Anos atrás, um cientista conseguiu fazer uma mutação perfeita entre um humano e um lobo. Com o passar dos anos, essa especie foi entrando em extinção. O que fez sobrar poucos ômegas, alfas e betas.
Na sociedade, hoje em dia, eles são considerados ab...
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***CONTINUAÇÃO.....
- Graças a Deus! – Jasmine cochichou do meu lado, apenas para que eu escutasse.
- Você é um caçador, certo? – Indago, o garoto assentiu interessado – Eu gostaria muito de sua ajuda.
- Para o que, senhorita? – Lucius pegou em minha mão e lançou um sorriso malicioso.
Melissa que observou aquele jeito safado do Lucius, armou uma carranca, entrando em seu modo alfa.
Eu também não estava gostando daquela intimidade dele, tanto que afastei a minha mão rapidamente e no segundo seguinte, uma garota surgiu atrás de melissa que continua parada na porta. Alta, um tom de pele levemente bronzeado e o cabelo caindo como cascata, o olhar marcante e que também revela ser uma ômega.
Sim, uma ômega que nem a jasmine. Lucius murchou na hora e fez uma pose de como não tivesse nada acontecido, ele esticou a mão para a garota que não parava de nos olhar e logo eles entrelaçaram os dedos, mostrando a união.
- Essa é a minha namorada – lucius apresentou a garota do seu lado – ágata.
- Olá meninas – a mesma intercalou o olhar para cada uma de nós, quando viu que o namorado prestava a atenção em mim, ela fez um sinal de “silencio” com o dedo. Indicando que a gente não deve abrir a boca, pois deve ter percebido que a gente descobriu que ela é uma ômega.
- E então, senhorita novais – Lucius pigarreou para chamar a minha atenção – Você quer a minha ajuda?
- Isso, a minha irmã desapareceu a pouco tempo atrás... – Eu não podia revelar que ela desapareceu a dois anos, ele não iria procura-la – E desconfio que lobos correram atrás dela, eu preciso muito de sua ajuda e vejo que você é muito sábio...um caçador vivido.
- Eu gostei de você – Ele piscou divertido – Eu posso te ajudar, mas as coisas não funcionam de graça...
- Ela vai te pagar, pode ficar tranquilo – Melissa tomou a frente com uma expressão nada agradável, até eu estou começando a me encolher. A Jasmine e a Ágata abaixaram a cabeça
– A S/n é rica e ainda se casou com uma bilionária, então fique tranquilo.
- Maravilha! – Lucius sorriu de lado – Combinado, senhorita Novais. Eu vou deixar o meu contato com você.
O garoto deixou um papel sobre a minha mesa e saiu arrastando a Ágata consigo, a mulher soltou uma piscadinha para a gente e se foi com o tal do namorado. O que ela está aprontando? Que namoro doido é esse? Só sei que aí tem e estou curiosa para descobrir.
Após pegar o contato do caçador, me despedi de minhas amigas e resolvi voltar para casa, não queria deixar a jenna por muito tempo sozinha naquela mansão afastada da cidade. O caminho já foi longo por conta da neve que começava a se acumular cada vez mais, está um frio terrível lá fora.
Estaciono o Audi branco na garagem e adentro na mansão, passando pelo hall. Tudo está em silencio, quis procurar por ela e com o meu faro, segui por aquele forte cheiro amadeirado.
O seu cheiro me levou para a sala de estar, onde tem um grande piano de canto. Ela só está sentada no banquinho do instrumento musical e encarando a parede desenhada.
- Jenn – A chamo, vendo-a que ainda continua presa em pensamentos – Jenn?
- Oi – jenna balançou a cabeça voltando para a realidade – Desculpa, acabei me distraindo em pensamentos.
- Aconteceu alguma coisa?
- Vem cá – Ela se ajeitou mais para o lado e bateu no espaço vago no banquinho – Preciso te contar algo.
- O que? – A curiosidade me fritava naquele momento. Sento-me do seu lado.
- Eu tentei procurar por algum caçador e não consegui achar nenhum contato, achei que seria mais fácil...mas pelo jeito estou completamente enganada – Ela pressionou os lábios em tristeza por não ter conseguido nada – Eu sinto muito, S/a. Mas prometo que não vou desistir e...
- Não se preocupe, Jenn – Capturo a sua mão quentinha por conta do aquecedor que tem na mansão – Para a nossa alegria, eu consegui o contato de um.
- Jura? – Aqueles olhos Escuros brilharam.
- Juro – Vasculho o bolso do meu casaco e tiro de lá um pedaço de papel
– lucius carpent, é um caçador muito novo e outra...lembra de quando pegamos o celular do Thimothée? –
Ela assentiu interessada – Então, o Thimothée ligava para esse tal de lucius.
- E...como você conseguiu essa informação?
- O próprio lucius apareceu na empresa.
- Ele te fez algo? Esse tal de caçador descobriu alguma coisa sobre o Thimothée?
Para acalma-la, começo a contar detalhadamente como foi desde o começo esse encontro com o caçador .
A Jenna apertava a minha mão em um jeito possessivo, mas que foi suavizando conforme percebia que nada aconteceu e que o caçador vai nos ajudar.
E também mencionei sobre a Ágata, a namorada dele, ser uma ômega e que não faz sentido ela estar com um humano.
A alpha voltou a encarar a parede desenhada, se afundando em pensamentos. Já eu, reparei melhor naquele piano tão lindo e tão brilhante, parece que ela nem usa ele, nem sequer tem marcas. Dedilho as primeiras teclas, soltando um som agradável até.
- Você sabe tocar? – Jenna perguntou ao sair dos pensamentos.
- Quando eu era criança, tive algumas aulas de piano e violão – Começo a contar enquanto apertava uma tecla e outra – Eu não entendia esse mundo direito, nem sequer sabia desse meu poder de transformação – Dou de ombros – E como os meus pais tinham que agirem como humanos desde sempre, eles me levavam para o mesmo caminho e eu gostei de aprender a tocar.
- Você deve ter percebido que tenho esse piano mais como decoração, não é? – jenna riu.
- É, eu percebi – Trombo o meu ombro propositalmente no dela, a fazendo rir mais ainda – Mas seria interessante te ver tocando.
- Eu sou uma negação,S/aa, nem sei qual é o começo...meio e fim – Ela tampou o rosto com as mãos enquanto negava com a cabeça.
- Vamos ver se eu ainda sei tocar. Fecho os meus olhos tentando me lembrar de alguma musica que eu gostava de tocar no piano.
Tão concentrada estou, podia até escutar a respiração leve da Jenna que continua do meu lado. Então uma musica me guiou. Passaram-se anos que eu tinha feito aulas de piano e mesmo assim, dedilhei sabiamente sem nenhum erro.
O meu coração valsava juntamente com o som que saia do piano a cada tecla que eu apertava.
- You're here, there's nothing I fear – A minha voz se libertou de minha boca, cantei audivelmente, forçando naquele refrão tão marcante daquela musica do Titanic.
Abro os meus olhos ao perceber que não estou sozinha e eu já ia parar de dedilhar, quando a jenna se fez presente.
