Capítulo três

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Anna.

Subi o vidro rapidamente e abaixei me encolhendo no banco do meu carro, eu não podia acreditar no que estava acontecendo, coloquei as mãos por trás da cabeça e fechei os olhos com força, vamos Anna! Acorde! É só um pesadelo você estava muito cansada ontem e ficou pensando no ocorrido e acabou sonhando.

___ Mocinha?! - Escutei seus dedos Tamborilando de forma impaciente.

__Não estou ouvindo nada, é apenas alucinações. Logo irei acordar e vai ficar tudo bem.

___Ouça! se não sair do carro agora serei obrigado a chamar a polícia. - alertou autoritário e notei que se fosse um sonho a essa hora era para eu ter acordado, me inclinei por cima do banco, e vasculhei atrás buscando meus óculos escuros e meu boné, tomara que ele não me reconheça.

Coloquei os óculos rapidamente e o boné preto, e abri a porta descendo do carro e me encostando disfarçadamente.

___ Pois não? Algum problema? - sorri tentando soar o mais natural possível.

___ Aquilo não parece um problema para você? - apontou para carro amassado e virei o rosto olhando o estrago.

___ Veja bem Senhor Salvatore, não é o que parece, eu sei que parece que bati no seu carro propositalmente, mas não foi assim. Aquele cara ali, aquele sujeito sem educação- ponderei as palavras. __Ele estava atacando seu irmão e eu o defendi.

___ E o que meu carro tem a ver com isso?

__Eu pensei que o seu carro era o dele. Procurei o rapaz com os óculos e ele sumiu. __ Onde ele foi? Enfim eu o avistei estacionado em um lugar proibido, Foi apenas um engano por acaso o senhor nunca cometeu um desses na vida? - o questionei cruzando os braços.

___Não senhorita, principalmente por que não costumo agir por impulso, eu sou um homem totalmente meticuloso e não gosto de cometer erros, e também sou um homem de palavra. - afirmou me olhando diretamente.

__Já entendi, senhor politicamente correto.

__Então, como pretende pagar pelo estrago? - pronunciou e minha expressão se fechou imediatamente.

___Pa.. gar? Como assim eu tenho que pagar? - Gaguejei nervosa.

___ Você não sabe que destruir património alheio é crime? - retrucou franzindo a testa.

___Eu já disse que foi sem querer, mas se o Senhor faz tanta questão de chamar a polícia, então vamos! E aproveitarei para contar para que estacionou em uma vaga para deficientes. Imagina o famoso corredor Adrian Salvatore quebrando uma lei tão importante quanto essa, e olha só contra o próprio irmão- o agarrei pelo braço o arrastando.

___Ei garota, já chega. - Brecou no caminho puxando o braço bruscamente e fazendo meu corpo quase se chocar contra o seu, como extinto recuei para trás. __Você ficou louca? Aliás quem é você? E o que está fazendo aqui?

___ Não sou ninguém. - Disfarcei abaixando o boné e espiando por trás dos óculos escuro seu olhar duvidoso.

___ Como não é ninguém? Como você não percebeu ainda irmão? Essa é a garota que me humilhou na frente de todos. - a voz rouca do senhor Arthur surgiu e imediatamente, o boné e o óculos foram tirados do meu rosto, revelando meu disfarce.

Uma cinderela diferente.Onde histórias criam vida. Descubra agora