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Não revisada.

Capítulo Dezessete.

Sabe os fenômeno naturais que são os mais fortes e consequentes os mais perigosos para a humanidade. Por serem naturais ninguém podia ter o controle deles, apenas podiam tentar se proteger e possivelmente sair ileso.

O ser humano numa for estúpida de se proteger dos desastres naturais, destrói a natureza como se isso fosse impedir alguma coisa. Completamente inútil, se destruírem a natureza ela atacará com dez vezes mais força, era um fato.

Sabe oque atualmente a vida de Keisuke Baji tinha de parecido com um desastre natural? O caos. Sua vida virou de cabeça para baixo, e o pior é que ele não tinha feito nada pra isso.

Pra começar o seu pagamento no trabalho veio descontado por causa dos vários atrasos que ele teve por causa das "emergências" que Ayna sempre tinha. Ele dividia a conta do aluguel com a mãe já que agora tinha mais dois morando com eles, mais com o desconto ficou faltando desse mês, e sua mãe teve que tirar o dinheiro de algo que ela estava juntando, Baji estava se sentindo péssimo por isso.

Sua mãe foi compreensiva mais ela disse que estava ficando cansada do jeito que as coisas estavam indo. Tudo bem que Ayna carregava seu neto, mais ela não aguentava mais a garota cobrando as coisas de Baji como se o garoto não fizesse nada.

Só um doido não via como Baji estava se matando pra trabalhar e estudar, ajudava no aluguel e nas compras e tudo que recebia da garota era cobrança e reclamações.

Era quarta feira a noite e a senhora Keisuke estava em casa aproveitando sua folga merecida. Ayna estava dormindo na casa de uma amiga e Baji deveria estar saindo da aula e a caminho de casa naquele instante.

Não demora muito pra porta ser aberta pelo Keisuke mais novo vestindo uma jaqueta preta e os cabelos presos num coque alto. Ele larga a mochila e os sapatos no canto da sala e vai se arrastando até o sofá.

_Boa noite meu amor! _ deu um beijo em Baji que sorriu _pensei que iria pra casa do Chifuyu hoje.. sabe, já que ela não esta! _ Baji ri da careta da mãe

A mãe de Baji não escondia que não gostava da garota, mais a tratava bem pela criança. Ela odiava vê a garota sugar até a ultima gota de energia vital do seu filho, ela não tinha um pingo de respeito pelo esforço que Baji fazia por ela e pelo bebê.

_Eu ia, mais estou tão cansado demais pra ir até lá! _ choraminga deitado no colo da mãe

A mãe de Baji estava fazendo oque mais gostava nos dias de folga, assistir filmes e comer muita pipoca. Baji sorriu fechando os olhos, ele sentia falta desses programas só entre os dois.

Baji foi até seu quarto pegando a última ultrassonografia do bebê e as roupinhas que Chifuyu e Kazutora deram seus rins pra comprar.

A senhora Keisuke sorria ouvindo o filho mostrar cada coisa e falar sobre o dia que compraram com entusiasmo contagiante. Ela percebeu o brilho nos olhos do filho enquanto falava sobre os garotos.

Depois de tudo mostrado e eles conversarem sobre coisas de bebê que Baji já estava louco pra comprar, os dois jantaram juntos acompanhados por uma conversa agradável.


Baji estava deitado na sua cama olhando para o teto, ele não conseguia dormir.. algo incomodava seu coração.

Como um mal pressentimento, só de pensar sentia seus pelos se arrepiarem. Ele tinha mandado varias mensagens para Ayna pra ter certeza que o bebê estava bem, mais a garota não tinha lhe respondido e isso só piorou sua situação.

Ele tenta novamente ligar e vai direto pra caixa postal, Baji estava quase fazendo um buraco no chão de tanto que andava pelo quarto agoniado.

Keisuke não aguenta ficar parado ali e pega sua jaqueta saindo de casa. Ele andava com a moto pra esfriar a cabeça, gastava gasolina mais o aperto no seu peito permanecia.

"Caralho Ayna atende essa merda!"

Mais a garota não atendia, ele não estava nem ai que fosse madrugada e que a garota provavelmente estaria dormindo, ele não dormiria sem ter certeza que estavam bem.

_Ai meu senhor, proteja meu filho(a)! _ Baji pragueja baixo nervoso

O celular do moreno toca e ele rapidamente atende sem nem vê quem era, sua boca tremia por causa do frio da madrugada.

_Kei? _ a voz de Kazutora entrou por seus ouvidos parecendo preencher o vazio a sua volta

_Oi..

_Você ta bem? _ a voz do bicolor começou a ficar apreensiva

_ Não.. eu não tô.. _ ele se mantinha encolhido na praça onde tinha resolvido parar

Ouve um minuto de silêncio antes que Baji pudesse ouvir a voz sonolenta de Chifuyu e passos ao fundo. Baji imagina que Kazutora acabará acordando o loiro por estar preocupado consigo.

_Estamos indo pra sua casa! _ Kazutora diz depois vem o barulho da porta se fechando

_Não tô em casa.. _ sua voz saiu meio embargada oque deixou os dois do outro lado da linha mais preocupados ainda _ Tô perto de casa.. na praça..

_Já chegamos ai! _ a chamada foi encerrada e Baji tentou novamente ligar para garota, ainda sem retorno


_Baji! _ o moreno vê os amigos virem até si correndo

Chifuyu e Kazutora estavam iguais a si, vestindo pijamas e um casaco grande por cima. Kazutora se ajoelha a sua frente e segura suas mãos fortemente, Chifuyu se senta ao seu lado o abraçando.

Eles permaneceram em silêncio, queriam ter certeza que o moreno estava bem antes de fazerem um interrogatório.

_Vamos sair do frio!

Os dois levam Baji para a casa do loiro, não queriam arriscar acordar a senhora Keisuke e deixá-la preocupada com o estado de Baji.

Assim que chegaram Chifuyu tratou de fazer um chocolate quente e os três se sentaram no sofá em silencio, esperando que Baji começasse a falar.

_Eu não consegui dormir.. tava sentindo um mal pressentimento, tão forte no meu peito que não consegui pregar os olhos! _ Baji começou olhando para o chocolate quente nas mãos _ Na verdade ainda estou sentindo.. eu só precisava saber se meu filho(a) estava bem! _ reclama baixo com a voz embargada _ Era só ela me responder.. mais como não aconteceu, eu surtei e sai andando pelo bairro tentando ignorar essa sensação no peito!

Agora Kazutora entendia porque recebeu uma ligação de Baji mais ele não dizia nada, tinha sido por engano. Mais que bom que aconteceu, imagina-se se ele continuasse vagando pela rua numa noite fria dessas?

_Eu tenho certeza que eles estão bem Baji-san.. não se preocupe! _ Chifuyu o abraça de um lado e Kazutora do outro

Baji começa a chorar, ele não queria que aquilo parecesse um surto idiota e sem fundamento. Ele só não aguentava o aperto no peito e a sensação de que algo ruim aconteceria. Só de pensar em algo acontecendo com seu filhote(a), era o suficiente pra ele começar a chorar.

Os dois apertaram o moreno nos braços lhe passando o máximo de conforto que podiam, eles queriam que Baji soubesse que eles estavam ali pro que ele precisasse. Independe de que horas fosse, ou lugar, Baji sempre poderia contar com os dois! Principalmente se tiver a vê com a criança que já era amada pelos dois como se fossem seus próprios filhos(a).

No dia seguinte Baji vai buscar Ayna na casa da amiga e no caminho pra casa eles brigaram, mais pelo menos o coração do Keisuke estava em paz por saber seu bebê estava bem.

Nosso recomeço - reescritaOnde histórias criam vida. Descubra agora