Esquece a história da cinderela e príncipes encantados, a história de Anna Júlia é um pouco diferente, ela perdeu sua mãe quando ainda era pequena e mora com sua madrasta, mas apesar das humilhações e dificuldades, Anna não se deixa abater, sua fé é...
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Adrian Salvatore.
Depois da conversa tensa com meu pai, passei pelos corredores já de saída pensando em retornar para empresa, quando escutei gritos no quarto ao lado.
__ Eu quero ver o papai!! - a voz estridente e lastimosa parecia ser da irmã da Anna.
__ Seu pai está no hospital, já disse, garota para de pirraça e desse dai já!
__ Não!! Eu quero meu pai. - imediatamente dei meia volta, e fui até o quarto tocando a maçaneta e abrindo a porta.
__ Posso saber o que está acontecendo aqui? - digo friamente capturando a atenção de todos envolta.
__ Sr. Salvatore! - Aninha abre um sorriso e percebo que ela está andando para lá e para cá em cima do beiral da sacada com os braços abertos, meu peito fica angustiado.
__ Como voces deixam ela ficar lá, não sabe que ela pode cair? - disparo
__ A culpa não é nossa, Adrian, aninha que subiu ameaçando se jogar, se não trazermos nosso pai para cá, não podemos chegar perto, porque ela é capaz de fazer isso, não seria a primeira vez.
__Como assim não seria a primeira vez? Que tipo de mãe voce é?! - comentei indignado e ela dá de ombros com uma expressão indiferente.
__Ela é louca, eu tentei avisar.
__ Sim, existe uma louca aqui nesse quarto, mas não é a garota. - passei por elas e fui em direção a pequena que estava correndo um grande risco.
__Aninha. - me aproximei dela cautelosamente e virou o pescoço me olhando novamente abrindo um sorriso doce.
__ Sr Adrian? O senhor veio me buscar para ver meu papai?
__Sim, mas antes desça dai, é muito perigoso.
__ Eu não tenho medo! - colocou a mão na cintura erguendo o queixo.
__ Eu sei, voce é uma garota muito corajosa, mas é perigoso Anna. Venha pule aqui e eu irei te pegar. - abri os braços.
__ E como vou saber se voce não está mentindo para mim?
__ Eu não estou! - falei firme. __ Eu não minto. - disse mentindo. Na verdade eu raramente mentia, mas confesso que ocultar as coisas, também é uma forma de mentir.
__Então, porque tem um quarto secreto?
__Hã? - olhei para os lados avistando as duas mulheres curiosas.
__ Um quarto secreto, dentro do seu quarto, eu já vi o Senhor saindo de lá. É um portal para o Espaço? - falou e dei um sorriso.
__ Bem, quase isso. - fiz uma careta.
__ Mostra! Mostra! Eu quero ver. - começou a bater palmas pulando.
