Anna.
Subi o vidro rapidamente e abaixei me encolhendo no banco do meu carro, eu não podia acreditar no que estava acontecendo, coloquei as mãos por trás da cabeça e fechei os olhos com força, vamos Anna! Acorde! É só um pesadelo você estava muito cansada ontem e ficou pensando no ocorrido e acabou sonhando.
___ Mocinha?! - Escutei seus dedos Tamborilando de forma impaciente.
__Não estou ouvindo nada, é apenas alucinações. Logo irei acordar e vai ficar tudo bem.
___Ouça! se não sair do carro agora serei obrigado a chamar a polícia. - alertou autoritário e notei que se fosse um sonho a essa hora era para eu ter acordado, me inclinei por cima do banco, e vasculhei atrás buscando meus óculos escuros e meu boné, tomara que ele não me reconheça.
Coloquei os óculos rapidamente e o boné preto, e abri a porta descendo do carro e me encostando disfarçadamente.
___ Pois não? Algum problema? - sorri tentando soar o mais natural possível.
___ Aquilo não parece um problema para você? - apontou para carro amassado e virei o rosto olhando o estrago.
___ Veja bem Senhor Salvatore, não é o que parece, eu sei que parece que bati no seu carro propositalmente, mas não foi assim. Aquele cara ali, aquele sujeito sem educação- ponderei as palavras. __Ele estava atacando seu irmão e eu o defendi.
___ E o que meu carro tem a ver com isso?
__Eu pensei que o seu carro era o dele. Procurei o rapaz com os óculos e ele sumiu. __ Onde ele foi? Enfim eu o avistei estacionado em um lugar proibido, Foi apenas um engano por acaso o senhor nunca cometeu um desses na vida? - o questionei cruzando os braços.
___Não senhorita, principalmente por que não costumo agir por impulso, eu sou um homem totalmente meticuloso e não gosto de cometer erros, e também sou um homem de palavra. - afirmou me olhando diretamente.
__Já entendi, senhor politicamente correto.
__Então, como pretende pagar pelo estrago? - pronunciou e minha expressão se fechou imediatamente.
___Pa.. gar? Como assim eu tenho que pagar? - Gaguejei nervosa.
___ Você não sabe que destruir património alheio é crime? - retrucou franzindo a testa.
___Eu já disse que foi sem querer, mas se o Senhor faz tanta questão de chamar a polícia, então vamos! E aproveitarei para contar para que estacionou em uma vaga para deficientes. Imagina o famoso corredor Adrian Salvatore quebrando uma lei tão importante quanto essa, e olha só contra o próprio irmão- o agarrei pelo braço o arrastando.
___Ei garota, já chega. - Brecou no caminho puxando o braço bruscamente e fazendo meu corpo quase se chocar contra o seu, como extinto recuei para trás. __Você ficou louca? Aliás quem é você? E o que está fazendo aqui?
___ Não sou ninguém. - Disfarcei abaixando o boné e espiando por trás dos óculos escuro seu olhar duvidoso.
___ Como não é ninguém? Como você não percebeu ainda irmão? Essa é a garota que me humilhou na frente de todos. - a voz rouca do senhor Arthur surgiu e imediatamente, o boné e o óculos foram tirados do meu rosto, revelando meu disfarce.
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Uma cinderela diferente.
EspiritualEsquece a história da cinderela e príncipes encantados, a história de Anna Júlia é um pouco diferente, ela perdeu sua mãe quando ainda era pequena e mora com sua madrasta, mas apesar das humilhações e dificuldades, Anna não se deixa abater, sua fé é...