-russa que chamamos de vida sempre terá um abrupto destino: a morte. Se eu dissesse que não tenho medo de morrer, estaria mentindo. Ainda quero finalizar muitos de meus projetos antes de ir.

Em dezembro de 2022, visitei os túmulos de meus entes queridos e deixei belas flores a eles como sinal de gratidão. Admito que senti uma sensação estranha ao me deparar com as sepulturas de jovens que se foram mais novos que eu.

É por isso que eu admito: não faço ideia do que o amanhã trará. Na verdade, nem sei o que as próximas horas trarão e digo isso com orgulho. Sou humano, pequeno, frágil e imperfeito, porém, defensor da natureza, da cidadania e da diversidade, além de um consciente doador de órgãos. Reconheço meu lugar neste mundo.

Contudo, vamos todos concordar que o fim não é a parte mais importante da vida. É o que construímos a partir dela. Afinal, não vivemos só para morrer, não é mesmo?

Dizem tanto por aí que a morte é a única certeza que temos quando nascemos. Mas eu, um observador nato, trago-lhe outra tão óbvia, que só aqueles que se prendem a sonhos diurnos notam: de que os ventos da mudança, cedo ou tarde, soprarão a nosso favor.

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AUTORIA DESCONHECIDA. Disponível em: https://i.pinimg.com/originals/68/9a/67/689a67eea837c6f8192aadd2a528dd6d.gif. Acesso em: 16 abr. 2023.

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