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Olhei o retrovisor vendo duas viaturas me seguindo já estava entrando em desespero, mal conhecia as ruas e facilmente eu poderia entrar em uma rua sem saída. Um pouco mais a frente observei um estacionamento e virei o carro com tudo entrando no local.

desci a rampa com as mãos no bolso e caminhei calmamente pelas ruas até ouvir uma sirene atrás de mim

-- que carajo -solto um suspiro e continuo andando novamente.

-- ei Jessy! parada aí! - olho pra trás e saio correndo entrando em um beco

-- como esses filhos da puta me reconhecem até aqui? - resmungo e continuo correndo.

logo um carro para em minha frente e vejo quem era -- entra! - solto um suspiro e entro às pressas no carro que logo bate no veículo da polícia e sai disparado.

-- valeu! -olho pro trançado ao meu lado -- você estava me seguindo? Não imaginei que seria ajudada logo por você....

-- ouvir barulhos de sirene e você correndo, aliás, como consegue correr com um salto desse? -me olho com os cenho franzido.

-- anos de prática e experiências - olho pro lado vendo ele rir anasalado e balançando a cabeça

-- você é maluca, vai acabar quebrando a perna em uma dessas fugas - apenas neguei com a cabeça e observei ele dirigindo com apenas uma mão, as veias saltando, e com o outro braço encostado na porta do carro.

-- posso saber seu nome agora? - olho pra ele com a sobrancelha levantada. -- o que? Eu te ajudei e acho que poderia saber seu nome

-- Jessy...Jessy Torreto - viro o rosto pro lado

-- Torreto? Que sobrenome estranho -olho pra ele e levanto mais a sobrancelha.

-- estranho você não saber quem são os Torreto

-- não procuro me informar sobre outras pessoas, não tem importância no meu cotidiano mesmo...- deu uma pausa e me encarou. -- ao menos que você queira fazer parte dele - sorriu e mexeu naquele maldito piercing.

- soltei uma risada alta e neguei rapidamente com a cabeça. -- você é bonito e atraente, mas não faz meu tipo já disse -olho pra frente e jogo o cabelo trás.

-- posso fazer você mudar de ideia - continuou me olhando

-- não obrigada, aliás, presta atenção na estrada

-- não irei bater, se for isso que está pensando, loirinha

-- nunca se sabe....onde está me levando?

-- só estou dando voltas na cidade mesmo, onde você mora?

-- em um condomínio bem famosinho, esqueci o nome agora

-- sei onde fica, moro no mesmo condomínio que você. - abriu um sorriso -- parece que iremos nos encontrar bastante, loirinha!

Ficamos em silêncio durante o caminho, mas logo foi quebrado pelo moreno

-- você tem um sotaque diferente, de onde veio?

-- México -olho pra ele

-- me gustan las chicas latinas - solto um riso um pouco alto e fico impressionada com o sotaque dele

-- Começo a achar que seu sotaque te faz parecer mais inteligente do que é.

-- não me acha inteligente? - me olhou indignado

-- pra ser sincera? Não mesmo, você tem cara de ser bem burrinho do tipo que não sabe quanto é 1×1

-- caralho loirinha, Eu sou muito inteligente! Tá me julgando sem antes me conhecer -riu

-- foi mal -rir também. -- só disse o que acho....-dei de ombros e voltei minha atenção pro caminho até minha casa.

Chegamos no condomínio e passei a numeração e o caminho da minha casa... Tom travou o carro e soltou um suspiro.

-- entregue - me encarou -- se quiser posso te buscar amanhã e levar você no estacionamento que está seu carro, imagino que não faça a mínima ideia de onde ele esteja

-- vou aceitar sua carona, passa aqui as 13 horas, pode ser? -abrir a porta do carro e esperei a resposta dele.

-- beleza loirinha, te vejo amanhã então - quando eu ia sair do carro ele segurou meu braço me fazendo olhar pra ele.

-- o que foi?

-- me passa seu número, vai que aconteça algum imprevisto de ambas as partes - sorriu e isso me fazendo sorrir também

-- posso jurar que isso é só um pretexto pra ter meu número, mas tudo bem -estendi a mão esperando ele entregar o celular e assim ele fez. -- pronto, aqui está - entreguei o celular de novamente e sai do carro. -- até amanhã! - dou tchau e pego as chaves de casa.

-- finalmente! - me jogo na cama e fecho meus olhos -- como aqueles policiais sabiam que era eu? -me sento na cama depressa e faço cara de confusão -- será que esses filhos da puta estão monitorando a gente? -pego meu celular rapidamente e ligo pro meu pai que logo atende.

-- oi meu amor, aconteceu algo? - disse meu pai do outro lado da linha.

-- pai, eu acho que a polícia está monitorando a gente... -mordo meus lábios

-- como assim? O que aconteceu, Jessy?

-- no final da corrida a polícia chegou e todos saíram de lá...-suspiro e passo a mão no rosto -- eu deixei meu carro em um estacionamento e sair andando só que duas viaturas mandou eu parar e falou meu nome

-- merda! Como eles sabem que estamos aqui? Vou chamar o pessoal e estamos indo pra ir....mas espera, se você deixou o seu carro no estacionamento, como chegou em casa?

-- um garoto do racha me trouxe, ele disse que viu a polícia me perseguindo e me deu carona, é amigo do Tej - falei sabendo que ele iria fazer mil perguntas sobre o garoto.

-- vou puxar a ficha desse garoto depois, estou indo pra casa - disse e por fim desligou na minha cara.

-- ele sempre faz isso, que raiva!

𝑨𝒑𝒖𝒆𝒔𝒕𝒂𝒔 𝒚 𝑫𝒊𝒗𝒊𝒔𝒊𝒐𝒏𝒆𝒔 || Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora