Capítulo -40

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Continuação........

Caminhei lentamente em sua direção, tendo o seu olhar sobre mim. Ela tratou de encurtar a distancia e roçou a sua cara na minha.

Nos roçamos carinhosamente, eu tentava transmitir calma a ela. Eu preciso cuidar dessa loba cor de mel.

Depois que consegui convencer a omega a voltar para casa, ela se trancou no quarto de hospedes e por lá ficou, sem me deixar entrar.

Eu não sabia o que fazer para amenizar a sua dor, nada vinha em minha casa e eu nem sequer conseguia abrir a boca para dizer algo que fosse acalma-la.

Estou sendo tão inútil, tão fracassada. Como que eu vou cuidar de uma ômega de coração partido? Para me ajudar, eu chamei as nossas amigas e elas não tardaram a virem, tanto que apenas abri a porta para elas e deixei que as mesmas subissem para o andar de cima.

Já eu, preferi deixa-las a sós com ela, então resolvi fazer uma sopa para S/n.

Na cozinha peguei diversos legumes, descasquei alguns e fatiei em pedaços pequenos. Deixei a água fervilhando com tempero e os legumes, e fui fazer algumas torradas. Fatiei o pão para colocar na torradeira.

Eu quero cuidar da minha omega, por mais que eu não tenha palavras para esse momento doloroso, mas eu ainda continuo do seu lado e dando suporte de alguma forma.

Quando tudo ficou pronto, coloquei grandes conchas de sopa em um prato fundo e na bandeja, depositei as torradas ao lado da louça funda. Subo a escada tomando cuidado para não virar aquela bandeja em mim.

A situação já está sendo uma desgraça, não precisava de mais uma.

A porta do quarto de hospedes está aberta, as meninas estão em pé ao redor da cama e ela continua deitada com os olhos marejados.

Aquilo destruía o meu coração. Ver aquele rostinho tão sofrido, a sua expressão tão para baixo e os olhos inchados. Tudo isso parte o meu coração.

- S/a, você precisa por algo no estomago - Me sento na beirada da cama.

- N-não estou com fome.

- Por favor, só um pouquinho - Eu só queria cuidar dela de alguma forma e se ela não comesse a sopa, eu me sentiria mais inútil ainda.

- T-tudo b-bem - ela se sentou no colchão e encostou as costas na cabeceira da cama.

- Deixa que eu faça isso - Pego a colher antes dela. Mergulho o talher na sopa e começo a soprar o conteúdo para que esfriasse mais rápido. Ao perceber que não queimaria a sua boca, levo uma colherada cheia até aos seus lábios.

- Não fique se martelando, S/a- Hunter disse carinhosamente - A gente não sabe pelo o que você está sentindo, mas temos uma certa noção e só queremos te ajudar.

- E-eu sei - ela sussurrou antes de preencher a boca com a sopa novamente.

- Estamos do seu lado - aliyah acariciou o pé da ômega que está coberto por uma meia - E tudo passa nessa vida.

- Lembra o que eu te disse uma vez? - Indago atraindo aqueles olhos inchados - No fim da tempestade, vem o arco-íris...

- E no final do arco-íris, tem o pote de moedas de ouro - S/n completou com um meio sorriso fraco.

- Isso mesmo, S/a - Me estico para deixar um beijo em sua testa - Eu sinto muito por estar sendo uma inútil...

- N-não, você não é inútil - S/n me cortou prontamente - Eu estaria perdida se você não estivesse aqui comigo.

Suspiro pesadamente, ainda não me sentindo totalmente convencida.

Termino de levar mais algumas colheradas na boca de S/n, no fim, ela acabou comendo toda a sopa e beliscou as torradas.

Deixo a bandeja de lado para que eu possa ocupar o espaço vago da cama de casal, assim que me deitei, ela me abraçou e afundou o rosto na curva do meu pescoço.

Tudo o que eu fiz foi dar o meu carinho a ela. Iniciei um cafuné em seus cabelos e com a mão livre, a usei para afagar as costas dela. As meninas ficaram em silencio, apenas nos observando e também tristes pela situação.

Não está sendo fácil para ninguém ver ela sofrendo daquele jeito, ainda mais que ela é uma ômega lúpus e é a mais sensível de todas. Uma ômega lúpus consegue ser mais sensível do que uma ômega. Isso torna tudo muito mais doloroso.

- Sabe o que me deixa pensativa e desconfiada? - Melissa quebrou o silencio que se instalou no quarto - Se a carta foi de suicídio, o corpo não seria encontrado?

- Talvez a... - Jasmine preferiu não mencionar o nome da irmã da Ômega mais velha - tivesse se escondido para fazer isso.

- Não faz muito sentido - Emma parecia pensativa - Por que se esconder tanto se já deixou avisado em uma carta?

- Ou o caso do bicho verde é real - aliyah se manifestou.

- É verdade! - Hunter iluminou-se ali mesmo, como se uma lâmpada aparecesse em sua cabeça - Se a história do bicho verde for real mesmo, talvez ele tenha capturado a S/i e a comido.

- Bicho verde? - Franzo o cenho um tanto confusa, eu não estou sabendo disso.

- Há boatos sobre esse bicho - S/n tirou o rosto da curva do meu pescoço para me responder - Alguns caçadores estão dizendo que viu esse bicho.

- Mas...e a carta de suicídio? - Jéssica indagou perdida.

- Talvez a sua irmã foi cometer esse ato e acabou trombando com o bicho

- Emma teorizou - É uma possibilidade, certo?

- Certo - Aliyah concordou - Faz um certo sentido.

- E-eu... - S/n tirou a coberta de cima de si - Eu vou para a minha casa, quero ficar um pouco sozinha - Ela se esticou para selar os lábios nos meus em um selinho breve - Talvez eu d-demore uma ou d-duas horas, não se preocupe, eu volto.

Assim que a garota saiu do quarto, eu afundei o meu rosto entre as mãos e ali permaneci. Eu sentia vontade de surtar, acabar chutando ou batendo em algo.

Eu não consigo deixar Ela bem, eu não consigo me aproximar dela e quando isso acontece, são poucos minutos que a gente fica juntas.

Sinto mãos fofas puxando as minhas para que descobrisse o meu rosto, ali está hunter, ele tentava me acalmar com o seu jeito carinhoso e o seu olhar que transmite amor.

Ele se apossou da cama e buscou pelo travesseiro para colocar na coxa, assim feito, eu pousei a cabeça em seu colo.

Ele se apossou da cama e buscou pelo travesseiro para colocar na coxa, assim feito, eu pousei a cabeça em seu colo

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Continua??

Big Bad Wolf  - Jenna e S/n (Jenna g!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora