Capítulo -64

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Continuação.......

Envergonhada a Jenna remexeu as coxas e levou uma mão por cima do volume, enquanto a outra continuava no volante para guiar o carro elétrico.

O resto do caminho fomos ouvindo músicas, conhecemos novos artistas e aprovamos alguns deles. Ao chegarmos na casa dos meus pais, foi um sacrifício fazer o esforço de sair do carro, afinal, eu estou assada. Para evitar aquele roçar de coxas, coloquei uma perna para frente e fui dando passos gigantes, parecendo uma verdadeira louca.

Jenna gargalhava histericamente atrás de mim, mas esse foi o único jeito que eu encontrei para amenizar a dor.

Toco a campainha cinco vezes em seguida, preciso me sentar logo. Quando a porta se abriu, a minha mãe me encontrou com as pernas afastadas e uma alpha gargalhando sem parar.

- filha! - S/M exclamou ao ver o meu estado catastrófico.

- P-parece...p-parece...u-um frango a-assado t-tentando f-fugir - jenna não parava de rir.

- E você não está nem um pouco dolorida, não é? - Bastou um simples tapa no meio de suas pernas. Ela parou de rir na hora e se curvou em dor.

- S/n! - jenna prendeu a respiração e segurou firme no pênis. De tanto que ela o usou, o mesmo também está dolorido e assado.

- A SALSICHA ESTÁ ASSADA!

- Meninas? - Meu pai surgiu atrás de dona S/M que ainda está embasbacada - O que aconteceu com vocês? Foi algum ataque?

- S-sim... - jenna choramingou - A S/a acabou de atacar o meu pau.

- Quem bateu em vocês? - Minha mãe perguntou preocupada - Eu vou acabar com essa pessoa e...

- Mama - A corto envergonhada pelo nosso estado - Não se preocupe com isso, é da nossa espécie e...

- NOSSA ESPECIE? - O pai fuzilou a alfa lúpus com os olhos - Você esteve no cio?

- Aí molhou o pé do frango na água de salsicha - Jenna fez careta - Viemos para um almoço agradável.

Passo pelos meus pais ainda sentindo os olhares deles sobre mim, qual é? Nunca viram alguém assado? Dou um passo longo de cada vez, sempre desengonçada naquele andar e a Jenna nem sequer ousou abrir a boca para rir.

Quando finalmente chegamos na cozinha, eu dei graças a Deus por poder me sentar e não fazer mais movimentos bruscos. A alfa lúpus prontamente arrastou a cadeira para o meu lado e assim que sentou-se, pousou a mão em minha coxa, deixando-a parada.

O celular de ultima geração dela apitou e ela rapidamente o pegou, sem tirar a mão de mim. Volto a minha atenção para os meus pais, deixando a Jenna entretida com o seu aparelho.

- Cheirinho de lasanha! - Aspiro o ar, me embriagando mais daquele cheiro tão especial.

- Você sempre acerta, querida - S/M acariciou o meu cabelo e eu me senti acolhida por aquele carinho simples.

- Eu quero falar uma coisa com vocês

- Intercalo o olhar entre o Pai e a mãe de S/N - E espero de coração que vocês entendem.

- Eu posso até imaginar o que você vai falar.

- O que? - Indago curiosa ao meu pai, mas ele só fez um sinal com a mão para que eu prosseguisse - Eu não posso mais continuar nesse casamento, aliás, eu não posso continuar fingindo isso para vocês -

Aponto para mim e depois para a Jenna que não parava de digitar no celular.

- Filha - S/P esticou a mão para poder pegar a minha - Eu percebi isso quando a Jenna foi conversar comigo na Starbucks. A forma como ela falou, deixou bem claro que tudo foi forçado e fingido.

- E realmente foi -Jenna se manifestou pela primeira vez, ela guardou o celular no bolso do casaco - Você forçou a sua filha a se casar comigo.

- Eu não quis dizer sobre isso - Meu pai torceu o nariz - Eu quis dizer que o casamento é forçado, um casamento de mentira - Deixou os ombros caírem - No começo achei que estava tudo perfeito e verdadeiro, mas depois da conversa que eu tive com você - Seus olhos estão presos na alfa lúpus - Deixou tudo muito claro.

- Então eu não preciso explicar muitas coisas - Prontamente fico mais aliviada e menos entediada - Espero que você tenha entendido o que eu quero, pai.

Eu preciso ser livre, mas eu quero ser livre com a jenna.

- Somos livres - Ela apertou a minha coxa com a mão que já está lá, depois a acariciou delicadamente - Chega de casamento falso ou qualquer coisa forçada.

- Eu estou mais do que feliz, sabia? - Minha mãe sorriu abertamente para nós duas - A nossa filha está super feliz e eu nem me lembro a ultima vez que a vi assim.

Troco um olhar intenso com a jenna, essa que não tirava a mão de mim e me passava uma paz surreal. Senti vontade de beija-la até perder o folego, pois, aqueles olhos conseguem fazer o meu coração disparar, me faz parar de pensar em qualquer outra coisa e as borboletas se agitam só de olha-la.

A troca de olhar foi quebrada por Jenna Ortega quando o seu celular apitou novamente, confesso que aquilo estava me irritando.

Ela pegou o aparelho e começou a rir sozinha. Mas que maldição! O que tem na porra desse celular? Com quem ela está falando? Eu só queria faze-la engolir essa porra de aparelho caro.

- Jenna, da para dar atenção? Estamos na casa dos meus pais - Reclamo sem conseguir manter a minha boca calada.

- Deixa ela, Filha - Meu pai riu - E como você está? - Mudou de assunto, dessa vez sendo delicado e torcendo levemente os lábios em tristeza - Eu gostaria de ser um pai bom a você, infelizmente ando falhando miseravelmente.

- Papai, cada um age de um jeito - Pisco para ele, mas então suspiro ao me lembrar de minha irmã - Apesar das merdas que você fez, eu ainda te amo.

- Ah princesa - Meu pai tocou no próprio coração fingindo ter sido atingido - Eu também te amo, filhota.

- E eu estou bem, quer dizer, penso muito na minha irmã...só esses dias que não deu para fazer algo - Mordo o meu lábio ao me lembrar do cio. Na mesma hora a Jenna gargalhou alto - Cacete, jenna!

- O que? Você já viu o grupo que as meninas fizeram? Você tem que olhar!
Então é isso? A Alpha está tanto no celular por conta de um grupo que as nossas amigas criaram? Que grupo é esse? Saco rapidamente o meu celular e só então vejo que me adicionaram a um grupo.

Continua??

Big Bad Wolf  - Jenna e S/n (Jenna g!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora