A Doença I

212 24 15
                                    

—O .... que? ... você ... — Stenio não conseguiu formar uma frase coerente.

— Stenio, eu vou te explicar eu prometo, mas vamos voltar ao castelo ...— Helô pediu.

— Ela esta morta ...— Stenio falou ainda sem acreditar Marina chorava e então fugiu.

Stenio ia atrás dela mas Helô o impediu.

— O que está acontecendo aqui?— Ele perguntou atordoado.

— Stenio, sua mãe não morreu ela ...— Helô  ia falar mas Stenio a impediu.

— Isso eu estou vendo, desde quando você sabe disso? —  Ele pediu.

— Quando você se machucou e ...— Ela ia falar mas ele impediu.

— Espera! Você já sabe disse há quase dois inverno? —  Ele disse indignado. —  Já estamos entrando no outro inverno e você não pensou em me contar em nenhum momento ...

— Stenio..... — Ela tentou mas ele apenas soltou a mão dela do braço dele de forma brusca, montou sem seu cavalo e saiu deixando Helô desesperada.

Já estava escuro quando Stenio voltou para o Castelo, ele estava aflita andando de um lado para o outro no quarto deles.

— Stenio eu... —  Ela ia falar mas ele interrompeu, visivelmente ele estava abalado, os olhos vermelhos evidenciando que havia chorado.

— Minha mãe morreu aquele dia e é assim que ela vai continuar, eu juro que se eu souber que você voltou a se encontrar com ela, mando cortar a cabeça das duas e exibir em praça pública! —  Ele falou de forma agressiva.

— Você não pode fazer isso! —  Ela ficou irritada com a postura dele.

— Eu sou o rei, eu posso fazer o que quiser e acredite em mim,  e eu vou! —  Ele disse muito serio.

— E por que não fazer logo de uma vez? —  Ela  perguntou desafiando ele.

— Esteja avisada.— Stenio respondeu. —  Ah e nosso acordo está totalmente desfeito, não me importo com o que você faça, mas você sabe o que serie obrigado a fazer caso alguém descubra sobre seu caso, e ao contrario do meu pai, eu me certificarei de que você estará realmente morta. —  Ele disse quando saiu do quarto batendo a porta.

Despois daquele dia Stenio simplesmente passou a ignorar por completo a existência de Helô, ele não dirigia a palavra a ela e sempre que ela tentava ele se afastava. Por outro lado ele se aproximou cada vez mais de Leonor,  os boatos que corriam pelo castelo era de que o rei estava traindo a rainha com a nova Sacerdotisa e aquilo estava magoando Helô profundamente. Como se todo esse caos não fosse o suficiente, Helô ainda ficou muito doente ela não estava conseguindo comer nada, a única coisa que o corpo dela aceitava por algum tempo eram sucos e muitas das vezes ela também acabava vomitando eles.

— Eu estou bem ...— Helô falou sentando respirando com dificuldade após vomitar pela quarta vez só naquela manhã fria de inverno.

— Helô .... — Maitê suspirou entregando uma folha de hortelã para ela mastigar. —  Precisamos saber o que você tem ...

— Eu não quero que ela me examine. — Helô disse com raiva, ela estava muito deprimida e irritada com toda a situação.

— Então manda chamar o Sacerdote de Lua ... — Maitê sugeriu.

— Não quero que Stenio saiba.—  Ela falou.

— E dona Creusa ...— Maitê lembrou.

— Ela seria uma opção, mas não temos como chama-la sem que ele descubra.—  Helô respondeu. —  Mas eu tenho certeza que só preciso de alguns dias e vou ficar boa ... — Ela falou mas antes de terminar a frase, Helô teve que correr para a bacia e vomitar novamente. Na verdade só tentar pois nada saia de seu estomago de tanto que ela já tinha vomitado naquele dia.

Amor IrrealOnde histórias criam vida. Descubra agora