S o r r y!

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Um capitulo que vai de 0 à 100 um tanto rápido. Espero que vocês estejam preparadas. Aproveitem e como sempre, me perdoem por qualquer erro.🌷

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Lauren conseguiu se desencadear das mãos de Camila. Ela estava muito irritada, descabelada, soltando alguns palavrões. Descontrole total, sem contar a fadiga. Camila já não chorava mais, mas a expressão de fracasso tomava uma proporção enorme em seu delicado rosto. A atriz reconhecia que Lauren não estava no seu juízo habitual, e ela precisava entender por quê.

Usando a coluna contra a porta, impedindo que Lauren saísse, Camila enfrentava o seu maior medo: Altura. Depois de baratas, aquele era o seu segundo terror. Apesar de toda proteção, o terraço daquele edifício lhe intimidava.

– Sai da minha frente!

– Não! Eu quero entender o que deu em você. – Mais calma ela ia se aproximando. Lauren percebendo, impossibilitou o possível contato, empurrando-a.

– Nada disso, não se aproxime.

Teimosa, Camila se aproximou novamente.

– Não é assim que as coisas são, Lauren, poxa, eu a conheço. Você tem mágoas de mim, entendo, mas o seu coração é bom. – Lauren contemplou as próprias mãos, postas na cintura, e depois ergueu os olhos para ela, vigorosa. Os olhos castanhos cintilavam às lágrimas. – Você não tomaria essa decisão sem pensar no bem da nossa filha. Eu também sou a mãe dela.

– É por pensar nela que eu estou tomando essa decisão.

– Sabemos que não... – Camila a tocou no braço. – Eu não queria que ela fosse parar naquele hospital, me partiu o coração, você sabe disso, não me faça implorar perdão toda vez que te vejo.

– Ok! Não precisa tocar! – Ela afastou-se.

– Angel é tudo o que eu tenho de bom nessa vida. Não falo por capricho, mas ela é o meu porto seguro. Sei que errei ao deixá-las naquela época, mas eu a amo tanto. – Ela a olhou em silêncio. – Não sei de onde surgiu essa ideia de tirá-la de mim, mas saiba que isso me dói tanto.

– Agora ela é o seu porto seguro, agora você não vive sem ela.. – Lauren tinha um ar faceto, satírico. – Quanta baboseira! – Jogou a cabeça para o lado, explanando fadiga. – Agora suma da minha frente, não quero saber o que você sente. – Expulsava-a com as mãos. Camila não saiu do lugar, prosseguiu em pé diante da porta.

– O que fizeram com você?

– Por que é que para você tem sempre alguma coisa errada comigo?

– Porque tem, Lauren. Você está irreconhecível, seu rosto, sua voz... Parece que arrancaram o seu senso de amabilidade, toda sua empatia e essa definitivamente não é você, não é seu coração.

– Talvez você esteja certa, mas eu não ficarei aqui. – respondeu com a voz destituída de expressão. – É melhor que você saia agora da minha frente!

– Nós só sairemos daqui após entrarmos em um consenso. – meneou a cabeça, rebatendo com um algoritmo indefinível no olhar. Lauren se recusou, com isso ela avançou em sua direção, empurrando a porta por cima de seus braços. Camila sentia o cheiro dela, perdendo a noção de tudo. Suas lágrimas secaram com o calor do corpo dela. Lauren estava muito impenetrável. Segurando-a pela cintura, Camila distanciou-se da entrada. – Pare com isso!

– Se você não tirar as suas mãos de cima de mim, irei jogá-la edifício abaixo! – Gritou, atônita. Camila ficou trêmula, Lauren parecia alguém disposta a tal coisa.

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