Amor Irreal

A Princesa

Na manhã seguinte, eles acordaram ao som de pequenos risinhos no quarto, de alguma forma durante a noite, eles acabaram entrelaçando seus  corpos e os braços de Stenio rodeavam a cintura de Helô, enquanto ela deitava no peito dele. O coração deles batia tão rápido que parecia que ia sair fora do peito a qualquer momento.

— Eu tenho que ir para o meu quarto ....— Stenio disse se afastando de Helô.

— Sim ...— Ela falou se cobrindo um pouco.

Uma das serviçais entregou a blusa dele, então depois de se vestir ele disse para a serviçais. — Cuidem bem dela! — Fechou a porta e saiu. Uma serviçal mal olhou para Helô e foi logo arrumar o quarto, enquanto a outra, muito mais simpática se falou:

— Vossa alteza, vosso banho está pronto. —  Disse a menina de forma tímida.

— Qual o seu nome? - Helô perguntou, ao levantar da cama, ela notou uma pequena mancha vermelha que para muitos seria confundindo com sangue quando na verdade era vinho, ela abriu um sorriso vendo que além de tudo Stenio também preservou a honra dela.

— Yone vossa alteza, agora sou sua criada exclusivamente, presente de casamento do lorde Guerra.—  A menina disse.

— Bem Yone pode me chamar de Helô ...- Helô sorriu.

— Mas vossa alteza ....- A menina estava chocada.

— O rei João não gosta de títulos, nem eu, e eu prefiro que sejamos amigas! — Helô falou andando até a bacia que tinha no quarto.

— Tudo bem pri ... Helô ...- A serviçal disse.

— Acho que seremos grandes amigas!  — Helô sorriu ao entrar na bacia.

O segundo dia era um pouco mais tranquilo, a festa ao entardecer era reservado apenas para os amigos íntimos e familiares quando existia, mesmo na formalidade. Os noivos podiam dançar e conversar com quem quisessem e isso tudo ocorria depois da caçada real onde os homens casados saiam em busca de pelo menos um javali que deveria ser matado pelo noivo e seria servido no banquete. Isso representava que o noivo sempre seria capaz de trazer comida e sustentar todos em seu castelo. Já a noiva e todas as mulheres casadas se sentavam na sala do trono e teciam uma grande colcha de retalhos, onde um pedaço de retalho era doado por cada, simbolizando que a noiva sempre manteria a família unida.

— Então, como foi? — A mulher de um nobre disse.

— Ele é tão bom quanto dizem que é?— Uma outra nobre perguntou.

— Foi sua primeira vez né, nós sabemos....— Uma outra disse e Helô olhou assustada para ela. — O que, as notícias correm no castelo...

—  Senhoras por favor....— Guida pediu tentando intervir.

— Oh minha filha, não se preocupe, depois que você der o Herdeiro para ele, você quase nunca o verá mais...—  Uma mulher que era a mais velha do grupo disse.

— Oh sim, e então finalmente saberá o que é prazer de verdade....— A outra mulher disse rindo concordando e outras concordaram com ela.

— Se Harvey for igual ao pai, princesa Heloisa já sabe o que é prazer de verdade...- Uma outra mulher disse fazendo Guida e Helô corar.

— Vocês podem parar de falar das intimidades do meu pai e do meu irmão por favor... — Guida pediu.

— E mesmo assim, a rainha  fez o que fez...—  Uma outra mulher falou. — Sabemos que é sua mãe princesa Guida, mas ninguém nunca vai entender...

— O que ela fez? — Heloisa perguntou, ela já tinha reparado que o nome da Rainha nunca era mencionado, que as fotos dela haviam sido retirada do castelo e que era praticamente proibido tocar no nome dela.