Capitulo trinta e Um

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Adrian salvatore

Anna saiu irritada com o ocorrido, enquanto eu permaneci lá paralisado, incapaz de fazer qualquer coisa. Eu entendia perfeitamente sua frustração, afinal, não era a primeira vez que a rejeitava. No entanto, eu havia feito uma promessa a mim mesmo de só beijar a mulher com quem me casasse. Eu não sabia se Anna ainda consideraria se casar comigo depois de tudo o que tinha para lhe revelar. Não que os acontecimentos do passado interferissem de alguma forma em nosso relacionamento, mas eu queria poder beijá-la quando finalmente pudesse ser completamente sincero sobre tudo, inclusive sobre ser o pichador secreto. Obviamente, esse não era o momento adequado para abordar esses assuntos.

Sentindo-me frustrado, retornei ao meu quarto. No entanto, antes de chegar lá, passei pela mesa e acabei avistando a Bíblia dela. Nesse momento, uma ideia brilhante surgiu em minha mente, e um sorriso involuntário escapou pelos meus lábios.

Fiquei amanha toda trabalhando no meu mais novo projeto, depois segui para cozinha como ainda era cedo, eu fui preparar meu café da manhã. Quando cheguei na cozinha me deparei com a Anna cozinhando, o que era uma surpresa para mim. Tentei dar meia volta e me retirar quando sua voz surgiu.

__Não precisa fugir, eu não vou te atacar - ela comentou, e dei um suspiro, dando meia volta e retornando.

__Eu não disse isso.

__ Mas pensou - rebateu ela fazendo uma careta. Ignorei a provocação e caminhei até a pia para pegar a jarra de café. No exato momento em que minha mão alcançou a jarra, Anna se virou abruptamente, trombando comigo. Ela me olhou com surpresa, e eu a encarei quase hipnotizado, perdido em seus olhos.

__Desculpa! - ela falou desconcertada, e eu assenti, colocando a bebida na caneca.

__Quer panqueca? - ela ofereceu gentilmente, e eu assenti. Peguei um pedaço de panqueca, degustando-a, e em seguida levei a caneca de café à boca.

__Você nunca beijou uma mulher, não é? ela perguntou, e imediatamente me engasguei, cuspindo tudo para fora.

__Me desculpe! Você está bem, Adrian?!" ela bateu nas minhas costas enquanto eu tentava recuperar o fôlego.

__Que tipo de pergunta é essa? ela deu de ombros enquanto eu me limpava com o lenço.

__É só curiosidade. Somos noivos, acho que não é estranho falar sobre isso, ela explicou.

__Sim, eu nunca beijei ninguém. Por acaso, a senhorita beijou outro cara? olhei para ela de forma interrogativa, sentindo um leve ciúme caso a resposta não fosse a que eu esperava. No entanto, eu sabia que não poderia julgá-la se ela tivesse tido qualquer outro namorado antes de mim.

__Não, nunca beijei. E pelo jeito, não vou beijar tão cedo! - ela me olhou com desdém, e eu ocultei um sorriso.

__Você parece estar bem obcecada com isso - comentei.

__Não estou obcecada.

__ Está sim.

__ Não, naõ estou, tudo bem?! Eu só acho que é isso que duas pessoas fazem quando estão muito apaixo... -Ela interrompeu a frase, e arqueei as sobrancelhas.

__Quando duas pessoas estão muito...? questionei, curioso.

__Esquece, eu já falei demais. - ela tentou escapar, mas eu segurei sua mão sobre o balcão, impedindo-a.

__Anna, por acaso você está tão apaixonada por mim que mal consegue esconder? -me inclinei para mais perto, olhando fixamente em seus olhos e desviando o olhar para seus lábios, dando um sorrisinho.

__Você é apenas um convencido, Sr. Salvatore!- Ela jogou o guardanapo em minha direção, com raiva, e eu soltei uma risada.

No entanto, meu sorriso desapareceu imediatamente quando meu pai entrou na cozinha.

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