Capítulo XXXII

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Camila on:

- Bom dia irmãzinha - digo ao passar por ela pela cozinha e deposito um beijo em sua testa, ela respondeu - Bom dia Mila - como ela costumava fazer, pergunto o que tem para o café da manhã porque tinha sentido o cheiro de café fresco assim que cheguei na cozinha.

Sentamos. Tomamos café da manhã e ficamos por alguns minutos conversando até que escutamos o barulho da porta se abrindo, só poderia ser alguém que tinha a chave porque havíamos trancado tudo antes de dormir. me inclinei para ver se conseguia avistar quem havia chegado, era Any. penso em sair correndo para abraçá-la mas me contive, porque ainda estava com raiva por ter ficado tanto tempo preocupada, o que não durou muito pois mudo de ideia assim que percebo o semblante triste dela. Ando em sua direção. ela me olha e uma lágrima que parecia presa agora escorre do seu olho, a puxo e abraço forte, fiquei pensando se perguntava o que tinha acontecido, uma pessoa normal faria isso de cara, mas senti que o que ela estava precisando naquele momento não era falar, isso durou segundos, porque logo May chega interrompendo.

- Any, o que houve, porque está chorando? - estávamos tão preocupadas com você ela acrescentou.

Pergunto se ela comeu alguma coisa, ela responde que não então vamos para cozinha , enquanto estávamos ali, ela contou tudo que havia acontecido, senti um aperto no peito, pensei em Lauren e em como isso foi e continua sendo difícil, queria pedi licença e sair para ligar para ela mas Any precisava que estivéssemos por perto.

Choramos, nós abraçamos de novo por um longo tempo ficamos apenas em silêncio, acredito que nem eu e nem May sabíamos o que dizer, foi algo inesperado, porque eu nem ao menos sabia que elas tinham algo tão intenso no passado, Any nunca havia parado para contar nada tão íntimo assim, enfim ficamos sem reação.

Any subiu para tomar banho e descansar, perguntei se ela queria que eu a acompahasse, mas ela preferiu ficar sozinha. Mesmo não concordando eu respeito demais suas escolhas, enfim apenas fiquei assistindo ela subir as escadas, enquanto eu me jogava no sofá, peguei o celular, fiquei rolando por coisas aleatórias mas nada tirava da minha cabeça a imagem de Lauren, eu precisava falar com ela, mensagem, pessoalmente eu não fazia ideia do que fazer, mas eu não poderia ir até lá. Minha única opção foi mandar uma mensagem ou ligar, mas permaneci com a primeira opção.

- Seria estranho da minha parte perguntar como você está, apenas quero que saiba que estou aqui se quiser conversar - C.

Bloqueie o celular para não pensar, aquilo me deixava aflita, então segundos passaram, minutos e horas, nenhuma resposta.

Senti meu coração ficando ainda mais apertado, subi, dei uma olhada no quarto da Any e ela estava dormindo, fui para o meu quarto tomei um banho, me arrumei e desci, ao passar avisei a May que precisava sair - Você vai vê-la - ela diz mais como afirmação do que como uma pergunta, ela me conhecia.

Apenas afirmo com a cabeça e saio, pedi um táxi, não sabia se ela estaria em casa ou no trabalho, mas resolvo arriscar e ir em sua casa, um tempo depois, chego em frente a sua casa, pago o táxi e desço, o motorista pergunta se eu queria que ele esperasse, respondo que não e fico observando ele desaparecer entre as estradas.

Toco a campainha, depois de alguns minutos, ela responde e libera a entrada do portão, vou caminhando na direção da porta e lá estava ela esperando minha chegada, corro para abraça-la, acho que nunca tinha visto Lauren tão desarrumada, despenteada ou desajeitada e ainda assim uma das mulheres mais lindas que eu conhecia.

- Não achei que você viria me ver - diz ela com a voz embarcada de choro, era perceptível toda sua tristeza, quase que palpável. Queria ter o poder de arrancar toda essa dor dela - Não precisamos falar sobre isso, mas eu precisava te ver - respondo.

Más Tuya Que MíaOnde histórias criam vida. Descubra agora