- Esse cheiro está fazendo a minha barriga roncar – Jenna se manifestou ao adentrar na sala de jantar.
- Espero que você goste do meu café da manhã – Encho duas canecas com o chocolate quente.
- Se o cheiro está maravilhoso, o gosto também vai estar – Jenna se acomodou na cabeceira e logo eu me ajeitava em outra cadeira também – Você acertou, S/a. Está caindo flocos de neve lá fora.
- Não vejo a hora de ver o chão cheio de neve e poder aproveitar – Comento animada. Pego a torrada com queijo e tomate, dou uma grande abocanhada
– O que vamos fazer hoje, jenn? Eu ainda não consegui explorar totalmente a sua casa.
- Tem tantas coisas para fazer, você não vai ficar com tédio – Garantiu apontando a caneca cheia para mim – Tenho uma sala de cinema particular, uma sala de jogos, uma academia e...
- Puxa, são tantas coisas! – Suspiro apaixonada – Eu realmente não vou ficar no tedio.
- Hoje o dia está propicio para ficarmos na sala de cinema e aproveitando um ótimo filme com uma boa pipoca – jenna piscou.
- Então vamos assistir o filme, e mais tarde a gente faz a pipoca.
- Combinado – Ela levou a torrada até a boca – S/a, isso está maravilhoso demais! – Gemeu em aprovação.
- Que bom que gostou,Jenn.
O nosso café da manha foi regado de conversas paralelas e risadas, eu me sentia verdadeiramente feliz, como não sentia a muito tempo atrás.
O jeito da Alpha a minha frente é tão atraente, ela é muito companheira e prestativa. Após o café da manhã, a alfa lúpus me levou para a sua sala de cinema.
A primeira coisa que eu vi, foi a enorme tela presa na parede, caixas de som espalhados pela sala toda. Os sofás macios em cada degrau, tendo aquela elevação que nem de cinema mesmo para que todos consigam enxergar sem problema.
Nas paredes, tem luzes em neon, dando um belo charme e no teto, outras luzes em forma de estrelinhas espalhadas (n/a: acrescentei isso).
- O que vamos assistir? – Jenna me tirou da hipnose que eu estava por aquela sala imensa.
- E-eu... – Pigarreio voltando ao normal – Não sei, Jenn, escolha alguma coisa aí.
- Que tal “O Impossível”? – Sugeriu ao mexer no controle e ir passando os filmes pela grande tela – Parece ser interessante.
- Então vamos assistir esse.
De começo, eu prestei bastante a atenção naquele filme, até mesmo a Jenna está calada e com os olhos vidrados na tela.Mas depois que o filme só foi ficando mais triste por conta de toda a catástrofe que aconteceu, eu voltei a pensar na minha irmã. Hoje não é o meu dia, eu deveria ficar trancada no quarto do fundo e não magoar a jenna, pois sei que hoje não vou conseguir fazer muitas coisas, só se eu ficar bem entretida em algo e nesse momento, nada está conseguindo a minha atenção.
Sem perceber, algumas lagrimas escorreram dos meus olhos e antes que eu pudesse limpa-las para que a alfa não perceba, ela já estava me olhando.
- Vem cá – Jenna passou o dedão pelas minhas lagrimas, enxugando-as – Eu sei que você não vai me contar nada, mas saiba que eu estou aqui para o que você precisar.
- Obrigada, Jenn– Deito a cabeça em seu ombro – Isso já é o suficiente para me acalmar.
- Quer fazer outra coisa? Esse filme não está te fazendo bem, pelo jeito... – Ela me abraçou e ficou acariciando o meu cabelo – Não chore, minha linda...
- E-eu... – Fungo baixinho – Eu perdi a minha irmã.
- Como? – Ela me olhou assustada.
- Hoje é o aniversário dela...
- Espera, são muitas informações – Jenna gesticulou com a mão em um gesto de pedindo tempo – Você tem uma irmã? Como você perdeu a sua irmã?
- Juro que não sei como aconteceu – Capturo a mão da alfa lúpus, essa que segurou forte na minha – Passamos um final de semana tão bem e em uma segunda, ela simplesmente desapareceu.
- Quando isso aconteceu?
- A dois anos atrás.
- E...v-você nem sequer tem pistas? – Nego veemente com a cabeça – Eu sinto muito, S/a.
- Eu estou a dois anos em busca de minha irmã, mas nunca consegui fareja-la e nem sequer obtive pistas – Me afasto da Ortega para afundar o rosto entre as minhas mãos.
– S-sabe o que é viver nessa luta? Os meus p-pais perderam as esperanças...e eu continuo que nem uma fracassada não conseguindo n-nada, e-eu tenho a sensação tão g-grande de que ela ainda esteja viva e...
- Desabafa, pode desabafar comigo – Jenna me instigou quando eu dei uma pausa.
- T-talvez eu esteja ficando louca, t-talvez eu não queira enxergar a possibilidade de que a Sofia esteja morta – O meu coração se rasgou ao dizer aquilo.
Me deixei ser abraçada pela branquela, não prendi mais o meu choro em sua frente e deixei que as lagrimas voltassem a cair aos montes, da mesma forma que os soluços não paravam de sair de minha boca.
A Jenna me apertava contra o seu corpo e eu sentia o seu coração batendo fortemente, da mesma forma que eu enxergava a sua preocupação estampada.
O meu choro a molhou diretamente em seu ombro, mas a Jenna parecia não se importar, ela ficava dando beijos no topo de minha cabeça e sussurrando que sente muito.
- Me escute, S/a – A mesma levantou o meu rosto para que eu a fitasse nos olhos – Possa ter se passado dois anos e se você sente que a sua irmã esteja viva, então a gente vai procura-la e...
- E se isso for só coisa da minha cabeça? E se ela estiver morta?
- Claro que existe essa possibilidade, mas a gente vai focar nisso – Ela colocou a mão bem onde o meu coração está batendo dolorosamente – E eu sei que não vai ser em vão.
- Jenn– Me desmancho em lagrimas novamente, o meu lado sensível apenas me prejudicando mais naquela tristeza profunda.
- Você não está sozinha, S/n – Em um movimento rápido, ela se curvou e tirou a mão do meu coração, substituindo pelos seus lábios aconchegantes.
O beijo foi em minha pele, mas o sentimento forte me fez sentir que aquele beijo foi depositado diretamente em meu coração – Duas cabeças pensam mais e em algum ponto, a gente vai chegar.
- J-Jenn... – Me jogo em seus braços fortes – O-obrigada, m-muito o-obrigada...v-você é um anjo em minha vida.
Ela nada disse, apenas me apertou e me acalmou em seu abraço. Sabe a esperança que eu tenho? Apenas aumentou.
Continua??
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Big Bad Wolf - Jenna e S/n (Jenna g!P)
WerewolfAnos atrás, um cientista conseguiu fazer uma mutação perfeita entre um humano e um lobo. Com o passar dos anos, essa especie foi entrando em extinção. O que fez sobrar poucos ômegas, alfas e betas. Na sociedade, hoje em dia, eles são considerados ab...