Capítulo -17

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- Sim, senhorita – Aliyah rapidamente surgiu do meu lado.

- Leve para mim – Estendo o copo vazio – Aproveite e chame os meus amigos, preciso deles em minha sala, por favor.

- É pra já!

- Se eu fosse essa garota, eu perguntava: Cadê as suas pernas? Não tem boca também? – melissa provocou.

Eu nem sequer precisei abrir a minha boca, mudei totalmente a minha posição e a olhei de uma forma fuzilante. Apoio as mãos em minha cintura, bastou apenas uma pose, para que  melissa se encolhe totalmente e fingisse estar conversando com a esposa.

Jasmine abraçou a grandona para disfarçar o clima e de canto de olho, eu percebi S/n um tanto encolhida.

Rapidamente amenizo o meu jeito prepotente, não quero deixar ninguém desconfortável, principalmente a ômega que é bastante sensível. Faço um movimento com a mão, chamando-as para me seguirem. Pegamos o elevador em silencio e fomos para a minha sala ainda sem ninguém abrir a boca, o que eu agradeci por isso. Na minha sala, Emma e Hunter já me esperavam.

- S/a, esses loucos também vão nos ajudar com o casamento – Aponto para os dois que estão sentados no sofá de canto.

- Pagando a mais, eu faço qualquer coisa – Hunter riu.

- Eu já gostei de você! – Jasmine piscou para o ômega, ambos trocaram um imenso sorriso de amizade.

- Acho melhor a gente focar primeiro nesse casamento e depois focaremos nos negócios – S/n comentou, o que me fez assentir em concordância – Quero acabar logo com isso.

- Então vamos nos casar o mais rápido possível – Pego o telefone de minha sala e disco o ramal de minha secretaria – aliyah, eu preciso que você venha até a minha sala.

- Eu já estou indo, senhorita Ortega.

- Eu não entendo o motivo desse casamento falso – Emma colocou uma perna por cima da outra, cruzando-as.

- Você não tem que entender nada, Mayers – Reviro os olhos – Apenas nos ajude.

- Claro que eu vou ajudar, festa é comigo mesmo – Emma rebolou no sofá, o que me fez resmungar baixo – Comida e bebida de graça é mais que bem-vindas.

- Essa é das minhas – Melissa correu até a Mayers para elas baterem um hi-five.

- As vezes é bom a gente fingir que somos surdas – S/n  cochichou para mim.

Com toda certeza, apenas vamos ignorar aquelas loucas. Aliyah apareceu rapidamente, o que deixou Emma comportada e babando pela garota, esquecendo completamente que tem mais uma louca no recinto para badernarem.

Deixei que S/n começasse com o seu plano, ela optou por contar a verdade para que Aliyah entendesse melhor sobre a nossa situação. Se a gente quer se casar o mais rápido possível, então precisamos de ajuda para isso.

- Não precisamos alugar um local para o casamento e nem precisa ser na igreja, acho isso um pecado – S/n entortou os lábios ao pensar – Tem que ser algo simples, pois os convidados serão apenas a gente e os nossos pais.

- Mas ninguém da empresa? – Hunter questionou, ele está segurando um bloquinho de notas que pegou de minha mesa e uma caneta.

- Eu não sei – Fito a Omega que continua do meu lado.

- Posso dar uma ideia? – Aliyah se manifestou, aceno levemente com a cabeça – Seria bom convidar um ou outro, assim pensaram que vocês são normais e não desconfiaram de qualquer coisa, caso aconteça algo no futuro.

- Seria tipo testemunhas ao nosso favor – Emma raciocinou com a sua amada – E quem sabe começaríamos a mudar a cabeça de algumas pessoas?

A nossa extinção pode acabar.
- Então todos da nossa espécie, terão que tomar as pílulas para camuflarem o cheiro – Murmuro pensativa.

- A gente já faz isso direto, não tem problema – Jasmine desdenhou com os ombros.

- E então – Melissa voltou ao assunto do casamento – Onde vai rolar essa porra toda?

- Campo... – S/n sussurrou, todas as meninas  e Hunter olharam para ela, inclusive eu – Isso, pode ser em um campo...eu gosto da natureza – Reforçou.

- Por que será...? – Hunter  cantarolou – Então vai ser no campo, como a loba preferir.

Eu não dei tantos palpites assim, não precisava ser um casamento grande, afinal, tudo não passa de uma mentira. Hunter e aliyah trabalhavam em escrever no bloco de notas sobre as nossas ideias, mas quem estava dando mais ideias, são as meninas.

Estou começando a me arrepender de ter as chamado para nos ajudar. Me senti perdida naquele tanto de vozes que ecoavam pela minha sala. Para a minha salvação, S/n pegou em minha mão, que causou um choque gostoso, e me puxou para fora da sala, deixando as meninas discutindo sobre o nosso casamento.

Começamos a andar lado a lado em direção ao elevador, a Ômega parecia cansada de escutar aquelas loucas.

- Seria mais fácil o casamento ser apenas um jantar em alguma casa e pronto, simples assim – S/n suspirou cansada.

- Não foi uma boa ideia ter colocado as meninas no meio.

- Definitivamente não! – Ela deixou os ombros caírem em desanimo – Mas tudo bem, um casamento bacana vai ser o suficiente para que os nossos pais acreditem.

- S/a, eu tento pensar em todas as possibilidades para você querer agradar o seu pai, mas nada vem na minha cabeça...

- E você – Assim que as portas do elevador se abriram, S/n passou por mim e começou a andar de costas, me fitando com o semblante fechado .

– Estava mesmo desanimada por não encontrar a sua alma gêmea? – Tocou no assunto em que a minha irmã tinha contado a ela.

- Eu não quero falar sobre isso.

- Da mesma forma que eu não quero falar sobre aquilo – Se referiu ao casamento de mentira.

- Tudo bem – Pressiono os meus lábios com uma certa força, deixando apenas um risco.

S/n passou a andar de frente e não me olhou, caminhamos pelo salão de automóvel que agora está completamente vazio, só tem apenas os carros elétricos expostos.

A Ômega que está a minha frente, ela se dirigiu para o Audi branco em destaque, que continua rodando em círculo.

S/n andou em volta do veículo, o admirando e tocando em sua lataria lisa, tão bem encerada e brilhante. Me encosto na minha enorme placa e a observo, gostando de sua curiosidade. Aqueles olhos castanhos pareciam aprovar o que está vendo.

Desço o meu olhar por suas costas que estão a mostra por conta da blusa que é aberta atrás, reparei em uma pequena pinta no meio das costas, eu senti vontade de toca-la.

Descer mais o olhar, foi como uma morte prazerosa. A bunda tão grande e tão marcada naquela saia quase que transparente, e as coxas? Torneadas, as pernas brilhantes provavelmente cuidadas com creme. Não, eu não posso acordar quem está adormecido.

Continua??

Big Bad Wolf  - Jenna e S/n (Jenna g!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora