O Principe

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—  Isso é incrível! — Helô disse rindo quando eles pararam de dançar para recuperar o fôlego.

—  Eu sei, eu e Guida sempre fugíamos para cá, aqui era o único lugar em que nos tratavam como nós mesmos e não como príncipe e princesa..— Ele contou enquanto bebia.

—  E sua mãe? Você nunca fala dela... — Helô perguntou.

— Não gosto de falar sobre ela. — Ele falou de forma ríspida.

— Ok...—  Ela disse vendo que o assunto o incomodou. — Parece que seu amigo gosta da minha amiga...— Ela disse vendo Maitê e Ricardo dançando animadamente junto com Guida e Moretti.

— Se você quiser ela pode ficar como sua dama de companhia.... —  Stenio disse.

—  Sim, eu iria amar isso! —  Helô falou sorrindo. — Obrigada!

— Então, sobre mais cedo... — Ele perguntou.

— Ele acha que nós, ontem... — Helô suspirou.

— E você não desmentiu? — Stenio perguntou surpreso.

— Você está se arriscando muito por mim... — Ela deu de ombros. — E quanto a bela jovem que saiu do seu quarto?

— Ela era uma ex-namorada... — Stenio respondeu.

— Humm, uma das importantes presumo. ...Então, qual a história? — Helô perguntou.

—  Estávamos prometidos, namoramos por toda adolescência, mas ela disse que não queria ser rainha e então desistiu do noivado. — Stenio disse com pesar.

— Você ama ela! — Helô afirmou e ele não respondeu. — Aos nossos desastres amorosos na noite de hoje! — Ela disse levantando a caneca para ele e então eles brindaram e voltaram a beber.

Na manhã seguinte eles acordaram com ressaca, mas tinham que arrumar para o último dia de festa onde eles se sentavam na sala do trono e recebiam presentes de lordes e camponeses. Depois do almoço, todos se preparavam para voltar ao seus reinos e províncias, enquanto eles dariam início a comitiva de casamento onde visitariam todas as províncias do reino. No caso, o protocolo era apenas os reinos pertencente ao marido, porém, eles também visitariam as províncias do Reino de Helô e começariam pelo castelo de Otávio.

— Vossas altezas, em nome do Rei do deserto, trazemos tecidos para presenteá-los. — Disse um servo do alto escalão.

—  Diga a vossa majestade que estamos gratos! — Stenio falou, ele odiava ter que ficar sentado lá fazendo isso.

—  Os lordes da província das Flores enviam sementes que florescem apenas no inverno... — Disse o homem.

— Obrigada eu acho... — Helô respondeu disse.

— Vossa altezas, trazemos esse jarro pintado a mão... — Disse uma senhora muito humilde segurando a mão de uma filha enquanto segurava a outra no colo. — Vá filha! — Disse a mulher fazendo sinal pra a menina levar o jarro até eles, porém no percurso a menina tropeçou e caiu derrubando o jarro no chão.

— Oh! — Todos na sala falaram, a mulher tentou ir ajudar a filha porém os guardas a impediriam pois ela poderia ser uma ameaça para eles.

Heloisa se levantou, e andou até a menina, os guardas olharam para Stenio preocupados com a segurança de dela, mas ele fez no sinal para que eles deixassem ela continuar.

— Oi, você está bem? — Helô perguntou se ajoelhando em frente a menina que chorava com o rosto escondido. — Ei, tudo bem, acidentes acontecem!

— Desculpa, eu estraguei o presente! —  Falou a menininha chorosa.

—  Olha, não tem problema! — Helô sorriu secando o rosto da menina, a mãe olhava aflita sem poder se aproximar, então Heloisa olhou para Stenio e ele suspirou, sabendo o que ela queria e que fez sinal com a cabeça para que os guardas deixassem a mãe da criança passar.

Amor IrrealOnde histórias criam vida. Descubra agora