– Vitória da Sonserina!- o aluno da corvinal que estava sendo o juiz gritou.
Matade da festa comemorou, a outra metade estava torcendo para Grifinória.
Durante o jogo, Sirius havia escorregado e derrubado Lene, isso fez com que eu e Crouch ganhássemos.
– O que acha de um drink da vitória?- Barth me perguntou assim que saímos do lago e eu desci do seu ombro.
– Na verdade, Barth, eu...- tentei falar mas fui interrompida.
– Crouch!- Sirius chamou vindo até nós com raiva, o que tinha acontecido?
–Acha que trapaceando vai impressioná-la?- Black falou com raiva enquando empurrava Barth.
– Vamos, princesa.- Barth não respondeu e me puxou pelo braço.
– Me solta! Já disse para não me chamar assim.- falei vendo os olhos de Black ficarem cada vez mais escuros de ódio.- E você, Black, vamos sair daqui.
Barth cerrou os olhos, ele viu o modo como Black agiu perto de mim, e o modo como eu olhei para ele, ele não era burro de não perceber.
– Está irritado por que enquanto você perdia, eu estava segurando sua namorada pelas coxas?- Crouch provocou.
Sirius apontou a varinha para ele e eu vi nossos amigos correrem na nossa direção.
James não precisou saber o que estava acontecendo para tomar o lado de amigo e peitar Snape que havia acabado de chegar ali.
– Aceitem, vocês perderam.- Crouch riu debochando da situação.- E como prêmio, eu vou levar a sua namorada.
– O que? - falei indignada, aquilo não podia ser sério.- Eu não sou namorada do Black, e muito menos seu prêmio!
– Podem não namorar, mas com certeza estão transando.- Barth falou.
Ele foi o primeiro a levar um soco de Sirius, depois foi o primeiro a cair com o nariz sangrando.
– Sirius, vamos sair daqui.- falei tentando não olhar para Barth nem para as pessoas que vinham bisbilhotar.- Agora, Black!
Arrastei Black dali sem me importar muito com as outras pessoas, o levei para longe, quase entrando na Floresta Proibida e ele sentou em uma pedra antes de me encarar.
– Se acalmou?- perguntei propositalmente apenas para vê-lo ficar ainda mais irritado.- O que foi?
– Alguém azarou a varinha do Pontas, o feitiço ricocheteou e nós caímos.- ele explicou sem esconder a raiva.
– E bateu nele por isso?- perguntei, ele desviou o olhar.- Responda!
– Viu as coisas que ele falou de você? O jeito que olhou pra você?- Black falou alto.- Ele te enviou aquele bilhete outro dia?
– Enviou, e eu não poderia estar menos interessada.- respondi.- Tem que parar de bater nas pessoas por minha causa, eu posso me defender.
Ele riu.
– Pode?- Black continuou sorrindo de canto.
Ele se levando e em um piscar de olhos me pegou em seu ombro como um saco de batatas.
– Me põe no chão, Black, agora!- resmunguei.
-- Pensei que pudesse se defender, Greeney.- ele provocou.
-- Black, se não me colocar no chão agora, eu juro que mato você.
Ele obedeceu, e assim que eu pisei no chão ele me puxou pela cintura e me beijou. O beijo mais doce e quente do mundo, eu não poderia ficar sem aquilo.
-- Pare de bater nos outros por minha causa, se não você vai ficar sem isso como castigo.- falei como seu conseguisse ficar sem.
-- Não vou prometer.- eu fiz uma cara feia.- Mas posso tentar.
****
A fome e a ressaca que a Festa do Lago me deu iriam ser curadas com um típico cafá da manhã de Hogwarts. Torta de abóbora, suco de maçã e o incrível elixir cura ressaca que Marlene sempre preparava.
Mas assim que entrei no Salão Principal percebi que havia algo de errado, meus amigos ainda não haviam chegado e a mesa toda da Grifinória estava me olhando torto, assim como Emma e todos da Sonserina.
Avistei Pandora sentada sozinha na mesa da Corvinal enquando comia seu croassant, eu não sabia o que estava acontecendo, mas com certeza havia algo de errado.
-Pan, o que ta acontecendo?- perguntei me sentando enquanto pegava um pedaço de torta.
-Eu não sei, também achei a torta com um gosto meio peculiar.
-Não, estou falando das pessoas me encarando.- ela pareceu finalmente perceber.
-Ah, não é óbvio?- fiz que não com a cabeça.- É por causa de ontem.
Eu continuei sem entender.
-A briga de ontem foi a gota d'agua, a rivalidade entre as casas Grifinória e Sonserina voltou, e todos acham que a culpa é sua.
- O que? Sempre existiu rivalidade, o que esses idiotas estão pensando?- perguntei indignada.
- Mary, há dois anos vocês nem iam nas festas uns dos outros, os jogos de quadribol pareciam uma grande carnificina, os veteranos conseguiram mudar isso, e agora todos acham que por sua culpa isso acabou.- Pan explicou.
- Não faz sentido, até a Emma me olhou estranho, ela não faria isso.- falei.
-É, isso tem outra explicação.- eu apenas encarei a garota.- Ela contou que viu você e Black se beijando perto da Floresta Negra ontem.
Eu gelei, senti minha garganta arranhar ao engolir. A essa altura, não devia ser só Emma e Pandora que sabiam daquilo, todos já deviam saber.
Eu levantei e caminhei até o dormitório de Sirius sem fazer desvios, eu tinha que dizer a ele o que estava acontecendo, e para minha sorte eu sabia a senha para entrar na comunal grifana.
- Bafo de Dragão- falei para Mulher Gorda do quadro que escondia a comunal dos leões.
- Mary Greeney? Já ouvi muito sobre você hoje, e ainda são 8 da manhã.- ela falou.
- Pode abrir logo essa porta?- insisti.
Eu entrei e passei passei pela Comunal vazia até chegar na porta do quarto do Marotos, e para minha sorte, foi o próprio Sirius quem abriu.
- Ta tudo bem?- ele perguntou assim que eu entrei sem dizer nada.
- Por que não estava no Salão para o café?
- Eu curo minha ressaca de outro jeito.- ele sorriu pegando um cigarro.
- Todos sabem.- ele continuou me encarando.- Sabem que estamos...não faço ideia do que estamos fazendo, mas todos sabem, Emma nos viu.
- E isso é um problema pra você?- ele perguntou sério.
-...Não, mas temos outro problema além desse.
- Que é...?
- Sonserina e Grifinória estão brigando de novo, e assumiram que a culpa é minha.
-O que? Estamos sempre brigando.
- Não, Black, você está sempre brigando, brigando por mim, e agora que sabem que estamos juntos todos tem certeza de que a culpa é toda minha.
- O que é culpa sua?- Remus perguntou saindo do banheiro, eu e Black nos entreolhamos.
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Only One - Sirius Black
FanficEM REVISÃO Tudo que Mary Greeney sentia ao olhar nos olhos de Sirius Black era o mais puro ódio, mas é claro que não era apenas isso. "Posso fugir de você, te ignorar, afirmar um milhão de vezes eu te odeio, mas nada vai mudar o fato de eu ter me a...