Capitulo vinte e cinco

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Anna narrando.

Retornando para casa, tudo que eu conseguia fazer era me distrair mexendo na barrinha do meu vestido e evitar a todo custo de encarar o Senhor Adrian, eu sabia que tinha sido um pouco rude agora pouco, e com certeza devo ter ferido seu ego masculino, mas séria pior se continuasse a esconder meus sentimentos por outra pessoa, mesmo que sejam platônicos e impossível de se realizarem, eu ainda nutria algo pelo pichador, no começo pensei que talvez eu estivesse sentindo algo pelo Senhor Adrian Salvatore, tanto que o admirei quando vi sua concentração na reunião, e quando eu o abracei meu coração bateu tão forte que senti que pularia fora, até cair na real com um balde de água fria, eu apenas estava sentindo aquilo pela lembrança do dia que o abracei, pelo fato do Adrian ter o mesmo porte físico e a mesma altura, no fundo eu desejava que eles fossem a mesma pessoa, foi isso que constatei quando levantei essa possibilidade, porque então eu não precisaria abrir mão de um para ter o outro, Adrian é tudo que eu preciso em um homem, alguém responsável, que saiba me proteger, alguém de fé, generoso, com um coração incrível e o mais importante que  está disposto a se casar comigo. Por outro lado o pichador secreto é alguém que dividimos uma história, alguém sensível, que usa da sua Arte para pregar o Amor, alguém sem tanto pesos e obrigações. Uma pessoa comum como eu, que com certeza saberia me entender como ninguém, tenho certeza que ele seria o tipo de homem romântico que me conquistaria nós detalhes, poderia imaginar facilmente ele pintando pelo mundo a fora, e eu tirando fotos das suas obras, seríamos o casal perfeito.

Mas Deus não queria assim, ou não me colocaria na situação que estou agora.

Não era essa a história de amor que eu imaginei,  para falar a verdade eu deveria estar grata por pelos menos ter conseguido lhe entregar a bíblia e agradecer por ter salvado minha vida, talvez esse seja o único propósito de te-lo encontrado, e não uma história romântica como eu imaginava que seria.

__ Chegamos, está tudo bem? Ficou calada o caminho todo. – a voz do Adrian surgiu me fazendo cair em mim.

__Sim. Obrigada pela noite eu amei. – sorri fraco.

__ De nada. – respondeu com um meio sorriso.  Abri a porta tentando fugir daquela atmosfera melancólica recém estalada, e assim que fechei, tomei um susto ao dar de topo com homem a minha frente.

__ Eu te assustei?! – perguntou com um olhar sereno, e senti um certo calafrio que bateu contra meu corpo me fazendo cruzar os braços.

__ Claro, que a assustou. Ficou a noite toda nos esperando chegar? – Adrian se colocou ao meu lado com as mãos no bolso.

__ Sim, eu gostaria de conversar mais com a minha futura nora, acho que já nos vemos por causa do Arthur, mas não tive o prazer de me apresentar Rodolfo Salvatore.  – pegou minha mão de maneira cordial .

__O prazer é meu, Anna Júlia, também gostaria de conhecer mais sobre o Senhor, e seu incrível dom de colocar nomes estranhos nós filhos. – disse sorrindo, ignorando o olhar repreensivo do homem ao meu lado, seu pai por sua vez trocou olhares entre mim e seu filho.

__Adrian te contou sobre isso? – seus olhos cristalinos brilharam por gotículas de águas que nasceram na base e ele limpou rapidamente.

___Eu fiz algo errado? – Sussurrei e Adrian não se moveu.

___Não é nada demais.

___ Ele nunca contou seu segundo nome a ninguém, eles odeiam os nomes que os coloquei, pelo menos achei que odiava, mas ver o Adrian comentando isso com você, mostra que é mais importante do que imaginava para meu filho. Adrian, se importa se eu levar minha nora para o jardim dar uma volta a sós comigo? 

Uma cinderela diferente.Onde histórias criam vida. Descubra agora