Fifth

230 19 24
                                    

Chegou mais um para vocês! Voltei rapidinho porque vocês foram bonszinhos, e comentaram no capítulo anterior.

Divirtam-se.

...

Narradora Point Of View

_ Não sei se está fazendo tudo isso por quê, se ninguém vai necessariamente olhar em você.- A voz soou debochada e ela suspirou de olhos fechados.

Usava um short de algodão, um top preto, os cabelos presos em um coque bagunçado, e estava deitada em um tapete enquanto finalizava a série de exercícios. Não conseguia frequentar um ginásio porque ele não deixava, então só lhe restava se exercitar em casa. O apartamento estava silencioso porque Aurora felizmente dormia em seu quarto e ele lia um jornal ao seu lado.

Quando finalizou os exercícios, ela recolheu todos os materiais e seguiu para o banheiro. Tomou um banho rápido sem fazer questão de encarar o próprio reflexo no espelho, porque não gostava de enxergar todas as marcas que estavam espalhadas por todos os lugares. Cobriu o corpo com um vestido azul um pouco acima do joelho e voltou para sala. Ele ainda estava sentado no sofá, o olhar concentrado no jornal, os pés por cima da mesinha de centro, e mantinha uma mão dentro da bermuda.

Ela passou reto, indo diretamente para a cozinha. Era quase meio dia, e precisava preparar o almoço para ele. Aquele era o seu dia-a-dia longe do trabalho. Arrumava a casa, lavava a roupa, passava, cozinhava e cuidava da filha, sendo essa última, a única coisa que ela fazia com todo prazer. O resto ela fazia por pura obrigação se não quisesse levar uma surra. 

Pelos próximos minutos, ela cozinhou em silêncio, lutando para se mover muito pouco, e apenas quando absolutamente necessário, para não chamar a tenção dele, o que não deu muito certo. Trinta minutos depois, quando o almoço estava prestes a ser finalizado, ele se aproximou dela que se retraiu inteira, e ficou por trás, os braços rodeando o quadril por cima do vestido.

_ O-oque você está fazendo?.- Perguntou trêmula. A respiração dele batia diretamente em sua nuca aonde depositou um beijo antes de pressionar os dentes.- E-eu... Rob...

_ Quieta!.- Exigiu, pressionando o quadril contra a bunda dela.- Você é minha mulher, e tem que me satisfazer sempre que eu quiser.- Falou, os dedos da mão esquerda pressionados contra o pescoço dela. Com a mão livre, ele deslizou a bermuda até bem abaixo dos joelhos e suspirou ao ter o pênis livre da cueca.- Preciso reconhecer que você é bem gostosa até, querida.- Sorriu, e em um único movimento ergueu o vestido, se livrando da calcinha em seguida. Os dedos a sondaram por alguns minutos, toques que machucavam e deixavam-na com nojo de si mesma.

De olhos fechados, ela foi invadida sem aviso algum. Ouviu o gemido dele e se amparou no balcão da cozinha, o lábio preso entre os dentes para não gritar e acordar o seu bebé que felizmente ainda dormia. A cada estocada com agressividade, ela apertava os lábios com força e agarrava a pedra de mármore como se a sua vida dependesse daquilo. Sentiu lágrimas escorrerem por seu rosto, mas não ousou se mover. Ele apertou os seios por cima do vestido sem nenhum cuidado, apertou o pescoço dela, distribuiu beijos pela nuca até que...

_ Mamã?.- A voz angelical veio do corredor e ela arregalou os olhos em completo choque.- Rora está com fome.- Falou manhosa. Os passos ficavam cada vez mais próximos e a morena engoliu em seco, pedindo para que ele parasse.

_ Eu disse para você ficar quieta.- Rosnou, voltando a se mover com toda força.

_ AURORA FECHE OS OLHOS!.- O grito assustou a pequena que estava parada no corredor abraçada ao seu ursinho.- ANDA, FECHA OS OLHOS!

_  Não grita, mamã...- A pequena resmungou chorosa e voltou a caminhar. Por viver em um ambiente tumultuado, e ter que lidar com o facto de que Robert agredia constante à mãe, Aurora não lidava muito bem com gritos. Se assustava e sempre terminava aos prantos.

DoctorsOnde histórias criam vida. Descubra agora