Capitulo dezessete

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Alerta gatilho.

Alerta gatilho

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Adrian narrando.

Naquele momento enquanto meus dedos suavemente deslizavam sua pequena e macia mão a tranquilizando, dentro de mim crescia um sentimento inexplicável e um tanto perturbador, eu sabia que poderia ser um grande erro ter vindo aqui, mas agora de fato eu tinha certeza que era algo bem maior, nossas vidas estavam entrelaçadas, Anna Júlia não era qualquer pessoa, agora existia de fato uma explicação pela sua admiração e gratidão, e eu me lembro como se fosse hoje, quando eu a vi naquela ponte tantas e tantas vezes, chorando sozinha, eu também já tinha ido para aquele lugar, e como ela eu também chorei amargamente e até cheguei a pensar que minha vida aqui na terra era inútil. E foi graças a Emma que não cometi esse grave erro, e pelo qual me entreguei a Deus. 

Depois daquele dia, frequentar aquela ponte largou de ser apenas um pesadelo para mim, e se tornou algo que apreciava fazer, ficar na beira daquela ponte e sentir a brisa bater contra meu rosto, fazia eu me sentir livre! porque ficar naquela casa me sufocava. E foi em uma dessas idas, que a encontrei, a garota de cabelos ondulados vestindo um moletom, ela se encontrava chorando e perdida em si mesmo, eu pensei em me aproximar varias vezes, mas sempre que tentava minhas pernas travava no caminho, eu não sabia socializar com o sexo oposto, pois a única pessoa pela qual eu me abria era a Emma por isso me contentava em ficar apenas a observando, as vezes ela ia embora somente quando o dia amanhecia e muitas vezes fiquei ali escondido passando a noite com ela, e foi dessa forma que saiu minha segunda pintura mais impactante da minha vida. Entretanto naquela madrugada, eu não tive outra opção.

Flash Black on

Como das outras vezes, vesti minha roupa de sempre, e peguei minha mochila com meu equipamento de pintura e segui rumo a ponte, sempre escondido do meu pai e Arthur, na verdade eles se quer notaria minha falta, a única pessoa que poderia faze-lo não morava em casa. Eu sabia os dias específicos que ela surgia naquela ponte para chorar, era como um ritual. E naquela noite não foi diferente, novamente lá estava ela, com seu moletom, seus cabelos ao vento, chorando e gritando algumas frustrações, não que eu gostasse de ouvir, mas era inevitável. 

Porém diferente das outras vezes a quais ela desabafava e depois sentava chorava e ia embora, enquanto eu fazia o mesmo porém a observando, dessa vez foi diferente, ela ficou com o olhar perdido olhando para frente por um bom tempo, enquanto isso eu aproveitei para desenha-la, naquele momento Deus havia tocado no meu coração em fazer algo especifico, e quem sabe assim algum dia ela poderia ver, sem me dar conta que ela, precisaria disso naquele momento. 

Foi repentino! Mas ela se levantou de uma vez chamando minha atenção, então ela encarou a ponte e em seguida se aproximou rapidamente da barra de segurança subindo, o meu coração faltou sair pela boca naquele momento, e eu não pude me conter! Um garoto que até então quase não falava ouviu o próprio  som sair do mais profundo dos meus pulmões. 

Uma cinderela diferente.Onde histórias criam vida. Descubra agora