Capítulo Vinte e Dois

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Choi Ae Ra respirou fundo. Estava se sentindo culpada após tirar um dia de folga sem necessidade, mas ao mesmo tempo, sabia que não estava em seu melhor momento.

— Chá de hortelã. Não sei se você gosta, mas foi o único que encontrei — disse Lin Do Woo colocando uma xícara branca encima da mesa de Ae Ra.— O presidente Kwon deixou alguns recados para você.

— Ele gritou em algum eles?

— Achava que falar gritando era o estilo dele, então sim, ele gritou em todos.

Um tanto enojada Choi Ae Ra colocou os recados da secretária eletrônica para tocar. Os dois primeiros eram apenas o presidente Kwon contando uma história desinteressante sobre o quanto estava ocupado e não poderia fazer muitas coisas enquanto estava em uma viagem para a Itália, o que não fazia muito sentido, afinal, se deveria estar ocupado no mínimo não deveria estar viajando.

— Ele é tão estranho — comentou Lin Do Woo, arrancando uma risada de Ae Ra.

Existia algo em comum entre praticamente todos os funcionários da Sunrise, a raiva mútua pelo presidente Kwon e sua personalidade extremamente duvidosa.

"Enfim, estou achando todo o processo de construção em Gonghee muito lento. Por isso, irei chegar na cidade durante algum dia da semana que vem e analisar todo o processo de perto, o seu prazo está acabando, espero que tenha sucesso."

— Isso não é bom, certo?— Lin Do Woo perguntou receoso.

— É uma péssima notícia, em todos os aspectos. — Ae Ra suspirou, completamente frustrada.— Acho melhor começar a torcer para que algo aconteça e ele não consiga vir.

— Isso é contar com a sorte — pontuou Lin Do Woo.— Acho melhor não apostar muito nisso. Enfim, o que vai dizer para o presidente?

— Bem, que a proposta da Sunrise foi rejeitada, não existe muito o que dizer. Ele irá ter que aceitar isso uma hora ou outra.

— É uma pena, para o senhor Kwon. Não sei se posso dizer que Nam Tae Hyun está errado nessa situação, provavelmente também não venderia o meu restaurante se tivesse um.

— Não vamos falar sobre o presidente Kwon durante o o expediente!— Afirmou Jin In Ah, adentrando a pequena sala enquanto segurava algumas sacolas.

— O que é tudo isso?— Lin Do Woo arqueou as sobrancelhas.

Choi Ae Ra encarou aquelas sacolas um tanto desconfiada e decidiu abrir a primeira que encontrou, identificando alguns discos.

— Eu sei!— Exclamou Jin In Ah nitidamente frustrada. — Quer dizer, eu acho que sei.

— Quais as chances de você ter ido a disco-me, ter dito algo que se arrependeu e para disfarçar a situação acabou comprando todos esses discos e nem sabe de quem são?— Indagou Choi Ae Ra.

— Errado, eu conheço a Iu e o Abba, acho que as minhas compras não condizem muito uma com a outra. Mas sobre o restante, você está completamente certa.

Lin Do Woo gargalhou enquanto bisbilhotava dentro das sacolas e acabou encontrando um disco de músicas infantis.

— Está proibido de rir da minha situação!— Repreendeu Jin In Ah escondendo o rosto com as mãos.

— Acho que isso vai ser um pouco difícil — rebateu Lin Do Woo entre risos.— O que você disse? Deve ter sido algo no mínimo constrangedor para gastar tanto dinheiro com vinil assim.

Jin In Ah bufou e cruzou os braços, enquanto pensava em uma maneira de contar aquela história sem parecer extremamente desesperada.

— Estava conversando com Jung Myung Soo, acho que talvez em algum momento eu tenha dito que deveríamos jantar juntos, mais especificamente só nos dois.

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