Epílogo

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2Coríntios 5:17 ssim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo



Nos últimos meses, minha vida finalmente encontrou seu rumo. Eu poderia dizer que encontrei a tão sonhada felicidade. O perdão é algo divino, pois ele não apenas alivia o fardo daquele que é perdoado, mas também do que perdoa. Sinto-me mais leve agora que tirei o peso de odiar o pai do Adrian. Finalmente compreendi que minha mãe, mais do que nunca, gostaria que eu tivesse feito isso, e mais do que ela, pude realizar a vontade de Deus.

A casa estava uma loucura com os preparativos para o meu casamento. Não demorou muito tempo depois que Adrian me pediu em casamento, afinal, se há algo que um cristão faz com pressa é se casar. Acho que Adrian Salvatore queria se certificar de que eu não escaparia, como se isso fosse possível. Enquanto a movimentação acontecia lá fora, eu encarava meu reflexo no espelho, já maquiada e arrumada, faltando apenas o vestido.

— Nem posso acreditar que minha irmã está finalmente se casando! — Cassandra me olhou admirada. — Anna, você já parou para pensar que está vivendo seu próprio conto de fadas? Você não está apenas se casando com Adrian Salvatore, o melhor corredor de todos os tempos, mas com seu pichador secreto. Isso não é incrível?

— Tem razão, nem nos meus sonhos mais loucos eu poderia imaginar isso. Mas aqui estamos! — abri os braços sorrindo.

— Eu desejo do fundo do coração que você seja muito feliz! — Ela segurou minhas mãos, emocionada.

— Eu desejo o mesmo, em dobro, para você também.

— Obrigada por me perdoar por tudo que te fiz. — Ela me abraçou, emocionada, e retribuí o abraço.

— São águas passadas, Cassandra.

— Adrian tem razão, você é um anjo. Anna, você acha que minha mãe pode tentar interromper seu casamento? Ela anda desaparecida. — Meu sorriso morreu imediatamente.

— Não, Cassandra! Não diga isso. Vamos confiar em Deus, está bem? Nada vai dar errado. Dê-me sua mão, vamos fazer uma oração juntas pedindo proteção.

E assim, de mãos dadas, nos entregamos à fé, pedindo a Deus que abençoasse nosso momento e afastasse qualquer sombra de preocupação.

— Anna! Cadê você? Anna Salvatore!

— Essa não é a voz do Adrian? — Cassandra me olhou com uma expressão divertida.

Revirei os olhos, rindo.

— Adrian, você não pode entrar! Ela está vestida de noiva! — Escutei Arthur intervindo.

— Sim, minha noiva! Por isso posso vê-la quando eu quiser. — A porta se abriu bruscamente e um Adrian nervoso apareceu diante de mim. Ele veio em passos largos, ignorando completamente Cassandra, e me abraçou apertado. — Estava morrendo de saudades!

— Adrian! — ri, tentando recuperar o fôlego do abraço esmagador. — A gente se viu há duas horas!

— Dois minutos longe de você já é demais, imagina duas horas! — Ele respondeu, fazendo beicinho.

Cassandra balançou a cabeça, rindo.

— Adrian, você sabe que é tradição não ver a noiva antes do casamento, né? — ela provocou.

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