Capitulo vinte e seis.

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O Senhor lhe apareceu no passado,
dizendo:
"Eu a amei com amor eterno;
com amor leal a atraí.





Adrian narrando.

Ao aproximarmos da porta, eu desci a Anna com cuidado, enquanto ela ainda me olhava petrificada, talvez me achando um maluco por tal atitude, nem eu mesma estava me reconhecendo naquele momento, na verdade eu não costumo ter essas atitudes, ou esse tipo de sentimentos profundos, mas quando eu a avistei de longe no colo do Arthur, algo se contorceu dentro de mim, uma urgência de separa-los imediatamente.

__ É.. sua irmã já está no quarto, amanhã iremos para empresa, voce precisa convencer o Arthur á ir. - falei sem jeito passando a mão atrás da nuca, enquanto ela ainda me encarava.

__ Acha mesmo que depois de hoje, ele vai querer ir comigo amanhã?

__ Sim, eu acho. Voce é a única que pode convence-lo a reagir Anna. - ficamos no olhando.

__ Entendi, então prometo fazer o meu melhor.

__Não duvido disso. Boa noite Anna! - abri a porta do quarto para ela.

__ Boa noite, Adrian! - respondeu com uma olhar confuso, e entrou no quarto, me lançou um sorriso tímido e fechou a porta.

Foi apenas o tempo da porta bater, que soltei o ar que nem sabia que estava segurando, e encostei a cabeça na porta, agradeci mentalmente por ela não tocar no assunto do que aconteceu, porque nem saberia o que responder. Porquê não conseguia conter mais as avalanches de emoções que Anna vinha despertando em mim, no últimos tempos. Mas eu ainda precisava ter certeza se era somente uma paixão, ou se existia algo mais, se realmente é dá vontade de Deus que ficássemos juntos, apesar de não compreender muito sobre sentimentos, sei que a paixão é algo superficial e passageiro, eu preciso saber se realmente a amo, e isso somente o tempo vai dizer.

__ Depois ainda quer negar que gosta dela. - a voz acusadora do Arthur surgiu atrás de mim me fazendo suspirar.

__ O que voce fez não tem graça Arthur, não volte a trata-la dessa forma, está me ouvindo? Não vou deixar voce machucar a Anna, como fez com a Emma. - seu olhar se tornou amargo.

__ Voce realmente não tem um pingo de senso de humor Adrian, por isso te chamam de robo, eu fiz aquilo somente para voce perceber que está apaixonado por essa garota, porque voce sozinho é incapaz de definir seus próprios sentimentos.

__Muito obrigado pelo ajuda, mas acho que posso descobrir isso da minha maneira, agora amanhã, voce precisa se preparar para retornar a empresa.

__ E vai me deixar ficar sozinho o dia inteiro com ela? - deu um sorriso malicioso e reviro os olhos.

__ Por mim tudo bem, alias eu estarei bem acompanhado ao lado da Emma. - seu sorriso se desfez imediatamente.

Eu sabia que essa urgência do Arthur em descobrir se gosto mesmo da Anna era para deixar a Emma livre, por mais que ele tente negar que gosta dela a todo custo, somente a ideia de ver nós dois juntos o destroça por dentro, mas ele jamais passaria por cima dos meus sentimentos, então para ele,  gostar da Anna é um alivio. 

__E vocês não vão estar sozinhos,  eu estarei na empresa. - dei um previ-o aviso me retirando.

__ Fico feliz que esteja conhecendo o amor Adrian, mas não se esqueça que com ele vem a dor, e normalmente ela vem na mesma proporção com qual se ama esse alguém. - avisou me fazendo parar no caminho e refletir sobre essas palavras.

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