Esquece a história da cinderela e príncipes encantados, a história de Anna Júlia é um pouco diferente, ela perdeu sua mãe quando ainda era pequena e mora com sua madrasta, mas apesar das humilhações e dificuldades, Anna não se deixa abater, sua fé é...
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Anna narrando.
Depois do que aconteceu ontem, eu definitivamente não sabia explicar, a forma como Adrian me pegou e me chamou de sua noiva, fez com que borboletas dançassem no meu estômago, e o mais estranho disso era que somente uma pessoa fez eu me sentir assim a vida toda, o pichador secreto.
Me joguei na cama rolando de um lado para o outro.
__ Voce é uma farsa Anna! Isso é o que voce é.. Até ontem tinha dito que ninguém tomaria seu coração facilmente, porque era apaixonada pelo Pichador secreto, e de repente bastou aquele homem sem sentimentos, mostrar uma migalha de afeto e voce se derrete toda? - tampei o rosto me censurando.
__ Irmãzinha está tudo bem? - Aninha perguntou ao meu lado e levantei imediatamente.
__ Eu quero que me conte absolutamente tudo, como foi passar seu dia com aquela cobra do éden, digo com sua mãe?
No outro dia, eu esperava que Adrian e eu tivéssemos mais contato, achei que nossa relação iria evoluir, mas não foi o que aconteceu, ele tentava evitar meu contato visual a todo custo, e depois do que aconteceu com o Arthur, tive a certeza que por algum motivo ele tinha se distanciado.
__ Voce está bem? - perguntei baixinho depois que o Arthur se acalmou.
__ Obrigado Anna, de alguma forma eu tive a sensação que voce poderia me ajudar. Eu vejo em voce algo diferente que via a um tempo atrás na Emma. - engoli seco, percebendo a tristeza em seu olhar. Assenti e desci do carro. Adrian estava encostado parecendo fora do ar.
__ Voce está bem? - tentei tocar seu rosto, mas ele me impediu segurando minha mão no ar.
__ Estou, cuidado se não irá se sujar de sangue.
__ Eu não ligo para isso. - puxei a mão irritada. Claro, ele não gosta muito de contatos pessoais, a não ser da Emma.
__Não sabia que cantava.
___ Nem eu! - comentei cruzando os braços e ele girou o pescoço me olhando. __ Quero dizer, eu sempre canto para acalmar minha irmã nas suas crises.
___ Por isso conseguiu acalmar o Arthur?
__ Sim, a musica é instrumento maravilhoso, ainda mais quando é usada para falar sobre Deus, é um santo remedi-o. Ou se esqueceu de Davi? - sorri para ele.
__ Não, sabia que foi a musica que me ajudou com meu trauma? A Emma tocava piano e eu ouvia o tempo todo, eu deveria saber que isso funcionaria com o Arthur. - dei uma risada sem humor.
