A surpresa

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Eles cavalgaram na velocidade mais rápida que os cavalos aguentavam. Já era metade do dia e eles ainda não tinham nem completado a metade do percurso que ainda faltava até o castelo.

— Stenio, eles estão exaustos...— Helô falou quando eles pararam na beira do rio para beber um pouco de agua e se refrescar, como estava muito quente e eles em desvantagens, Stenio achou melhor irem pela floresta, além disso, eles também cortavam caminho.

— Eu sei, mas não podemos parar... — Ele disse em modo guarda vendo o soldados se refrescarem um pouco no rio. — Você tá bem?

— Estou, mas está muito quente... — Ela falou suspirando. — Tudo bem se eu tirar um pouco dessa roupa? — Ela perguntou e ele acenou que sim. — Me empresta sua faca...

Helô vestia um vestido preto de mangas, então com a ajuda da faca dele,  tirou as mangas do vestido, depois todas as saias que tinham por baixo dele e também cortou uma parte no cumprimento dele. —  Ah, bem melhor... 

— Já temos que ir, não quer se refrescar mais um pouco? — Ele perguntou quando ela devolveu a faca para ele e ela acenou que sim.

Helô foi até a beira do rio, molhou o rosto, a nuca, os braços, juntou as mãos, encheu de agua e bebeu, depois ela foi até o cocheiro e o ajudou a limpar uma ferida que ele tinha feito na mão, deu um pouco de água para todos os cavalos e dividiu a comida que tinha pego na carruagem com todo mundo, sem distinção, dividindo de forma igualitária.

Stenio olhava para ela encantado, certamente qualquer outra princesa estaria reclamando da situação e não preocupada com qualquer outra coisa que não fosse a segurança dela. Depois de um tempo, eles voltaram para os cavalos e continuaram cavalgando. Já estava muito escuro quando finalmente eles chegaram no castelo.

— Ah, graças a Deus vocês estão bem...— João disse recepcionando eles na entrada do castelo. —  Pensamos que tinha acontecido algo grave....

— Nossa carruagem quebrou... — Stenio disse descendo do cavalo e ajudando Helô a descer. Eles estavam exausto e famintos.

— Vamos, vamos...— João abraçou os dois e então entrou com eles no castelo.

Minutos mais tarde, Helô estava imersa na banheira. — Estávamos tão preocupados...— Maitê falou enquanto colocava o camisola que ela iria usar em cima da cama dela.

— Rei João já estava montando um batalhão de busca...— Yone disse, ela esfregava as costas de Helô que estava alheia a tudo que elas falavam.

— Você deve ter ficado tão assustada...— Maitê disse.

— É...é... — Mas Helô não ouvia o que elas falavam, ela estava lembrando de Stenio e ela na carruagem e então depois deles cavalgando, Stenio no modo comandante da guarda real e aquilo estava mexendo com ela de uma forma que ele nunca imaginou que mexeria. Stenio era lindo, mas ela nunca foi do tipo que se encantava pela parte exterior, porém, ele estava se mostrando ser muito mais bonito por dentro e isso estava mexendo com ela, mesmo que ela não quisesse admitir nem para si mesmo.

— Heloisa amada, você está nos ouvindo? — Maitê perguntou vendo que depois de falar varias coisas ela não dizia coisa com coisa.

— Sim....— Helô falou. —  Yone, obrigada, você pode ir, hoje não vou mais precisar de você.... — Helô falou depois de sair da banheira.

— Você está tão estranha... — Maitê disse quando ficaram sozinhas.

— Impressão sua... — Helô respondeu enquanto vestia a camisola e o robe real.

— Tu não me engana Heloisa, alguma coisa aconteceu nessa viajem? — Maitê perguntou desconfiada.

— Não, nada.... — Helô disse escovando o cabelo com um sorriso que não passou despercebido pela amiga.

Amor IrrealOnde histórias criam vida. Descubra agora