Anahí Portilla teve uma infância dura e uma vida difícil. Por causa dos seus problemas, ela tornou-se emocionalmente reservada e uma garota problemática na escola. Quando conhece Miranda Bailey, ela enxerga a inteligência por trás da fachada de vale...
Mais dias passaram, e então algo curioso aconteceu. Nina estava saindo do quarto de um paciente quando sentiu o telefone vibrar no bolso do jaleco. Era Sophia, informando que a audiência do divórcio fora marcada para dali a cinco dias. A partir daquele dia, ela ficou muito quieta. Trabalhava em modo automático, sempre atenta a todos os lados com medo de estar sendo seguida ou então vigiada. Sophia foi uma figura presente naqueles dias que passaram, tentando sempre fazê-la sorrir, garantindo que tudo ficaria bem ao mesmo tempo que dava no duro para preparar a melhor defesa já que sabia que não seria nenhum pouco fácil conseguir aquele divórcio.
Quando o dia chegou, a fisioterapeuta estava simplesmente um caco. Teve uma noite péssima, e por muito pouco quase desistiu de sair de casa. Eram seis horas quando ela deixou o quarto de banho tomado e toda higiene pessoal devidamente feita.
_ Bom dia mamã!.- A voz doce de Aurora fez-lhe esquecer um pouco do turbilhão de pensamentos negativos que passavam pela sua cabeça naquele momento.
_ Bom dia, minha princesa.- Sorriu, pegando a menina no colo, que rodeou os pés ao redor da cintura dela.- Está cheirosa.- Observou, fungando o pescoço da pequena que riu gostosamente
_ Titia Soph deu banho em mim.- Explicou, indicando a advogada que terminava de preparar o pequeno almoço delas.
_ Oh, que bom que já está acordada.- A loira sorriu carinhosa. Usava apenas um roupão azul escuro, e tinha o cabelo preso em um coque comportado.- Temos apenas uma hora e meia para sair de casa.- Avisou, enquanto virava a omelete com cuidado.
_ Eu não estou com fome.- Respondeu em voz baixa. Aurora brincava com os fios do cabelo dela.
_ Mas vai comer mesmo assim.- Disse, sem dar margens para reclamações.- É como eu disse da outra vez, se você não se manter forte nada do que estou tentando fazer vai adiantar. Precisa mostrar para aquele imbecil que apesar do que ele fez, você é capaz de seguir em frente.- Sorriu fraco para Nina que respirou fundo.
Muito pouco foi dito depois dali. O pequeno almoço ficou pronto vinte minutos depois, e elas se sentaram para comer. Aurora amou as panquecas e fez uma verdadeira festa enquanto comia e bebia o suco de laranja. Comeram em um silêncio absolutamente necessário, embora os pensamentos de Nina literalmente gritassem. Depois do café, Aurora foi ver desenho enquanto as outras duas se arrumavam.
Nina não estava muito certa do que vestir, tanto que levou mais tempo do que era suposto. Não sabia como Robert iria reagir ao vê-la se apresentar de um jeito que claramente não concordava. Mas, após uma sessão de terapia com Sophia, onde a mesma fez questão de esclarecer que era uma nova fase, e que Robert não tinha o direito e nem mais a autonomia de decidir sobre as suas roupas, ela tacou o foda-se e escolheu o que lhe pareceu ser o certo.
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O juiz de paz foi claro na abertura da audiência, explicando que o pedido do divórcio partiu dela, que ele não aceitou em primeira instância assinar os papéis e que por isso estavam ali. Foi feita uma tentativa de conciliação o que era o costume, mas não adiantou muita coisa. Nina encarava as próprias mãos, tentando ignorar os olhares que Robert, sentado na frente dela, lhe lançava a todo momento. Houve uma breve movimentação, que obrigou-lhe a erguer rapidamente a cabeça, e foi com os olhos arregalados que ela enxergou Ian, adentrado a sala de braço dado com Anahí. Essa última usava um vestido branco fora de ombro, saltos pretos e tinha os fios castanhos presos em um rabo de cavalo.
