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— Você está bem? — Lauren me perguntou quando chegamos à garagem da casa de Griffin

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— Você está bem? — Lauren me perguntou quando chegamos à garagem da casa de Griffin. Por ter comprometido a moto, estava sem um veículo para ir até a escola e já tínhamos perdido o horário do último ônibus.

Eu tinha soltado uns gemidos de dor quando descemos as escadas para chegar até a garagem. A médica tinha dito a Griffin que havia a possibilidade de eu ter trincado uma das costelas, mas que não tinha como imobilizar. Eu teria que esperar meus ossos se recuperarem naturalmente.

A dor nem era tão presente. Não tanto quanto o esfolado em minhas pernas e braços. As feridas queimavam. Não permitiam que eu as esquecesse.

— Melhor do que mereço. — rebati.

— Não diga isso.

— Você não tem ideia do quanto eu estou feliz por você não ter estado comigo em cima daquela moto. — falei, confessando que a ideia tinha passado pela minha cabeça. Correr, para mim, era uma aventura. O vento no rosto, a textura da rodovia sob as rodas da moto. Fazia com que eu me sentisse vivo, e eu me peguei querendo ter essa experiência com os braços dela envoltos na minha cintura. Com o calor dela contra meu corpo.

Duvidava que ela fosse aceitar o convite depois da noite anterior.

— Já passou. — Lauren me tranquilizou, se equilibrando sobre as pernas — Não precisa se abater com isso agora.

— Eu nunca me perdoaria. — levantei uma das mãos para segurar o queixo dela, erguendo seu rosto. Ao tocar sua pele, pequenos choques começaram na ponta de meus dedos e caminharam até o cotovelo, me despertando.

Estava acordado, sim, mas o contato com Lauren fazia com que me sentisse alerta. Os olhos dela ainda estavam fixados no chão.

— Você fala como se conhecesse o sentimento.

Deixando os ombros caírem, soltei o queixo da garota e enfiei as mãos nos bolsos. Ao ouvir ruídos que indicavam que Griffin estava se aproximando, baixei o tom de voz.

— Eu fiquei aterrorizado ontem. Isso nunca tinha acontecido comigo. Nós costumávamos ser idiotas e fazer essas coisas o tempo todo, mas eu acho que essa é a primeira vez que eu penso, "merda, e se ela estivesse comigo?".

— Vocês não deviam participar de corridas se estiverem bebendo. — Lauren soou alarmada.

—Vou ganhar um sermão?

— Você já é grandinho. — ela deu um meio sorriso — Não precisa de mim para dizer o que é certo e o que é errado.

Lauren se virou e vestiu a jaqueta vermelha que carregava em uma das mãos. A cor complementava seus cabelos em vez de apagá-los.

— Eu já vou indo.

— Fique.

— Tenho compromisso.

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