– Fazia tanto tempo que eu não segurava um bebê. – Ela disse, fazendo a mão de apoio para a cabeça de Angel. Camila continuou cortando os tomates, sorrindo. – Olá, Angie. – Proferiu o nome da pequena, atraindo os olhinhos curiosos. Ela brincava de colocar a língua para fora da boca, fazendo diversos biquinhos. Quando queria, sorria, agoniada. – Ela é perfeita, Mila.– Sou suspeita para dizer algo. – Abriu a torneira, lavando as mãos. Ariana deitou Angel no braço, jogando a fralda de cetim por cima do ombro. Era cômico vê-la rodear a ilha da cozinha, cantarolando e balançando a criança. – Quer colocá-la na cadeira de descanso?
– Nope! Estou gostando de segurá-la.
– Tudo bem. – Buscou por uma cebola na dispensa. – Só espere eu terminar de cortar esta cebola. – Mostrou-a. Ariana não escutou, olhava o bebê, encantada. Camila havia dado uma folga à Lali. A babá aproveitava o dia livre para visitar as irmãs no Brooklyn. Lauren trouxera a pequenininha, após, seguiu para Jersey, onde participaria de uma das exposições da tia.
– Você sabe se virar com um bebê, Mila?
– Eu morro de medo dessa pergunta. – Sorriu, secando os olhos. Maldita cebola! – Minha filha é incrível, ela não me dá trabalho. Antes de seu nascimento, Lauren e eu participamos de muitos cursos. – Tornou a picar a cebola em cubinhos.
– Se ela me encontra aqui, segurando a menina, terei problemas. – Mudou Angie de posição, apoiando-a em seu peito. Sem resistir, beijou-a na cabecinha.
– Ela também é minha filha. – Despejou tudo em um recipiente redondo, deixando o resto para Ariana.
A cantora havia chegado de viagem trazendo alguns presentes para a neném. Ela afirmou que mandaria através de Dinah, mas resolveu arriscar. Tinha conhecimento do afastamento de Camila e Lauren. Não que precisasse desse detalhe, mas a visita tornou-se acessível e, de quebra, conheceu a famosa Angel, um encanto de bebê.
– Muito bem, babona, venha terminar o almoço.
– Eu sou visita.
– Merda nenhuma. – Lavou bem as mãos, livrando-as do cheiro de cebola. Depois de secá-las, tomou a filhinha nos braços, fazendo-a reclamar. – Olá, resmungona. – Seus olhares se encontraram. Camila a beijou na pontinha do nariz, fazendo-a engelhar o rostinho. – Ei, você. Não gosta de beijinhos? Não? Meu amor. – Beijou-a na bochecha. – Eu te amo tanto, filha.
– Sou diabética, Camila. – Ariana parou para olhá-las. A latina conseguia ser mais amorosa do que de costume. Ela segurava a pequena com tanto cuidado, amor. A garotinha reagia ao som de sua voz, soltando uns murmurinhos, como se conversassem.
– Irei trocá-la. – Virou-a de frente para Ariana, apoiando as costinhas em seu peito. – Dê tchau, querida. – Balançou a mãozinha dela. – A cozinha é sua. Volto em breve, preciso que ela durma um pouco.
– Fique a vontade. – Aproximou-se, dando um beijinho nas perninhas de fora da pequena. – Durma bem, coisa linda.
– Você é ótima! – Camila colocou as louças dentro da pia para lavá-las à mão. – Estive pensando em começar a fazer aulas de culinária. O básico. Entende? – Pediu a ela que empurrasse a escova de louças. Ariana puxou um banco, olhando-a de perto.
– Não tem segredo, basta você querer e está feito.
– Fala isso porque sabe fazer o melhor frango xadrez de Manhattan. – Espirrou água no rosto dela. – Acho que já está na hora de se casar.
– Casamento é um assunto intenso. Para mim é como estar em uma roupa bem larga, se não segurar, despenca. Ou seja, tem que ser atinado para governar um casamento bem duradouro.
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Been Like This.
FanfictieAlgumas escolhas são feitas, umas delas dão as mãos ao egoísmo e o egoísmo estende a mão à solidão. A solidão se fecha entorno das escolhas, formando um círculo confuso e débil. Duas atrizes e uma tempestade de dilemas. Escolhas. Ambas teriam de es...