Capítulo -39

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Continuação.....

- E quando achamos que fosse o momento de encararmos esse quarto, eu o destranquei e foi aí que o seu pai achou isso - S/M passou por mim e pela filha para mostrar o que o marido pegava.

- Vasculhamos esse quarto todo em busca de alguma pista e tudo o que eu encontrei foi esse papel amassado - Seu pai estendeu um pedaço de papel para a filha mais velha -Jenna, a segure por favor.

Eu não entendi o pedido do "meu sogro", mas eu agi por instinto. As minhas mãos se apossaram firmemente da cintura de minha ômega , ela parecia não se importar com o que eu fazia, o seu interessa é o papel amassado. Por cima do seu ombro, eu pude ler o que tinha ali em uma linda caligrafia.

"Quem quer que seja que achou esse papel, quero poder me despedir de vocês. Obrigada mama e papa por estarem tão presentes em minha vida, por sempre cuidarem de mim e me ensinar a ser feliz nessa vida. E minha irmã , que você seja feliz e continue sendo do jeito que você é, garanto que o amor vai bater logo em sua porta. Eu não posso mais continuar nessa vida, ninguém sabe o que se passa em minha cabeça e eu prefiro manter isso apenas para mim, é doloroso demais ter que compartilhar. Eu sei que vocês vão conseguir viver sem mim. Adeus!"

- Não isso é mentira, isso não pode ser real - S/n tentou dar passos para trás, mas como eu estou bem atrás dela, ela não pode concluir a sua ação.

- É a letra dela - S/M abraçou o próprio corpo, onde entrou em um choro profundo.

- Não, não é possível... - S/n se remexeu se livrando de minhas mãos

- A MINHA IRMÃ ESTÁ VIVA, ELA ESTÁ SIM. A MINHA IRMÃ NÃO MORREU.

- S/a...

- ESSA DROGA DE PAPEL É UMA FARSA - Ela jogou o papel no chão e pisou com força nele - É TUDO UMA MENTIRA.

- E-eu sinto muito por não ter te mostrado antes - Seu esfregou o rosto com as próprias mãos - Até eu demorei para descobrir sobre essa "carta".

- Por que demorou tanto para contar?

- Questiono o senhor em um tom severo, não estava gostando de ver a minha ômega sofrendo.

- Jenna, S/n nunca aceitou sobre essa possibilidade de a irmã estar morta - S/p se explicou dolorosamente, a voz dele chegou a falhar - Como que eu poderia chegar nela e mostrar esse papel? Eu estava tentando prepara-la, estava tentando colocar em sua cabecinha sobre essa possibilidade...

- N-não é v-verdade - S/n se tremeu toda, ela não parava de negar com a cabeça - N-não, isso não é verdade...p-por favor, d-diz que não é v-verdade.

- Eu sinto muito, Filha .

- A m-minha i-irmã e-está viva s-sim!

- Vem cá, S/a - Tento puxa-la para os meus braços, mas a mesma começou a se debater - Calma...

- ME SOLTE! - Ela berrou se escapando de mim - A MINHA IRMÃ ESTÁ VIVA!

- Acho melhor leva-la para casa - Seu pai instruiu.

Aceno lentamente para o senhor que não tirava os olhos da filha, a culpa está estampada no rosto dele e isso só pesava mais o clima. Em um movimento brusco, puxo a S/n para os meus braços e a pego no colo.

Passo um braço por suas coxas e o outro atrás das costas. Ela rosnou, tremeu toda e se debateu querendo sair do meu colo, mas quando viu que não ia acontecer, se desmanchou em lagrimas.

A levei para o Audi , onde a depositei no banco passageiro e eu dei a volta rapidamente para ficar no banco do motorista. Novamente liguei o piloto automático e tentei acalmar a ômega de alguma forma.

- Eu prometo que vou cuidar melhor de você em casa – Me estico para beijar a sua testa fria.

- D-diz que a m-minha irmã está v-viva...

- Shh... – A trago para mais perto. Ela ficou toda desajeitada, mas se encostou em mim – Essa dor vai passar – Toco no coração acelerado dela. Eu a sentia tremer sobre a minha palma, aquilo está acabando comigo de todas as formas.

- A m-minha i-irmã...

- Eu queria poder tirar essa dor que você está sentindo – Tudo o que eu fiz foi abraça-la e aquece-la em meus afagos – Se eu pudesse, colocaria essa dor e esse peso em mim.

- A Minha irmã... – S/n soluçou audivelmente.

- Eu sinto muito, S/a...eu sinto muito – Os meus olhos marejaram ao perceber que eu não conseguia fazer nada, que sou uma grande inútil – Eu sinto muito mesmo.

Uma lagrima após a outra surgiu escorrendo pelo meu rosto. A dor da minha ômega é tanta que nada parecia acalma-la, nem eu sei o que pensar para tirar aquele aperto.

Tentei segurar o meu choro pelo caminho todo. A ômega chorou por um bom tempo, as lagrimas molharam a sua própria roupa de inverno e eu tive que segura-la o tempo todo de tanto que a S/n tremia.

Quando chegamos em casa, mal estacionei o Audi e ela já saiu correndo floresta a dentro.

- S/N! – Gritei por ela ao sair do carro.

- NÃO ME SIGA – Pediu em um tom alto para que eu escutasse bem – ME DEIXE SOZINHA.

- O que eu preciso fazer para acabar com esse sofrimento? – Pergunto para mim mesma.

Eu fiquei entre aqueles flocos de neve, não aguentando mais esperar. Sei que ela quer um tempo sozinha, mas eu não vou conseguir ficar longe da garota que está precisando de ajuda.

Sem delongas, invoquei aquela força dentro de mim que percorreu as minhas veias. Ossos se quebravam e se transformavam em novos. Fiquei de quatro sobre o chão, agora tendo pelos brancos e olhos vermelhos.

Farejo o cheiro dela e senti aquele grande poder, além do seu cheiro doce embriagante, eu sabia que ela está transformada. Adentrei na floresta a sua procura, e como se sentisse a minha presença, ela ruivo alto, o que me guiou para onde a garota está.

Um morro quase sem arvores e tendo uma bela visão da floresta lá debaixo. Ela está ali, os seus olhos azuis e angustiantes.

Continua??

Big Bad Wolf  - Jenna e S/n (Jenna g!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora