12 / griffin

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Eu dormi mal para caralho

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Eu dormi mal para caralho. Em dado momento, arrastei Asher para o meu quarto, para que ele não acordasse ainda mais quebrado no dia seguinte, o que aconteceria se ele dormisse no sofá. Sem confiança para deixá-lo sozinho, acordei de meia em meia hora com os ruídos que ele emitia, agonizando enquanto tentava encontrar uma posição confortável.

Pelo menos ele acordou bem. Resmungava um pouco quando precisava fazer movimentos bruscos, mas afirmou que o esfolado em seus braços e pernas era pior, porque ardia. Mas, motivado pelo seu humor inabalável ao saber que Lauren tinha permanecido ao seu lado, mesmo em circunstâncias assustadoras, ele já estava arruinando a minha cozinha enquanto preparava café da manhã.

— Você devia repousar. — alertei-o, mas ele não estava a fim de me dar ouvidos.

— Quero fazer isso por vocês. — Hero explicou — Vocês me ajudaram ontem, e eu estaria fodido se tivesse sido mandado para o hospital. Minha mãe ia falar merda na minha cabeça por décadas.

— Você sabe que não tinha a menor chance de eu deixar você entrar em uma ambulância.

Ele pausou, direcionando seus olhos esmeralda para mim. Me perguntei se era isso que tinha feito com que ele ganhasse Lauren. Eu já tinha ouvido de Marissa que os olhos de Hero eram inigualáveis.

— Você é um amigo foda, Jones. Não sei se eu falo isso com a frequência que eu deveria.

Dei um assovio desdenhoso, como quem dizia para que ele parasse com isso. A verdade era que, nos últimos meses, eu já tinha me acostumado a ir atrás de Asher consertando as merdas que ele fazia. Se eu fosse depender de reconhecimento para ajudá-lo, eu não teria mais um amigo.

Desde que Marissa se foi, Hero nunca mais foi o mesmo. Passava oitenta por cento do tempo completamente bêbado, e os outros vinte por cento tentando se matar indiretamente, seja com as corridas, seja por intoxicação alcóolica. Teve um dia em que ele convenceu a mim e aos outros que deveríamos ir até a praia. Quando chegamos lá, ele disse que ia comprar águas para nós, e eu só notei que ele não tinha voltado quando o salva-vidas se jogou na água para resgatar o idiota que tinha pulado de uma pedreira que ficava nos arredores.

Foi nesse dia que Logan e eu decidimos que precisaríamos fazer uma intervenção. Esperaríamos pelo primeiro dia de aula, para usar a desculpa de que um novo ciclo estava se iniciando e ele precisava consertar a atitude de psicopata.

Ele conheceu Lauren.

De repente, ele estava de volta.

— Devemos acordá-la? — perguntei, indicando o corredor que dava para o quarto de hóspedes em que Lauren estava dormindo.

— Ela deve estar cansada. Vamos dar mais alguns minutinhos de sono a ela.

— Meu pai vai chegar a qualquer momento. — menti por impulso, porque meu pai estava viajando e só voltaria na semana seguinte. Torci para que ele não notasse o quanto eu estava ansioso para vê-la, para examinar sua reação, agora que a adrenalina tinha passado.

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