Twelfth

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Hello, pessoinhas! Chegou mais um capítulo para vocês, e eu espero que gostem. As coisas vão ficar um pouquinho difíceis para alguns apartir de agora, mas eu peço que confiem no processo e acreditem que no final vai dar certo.

Preparem os corações, bebam água e divirtam-se com a leitura.

Att: Não deixem de comentar porque a opinião de vocês faz toda a diferença.

...

Narradora Point Of View

Ele adentrou o apartamento no mais absoluto silêncio, os pensamentos distantes. O som da sua respiração irregular e dos seus passos pesados e firmes, eram as únicas coisas que se ouviam. Sentia-se exausto, como se tivesse participado de alguma maratona mas, era só o peso das decisões que tomou. Se tivesse ficado em casa e... Negou com a cabeça, soltou o ar que estava prendendo, e subiu as escadas que davam acesso ao andar de cima, até finalmente encontrar o quarto deles.

Livrou-se da roupa com pressa, como se elas de alguma maneira o ferissem, e adentrou o banheiro. Deixou que água fria se chocasse contra a sua cabeça, pensando que assim, talvez, pudesse se livrar daquele turbilhão de pensamentos que o sufocavam. Sentiu lágrimas escorrerem por seu rosto, e gritou sem conseguir se conter. O som ecoando pelo banheiro, fazendo o peito dele estremecer. Fora ferido da forma mais doentia, e então não sabia o que fazer, ou como agir para sair daquele buraco.

Quando terminou o banho, que durou por cerca de uma hora, cobriu o corpo com nada além de um moleton cinza e camisola, e então esperou. Sentado na beira daquela cama que fora palco de muitas noites, manhãs e tardes tórridas, ele repassou todos aqueles anos em sua mente, se perguntando seriamente em que ponto falhara com a promessa que fizera no altar, e diante de todas aquelas testemunhas, amigos e familiares.

Até que a porta foi aberta.

Os passos eram fracos, quase silenciosos. Mas, ele sequer deixou de notá-la. Conhecia até a forma como ela respirava. Mane ergueu a cabeça apenas para vê-la totalmente decomposta: o cabelo sempre tão alinhado, estava preso de qualquer maneira no alto da cabeça; o rosto bonito se encontrava inchado, provavelmente pelo choro; os pés descalços, e ainda era possível enxergar resquícios da maquiagem pesada ao redor dos olhos. Tão diferente, ele pensou enquanto a observava caminhar até o banheiro.

Ouviu o som do chuveiro, e soube então que ela optara também por tomar um banho antes de tudo. Ficou quieto pelos próximos minutos, encarando a foto deles encima da cômoda. Aquela em especial, fora feita quando eles estavam em lua de mel em Cancún. Ela dissera que era a sua favorita, então ele, apaixonado que era, mandou fazer um quadro e deu de presente.

Maite saiu do banheiro quarenta minutos depois, enrolada em um roupão; o cabelo molhado e o rosto agora perfeitamente limpo.

Não, não é necessário que entendas

Porque nunca te serviu a razão

Ao coração, o coração, não pensa

_ Você está bem?.- Ela perguntou em um sussurro, e ele riu sem conseguir conter-se. Maite estava parada perto da janela, a uma distância que considerou ser segura para seguir com aquela conversa.- Mane...

_ Eu estou saindo de casa.- Anunciou, interrompendo a fala dela que arregalou os olhos.- Não agora porque eu realmente não tenho condições de dirigir à essa hora sem colocar em risco a minha vida e a de outra pessoa. Mas, amanhã no primeiro horário já não estarei aqui.

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