Doctors

Seventh

Estou sendo boazinha com vocês em postar mais um capítulo hoje, então sejam bons comigo também e comentem bastante.

Att: Tem uma surpresinha para vocês ao longo do capítulo, então espero que gostem.
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Narradora Point of View

Eram quase seis horas da manhã quando ela terminou de vestir e saiu do quarto. Foi para cama tarde por culpa dos amigos que só deixaram o seu apartamento por volta da meia noite, e como se não bastasse, teve uma noite de merda por que simplesmente não conseguia esquecer aqueles olhos verdes. Sabia, pelos sinais que o seu corpo dava, que estava a um passo de fazer uma loucura. Não era muito boa em agir sobre pressão, poderia muito facilmente cometer uma estupidez. 

_ Você está louca.- Resmungou negando com a cabeça, e deixou o apartamento sem fazer questão de comer. Usava um vestido rosa, justo até um palmo acima do joelho. As mangas eram levemente bufantes nos ombros, e tinha delicados botões na parte frontal até ao meio das coxas, e cobriu os pés com saltos na cor bege. Seus cabelos terminaram presos em um coque deixando exposta parte da nuca e todo o pescoço. NY amanheceu fria, dando indícios de que cairia um verdadeiro temporal, então optou por usar um sobretudo branco por cima do vestido.

Diferente dos outros dias em que estacionava o carro em sua vaga na garagem e fazia todo o caminho de volta até a entrada da frente, ela optou por seguir com o elevador. Não estava com disposição e nem paciência para aturar ninguém logo cedo. Sabia que naquela altura um bom número, senão mesmo todos os profissionais que trabalhavam no Mount Sinai, já tinham visto a entrevista dela e de Alfonso. E não é como se tivesse receio de receber alguma crítica por que ela mesma vira e achou que, apesar de todo o seu nervosismo, a entrevista correra na mais perfeita ordem. Maite até comentou que era como se ela e Alfonso tivessem nascido para estar exatamente ali.

Certificou-se que o carro estava perfeitamente trancado, e adentrou o elevador. Eram quase sete horas, então teria tempo suficiente para relaxar longe dos olhares alheios antes de começar com o trabalho. Encarou o celular preso em suas mãos, apoiando o corpo na parede de metal, e antes que o elevador subisse, mãos que ela conhecia, por que era daquelas que gravava até os detalhes mais sórdidos, impediram que as portas se fechassem. Ela ergueu a cabeça, pronta para revirar os olhos, mas desistiu optando simplesmente por ficar quieta quando enxergou a figura de Alfonso.

Ele exibiu todos os dentes em um sorriso, como se estivesse realmente deliciado com aquela coincidência. Usava preto: Calça social, camisola de tecido grosso e um sobretudo por cima. A barba rala por fazer e os cabelos bagunçados, davam-lhe um ar descontraído que Anahí apreciou com todo gosto.