Capítulo Dezessete

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Vinte e dois de julho de dois mil e doze

O clima estava quente em Seul. Choi Ae Ra segurava o caderno, no qual,  costumava anotar as finanças da loja. No entanto, estava perdida nas próprias anotações.

— Dia ruim?

Choi Ae Ra engoliu em seco e olhou para a pessoa que estava de frente para ela, era Nam Tae Hyun, reconheceria mesmo se não tivesse de fato visto ele.

— Posso te ajudar?

— Na verdade, sim. Precisamos finalizar a introdução da segunda parte para o nosso seminário.

— Ah, sobre isso — ela disse tentando esconder a decepção consigo mesma.

Mesmo os dias sendo curtos para Choi Ae Ra, ela não gostava de se esquecer de algo importante. Entretanto, naquele momento nem mesmo se lembrava que precisaria apresentar um seminário com Nam Tae Hyun, e por isso, sentia como se talvez não fosse boa o suficiente.

— Acho que não vai levar muito do seu tempo.— Nam Tae Hyun puxou uma das cadeiras e se acomodou.— Tudo bem, estou preocupado em como iremos introduzir o problema.

— Sou boa com termos e também consigo ser mais direta. Talvez eu devesse iniciar a apresentação, e você pode discorrer durante essa primeira parte.

Nam Tae Hyun assentiu um tanto pensativo.

— Acho que eu deveria anotar isso — falou Ae Ra.— Se eu não me engano, precisamos corrigir algum dado.

Choi Ae Ra buscou entre as inúmeras folhas escritas um pequeno espaço para anotar que deveria se lembrar daquelas informações mais tarde. Ela não percebeu que Tae Hyun observava com atenção aquela cena, não era nada importante aos seus olhos, mas certamente despertou algo em Nam Tae Hyun.

Assim como, os momentos em que se reuniam, aquela conversa parecia ter durado um tempo menor do que realmente deveria e se manteve restrita ao seminário. Era como se Ae Ra e Tae Hyun silenciosamente tivessem criado uma regra que impedia os dois de ultrapassarem qualquer assunto que não fosse acadêmico, porque tinham medo caso o contrário acontecesse.

Mais tarde naquele mesmo dia enquanto Choi Ae Ra procurava a dose dos medicamentos que deveria dar para a mãe, a senhora Han Sang Hee, acabou esbarrando com algo que nunca tinha visto na loja. Um bloco de notas semelhante a um caderno, com a capa em um tom suave de amarelo, era delicado e sútil. Choi Ae Ra não escondeu o sorriso ao perceber que de alguma maneira aquele objeto havia parado naquele local. Mesmo que de alguma maneira, soubesse exatamente que Nam Tae Hyun era o responsável por isso.

O olhar de Nam Tae Hyun permanecia sobre Choi Ae Ra desde o momento em que aquele antigo bloco de notas com a capa em um amarelo desgastado acabou parando nas mãos de Tak Chang Ho

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O olhar de Nam Tae Hyun permanecia sobre Choi Ae Ra desde o momento em que aquele antigo bloco de notas com a capa em um amarelo desgastado acabou parando nas mãos de Tak Chang Ho. A recepção continuava normalmente, mas Tae Hyun não conseguia mais se atentar aos problemas dos moradores nem ao mesmo buscar soluções, o que era o foco daquela reunião. Afinal, passava a maior parte do tempo relembrando memórias que não havia esquecido, apenas, escondido por um tempo.

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