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Dirigimos de volta para Fort Valley em silêncio

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Dirigimos de volta para Fort Valley em silêncio. Samantha Ward – ou melhor, a verdadeira Lauren – tinha se recusado a falar diretamente comigo. Na verdade, ela sequer olhara para mim. Eu ainda estava tentando entender o motivo, mas essa era a pergunta que ficaria.

Por que aquela garota tinha se dado ao trabalho de se mudar para a nossa cidade, se infiltrar em nosso grupo, se envolver comigo e depois... simplesmente desaparecer, no ar? Como fumaça.

Eu ainda sentia o ardor nos pontos do meu corpo que ela havia tocado. Lauren... Sam... tinha deixado uma marca. Ela tinha me marcado a ferro quente.

— Então, ela fingiu tudo? — Kennedy perguntou, de braços cruzados, o lábio superior tremendo. Ela não era como Logan, como eu. Se assemelhava mais ao primo, no sentido de que era difícil se deixar envolver por alguém e fazer novos amigos. Como Griffin, também era difícil enganá-la. Se sentir traída não era algo comum para Kennedy Jones.

— Não sabemos. — Griffin explicou, sem olhar para a prima. Ele fitava um ponto entre a mata densa, como se esperasse que Lauren fosse aparecer entre as árvores a qualquer momento. — Não temos como dizer o que foi real, e o que não foi.

— Ela parece um fantasma. — Logan disse, sombria — Parece que só existe entre nós, um mau agouro vindo do além para nos punir.

— Bem que gostaríamos. — Griffin sentenciou — De enfrentar algum tipo de consequência pelo que fizemos. Acho que faz parte do jogo psicológico dela. Ela queria ser descoberta. Sua intenção é que todos nós vivamos com a consciência de que ela sabe a verdade. Então, o segredo não está mais seguro só entre nós cinco.

— Mas qual é o sentido? — Adrian questionou, seu corpo pressionado contra as costas de Logan, o queixo apoiado em seu ombro — Por que ela se daria a todo esse trabalho, só para torturar um pouco mais Hero?

— É exatamente isso. — falei, entendendo — Ela queria me causar dor. E foi muito bem-sucedida, se essa era a sua intenção. Eu estou confuso. Não sei o que foi real e o que não foi. Ninguém consegue fingir aquele tipo de sentimento. Não com tanta naturalidade.

Griffin engoliu em seco, mas não disse nada.

— Eu me recuso a ser refém de Samantha Ward. — Logan disse, finalmente — Vamos confessar. Falar a verdade para a polícia e para os pais de Marissa.

— Isso vai nos arruinar. — Griffin avisou — Você sabe. Vai entrar em nossos registros escolares, possivelmente nos fichar. Nós interferimos em uma investigação sobre a morte de uma adolescente e escondemos as evidências.

— Vai nos libertar. — Logan esclareceu — Não vamos precisar viver com essa mentira mais. Tudo que fizemos, desde que nos unimos, foi de comum acordo. É por isso que nosso vínculo é tão estreito, e tão intenso. Somos pessoas diferentes, mas, no fundo, sempre conseguimos chegar a um entendimento. Um ponto de convergência. É isso que estou pedindo de vocês mais uma vez.

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