CONTINUAÇÃO.....- Eu não pensei nada, S/n– Descruzo os meus braços, deixando-os caírem sobre o meu corpo – Você pode fazer o que quiser, afinal, a casa também é sua.
- Certo... – Ela se encolheu sobre o meu olhar e o meu tom.
- Tudo bem, tem uma roupa nova aí dentro – Amenizo o meu tom para não a machucar – E acho que vai ter tudo o que você precisar, e se quiser mais alguma coisa, é só me procurar.
- Obrigada, Jen.
- Boa noite, S/a.
Dou as costas para a garota e entro de volta na mansão, se é assim que ela quer, eu vou respeitar.
[...]
Eu estava até em um sono gostoso, mas quando a chuva forte veio, me despertei totalmente e não consegui pregar os olhos, ainda mais pelos trovões fortes e os raios que iluminavam o meu quarto.
Confesso que tenho um pouco de medo da chuva, não é algo que me agrada, ainda mais quando é uma tempestade dessas.
Tiro o lençol de cima de mim e antes que eu pudesse me levantar totalmente, procuro pelas pantufas e só então vou para a janela do quarto que está fechada, pelo vidro, eu conseguia enxergar a edícula no fundo.
A luz do quarto está acesa e lá eu via a minha ômega na janela, observando a chuva também. Será que ela está com medo? Esfrego os meus olhos e foco mais nela, essa que parecia ter me encontrado com aqueles castanhos.
Nos olhamos pelas janelas, ela parecia não querer desviar o olhar e muito menos eu. Não sei quanto tempo ficamos assim, mas em um momento, ela acenou e se afastou da janela, saindo do meu ponto de vista.
[...]
Corro até ao fogão que começava a liberar um cheiro de queimado, praguejo por ver que quase queimei as panquecas.
Eu não sirvo para fazer muitas coisas ao mesmo tempo, ou eu dou atenção para o suco natural de laranja, ou eu foco nas panquecas.
- Se o meu faro não falha, essas panquecas quase passam do ponto – S/n comentou, eu por estar distraída, me assustei com a sua voz.
- Essas novas tecnologias conseguem me dar um pau – Resmungo ao colocar panqueca por panqueca no prato, empilhando-as. – Eu fui fazer um suco de laranja no liquidificador.
- Parece que deu certo,Jenn– S/n se dirigiu para o liquidificar que tem a jarra de vidro.
- Só não sei o gosto – Deposito o prato com panquecas em cima da bancada – Alias, bom dia.
- Bom dia, Jenn – Ela desejou pegando a jarra do liquidificador – Deixe-me te ajudar.
- Obrigada – A agradeço ao vê-la enchendo os nossos corpos – E como foi a sua noite? Conseguiu dormir com a tempestade?
- Até que sim... – Ela rapidamente mudou o foco – E você? Te vi acordada, parece que perdeu o sono.
- É, eu perdi – Puxo a cadeira para que ela se sente, assim que o fez, me sentei do seu lado para tomarmos o café da manhã na bancada – O que vamos fazer hoje?
- Você eu não sei, mas eu tenho que ir em casa pegar as minhas roupas – S/n pegou a garrafa de mel e despejou sobre as suas panquecas.
- Eu te ajudo, se você quiser é claro.
- Eu vou aceitar a sua ajuda sim.
Como será esses dias morando com ela? Por mais que tenhamos um pouco de intimidade, já que demos apelidos uma para outra, a sinto tão longe...tão afastada.
Não é isso que eu quero, eu preciso conquistar a confiança dessa ômega lúpus.
POV :S/N
Mais uma vez a tempestade caia afoita lá fora, além disso, algumas pedras de gelo surgiam e isso indicava cada vez mais que a neve se aproxima.
Olho para a cama bagunçada, onde não consegui pregar os olhos. E só para piorar a minha situação, quando deu meia noite, tudo em mim começou a se remoer.
Eu encostei a minha testa na janela e tentei me concentrar para não chorar, mas não tinha jeito, eu precisava me libertar para que aquela dor acabe. Lagrimas desceram aos montes, os meus lábios tremiam pelo choro forte que me atacava, a cada lagrima, era um soco em meu coração. Dor. Tristeza. Depressão.
Hoje é o aniversario da minha irmã, é o dia em que eu fico mais devastada. Nem aquela tempestade está mais me prejudicando naquele momento, o fato de saber que hoje é o aniversario dela, é o que me destrói completamente.
Por onde está a minha irmã? O que estão fazendo com ela? Por que eu não consigo acha-la?
Agarro o pijama em que estou usando, o tecido se amassava entre os meus dedos, eu sentia vontade de estar esmagando o meu coração para ver se aquela dor diminuísse, mas de nada adiantava. Era ali que eu me xingava mentalmente por ser uma ômega lúpus, por ser tão sensível e sentir de todas as formas aquela tristeza amarga, aquela dor profunda de perca e aquele sentimento de fracasso. Eu sou uma fracassada por não ter encontrado a minha irmã até agora, eu juro que tentei de tudo, juro que dei o meu melhor e mesmo assim não consegui nem ser fareja-la. Não, a minha irmã não pode estar morta.
- S/aa, eu... – De repente, a porta daquele quarto master foi aberta bruscamente por uma jenna assustada
– Você está chorando? – A sua feição mudou totalmente ao reparar em meu estado devastado.
- N-não é nada – Trato de limpar as minhas lagrimas o mais rápido possível – Vai dormir, Jenn.
- O que aconteceu? – Ela se aproximou cautelosamente.
- E-eu p-preciso d-dormir... – Engulo o bolo de choro que se formou em minha garganta – P-por favor, me d-deixa em paz.
- Eu não te entendo, S/aa, estou numa boa com você e...
- DA PARA ME DEIXAR EM PAZ? EU NÃO SEI O QUE VOCÊ VEIO CHEIRAR AQUI – Berrei naquele meu modo defensivo, a guarda levantada. Eu pensei que ela fosse virar o seu jeito alfa lúpus, mas me surpreendi totalmente.
- Eu também tenho sentimentos, S/n – Jenna disse em um tom baixo – Juro que estou me controlando para não te machucar, mas cada vez mais, está sendo difícil...
- Jenn, m-me desculpa...
- Eu cansei – Ela se dirigiu até a porta, reparei em seu estado, Ela está molhada por conta de ter saído da casa e corrido para cá – Você não quer que eu te deixe em paz? Então eu vou te deixar.
Continua??
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Big Bad Wolf - Jenna e S/n (Jenna g!P)
WerewolfAnos atrás, um cientista conseguiu fazer uma mutação perfeita entre um humano e um lobo. Com o passar dos anos, essa especie foi entrando em extinção. O que fez sobrar poucos ômegas, alfas e betas. Na sociedade, hoje em dia, eles são considerados ab...