11 / griffin

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— Asher! — berrei por cima da música ao correr varado na direção do corpo do meu melhor amigo no chão

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— Asher! — berrei por cima da música ao correr varado na direção do corpo do meu melhor amigo no chão. Caí de joelhos ao seu lado, em pânico absoluto, pressionando a lateral de seu pescoço com dois dedos para verificar se ele tinha pulso.

Seu coração ainda estava batendo. Graças a Deus, porra.

A música parou e ouvi os passos apressados de Logan e Kennedy, que se aproximavam e se agachavam a minha volta enquanto eu estapeava o rosto de Asher, em uma tentativa vã de que ele retomasse a consciência.

— Você só pode estar de sacanagem. Asher! — Adrian gritou, como se isso fosse fazer Hero recobrar os sentidos. Não que a minha maneira de tentar acordá-lo estivesse sendo muito mais eficaz. Mas eu sabia o que ele estava pensando. Era o que todos nós estávamos pensando.

De novo não, caralho.

As mãos cheias de anéis prateados de Logan removeram gentilmente o capacete de Hero. Ela repousou sua cabeça dele sobre as próprias pernas, quando ele piscou, tentando abrir os olhos. A tensão entre nós cinco se rompeu, e todos soltamos a respiração ao mesmo tempo. Era tão palpável, que era como se alguém tivesse erguido um peso insuportável de nossos ombros. E meio que era isso mesmo.

A única pessoa que não parecia aliviada era Lauren Ronan. Suas mãos tremiam e eu podia ver o suor frio se acumulando em sua testa. Eu tentava decifrar sua expressão quando ouvi Kennedy falar:

— Griff, nós precisamos dar o fora daqui. Agora.

Quebrando contato visual com Ronan, olhei para os meus amigos, tentando pensar em uma solução rápida para aquele problema. Asher mal estava consciente, não podia simplesmente se levantar e assegurar aos outros de que estava bem. E os caras da faculdade, que não queriam nenhuma mancha em suas respectivas consciências e reputações, dariam o fora dali antes que qualquer ajuda médica chegasse.

— Cara, eles vão chamar uma ambulância. — Adrian ecoou meus pensamentos, olhando por cima do pescoço enquanto uma garota da universidade pressionava o telefone contra a orelha.

Fracos. Todos eles. Não sabiam lidar com uma crise.

Mas, graças a Asher, eu era especialista em resolver esse tipo de problema. E nós não seríamos pegos diante de um adolescente que acabara de sofrer um acidente de novo.

— Me ajude a levar Hero para o carro. — instruí Adrian, porque era o único que aguentaria o peso do amigo. As garotas, embora atléticas, estavam nervosas demais. E Lauren, antes que eu pudesse avaliar sua capacidade de nos ajudar, emitiu sua opinião que absolutamente ninguém pediu:

— Você está maluco? — ela sibilou para mim, com os olhos arregalados — Ele pode ter uma costela quebrada. Ou uma concussão. Precisamos esperar a ambulância.

Eu não tinha tempo para aquilo.

— Escuta, novata, você não sabe nada dessa cidade. — não tomei o cuidado de ser gentil, sabendo que dadas as circunstâncias meus amigos não policiariam meu tom — Nada sobre nós, ou como as coisas funcionam aqui. Então se eu digo para me ajudar a pôr Asher no carro, você pega os braços dele e me ajuda a carregá-lo. Ou, pelo menos, sai do caminho. Teremos tempo para todas as suas perguntas idiotas depois.

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