Amor Irreal

A dor

Uma semana depois...

Depois daquele dia,  Helô descobriu que no dia que ela desapareceu, João estava no rio conversando com Marina para tentar descobrir o culpado pela perda do bebê de Guida, Lais e Guida tinham ido com ele, e que  na verdade foi Marina que a encontrou caída e emprestou o cavalo dela para que Lais  pudesse traze-la de volta ao castelo. Uma tarde, enquanto Helô e Marina conversavam no quarto Stenio, ele acordou.

— Helô.... — Ele disse se mexendo na cama.

— Stenio.... — Ela falou feliz e Marina se esgueirava pela passagem secreta sem que o filho a visse. — Como você está se sentindo? — Helô  perguntou de forma doce para Stenio, ela acariciava o rosto dele, era a primeira vez desde o acidente que ele realmente estava acordado.

— O que aconteceu? — Ele perguntou confuso enquanto Helô ajudava ele a se sentar na cama com cuidado para não machucar o braço ferido. — Eu lembro que estava lutando com Leonard, a cela do cavalo ficou frouxa,  ele me derrubou e tudo ficou preto... 

— A ponta da lança não estava bem protegida e te atingiu, além disso, tinha veneno nela.... —  Helô falou suspirando e então sorriu enquanto acariciava o rosto dele.  —  Você esta dormindo desde então, sete dias e noites inteiros...

— Olha, já era tempo do sinho acordar visse. —  Creusa falou entrando no quarto.

— Quem é essa? — Stenio  perguntou não reconhecendo Creusa.

— A pessoa que salvou sua vida visse, não tem de que! — Creusa falou. —  Agora podemos fechar a ferida.

— Como assim? — Helô perguntou.

— Eu deixei ela aberta para que todo o veneno saísse, agora que saiu precisamos fechar para crescer pele. — Creusa explicou e Helô assentiu. — Muito bem! —  Ela foi até a lareira onde já tinha deixado uma faca com a ponta do fogo lá.

— Mas como a senhora sabia que ele acordaria hoje?— Helô  perguntou surpresa.

— Você ainda tem um longo caminho para percorrer, mas será uma ótima rainha...— Creusa  disse. —  Agora, segure bem a mão dele. —  Creusa se aproximou de Stenio com a faca. —  Príncipe, vai doer.

— Eu aguento! — Stenio falou segurando a mão de Helô.

— Eu sei que sim. — Creusa enfio a faca deitada no obro dele em cima da ferida, Stenio gritou muito alto e apertou a mão de Helô, ela por sua vez fechou os olhos pois ver ele sentindo dor a fazia sofrer igualmente. —  Muito bem, troque o pano por mais sete dias passando isso...—  Creusa deu um pote com unguento para Helô. —  Meu trabalho acabou por aqui por enquanto, agora tenho que voltar, meu povoado precisa de mim...

— Espera, eu quero te recompensar. — Helô falou levantando.

Creusa sorriu, pegou a mão de Helô, levou até a de Stenio, colocou a mão dela em cima da dele e segurou as mão deles entre as dela. —  Minha recompensa virá quando vocês aprenderem a confiar verdadeiramente um no outro, sem mentiras ou segredos, quando tudo ficar escuro, vocês serão a luz um do outro e a transformaram em Luz para os reinos....

Stenio e Helô ficaram confusos.  —  Não se preocupe, vamos nos ver em breve, não tão breve quanto poderia ser, mas daqui a muitas e muitas luas, iremos nos encontrar novamente, torço que seja em uma ocasião mais feliz que essa mas se não for, sabem onde me encontrar agora.

— Obrigada por salvar a vida dele. — Helô abraçou Creusa — Eu vou chamar o cocheiro para lhe levar..

— Obrigada dona Helô... — Creusa falou.