All I Ask!

CAP 006 || oração ao tempo!

Sem muito enrolar, dessa vez. Peço desculpas pelas lágrimas dos últimos updates, mas conforme eu prometi... as coisas vão começar a melhorar a partir daqui, eu juro que vão! Nesse aqui tem umas doses de emoção, mas a sensação na hora e o saldo no final é positivo, eu juro que é! Espero que vocês gostem e que a ideia aqui faça sentido fora da minha cabeça o tanto que fez enquanto ainda tava só aqui dentro.

Boa semana procêis! s2

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"Compositor de destinos,

Tambor de todos os ritmos.

Tempo, tempo, tempo, tempo;

Entro num acordo contigo!

Tempo, tempo, tempo, tempo (...)"

São Paulo, Vinte e Cinco de Março de Dois Mil e Vinte e Dois, sexta-feira. Oito dias tinham se passado, desde aquela quinta-feira caótica. Pelos três dias seguintes à conversa e à revelação Simone não saiu de casa, a agência e qualquer outra coisa ficaram completamente em segundo plano. E dona Graça, como era de se esperar, não deixou a casa delas nem por um segundo sequer. Pediu apenas que a sua vizinha na serra cuidasse dos bichos, o que dona Rita prometeu fazer, e no mais ela ficaria por ali o tempo que fosse necessário. Simone passou esses dias no piloto automático, atendendo apenas às demandas de trabalho que não exigissem demais da sua cabeça, porque ela estava em outro lugar. Olhava o telefone, o tempo todo, esperando por uma mensagem, um contato, uma ligação. Somente quando a noite de quinta-feira chegou é que ele conseguiu pensar em ligar pra ela.

"Oi. É, desculpa se eu tiver atrapalhando alguma coisa..."

"Não tá atrapalhando nada. Eu só ia jantar."

"E desculpa ter sumido também..."

"Tá tudo bem. Quer dizer, não tá de verdade, mas eu entendo. É isso que eu quero dizer. Eu entendo que você precise de tempo."

"Certo. É, eu decidi algumas coisas. E queria conversar com você. A primeira delas é que eu vou ficar em São Paulo, e que como eu te disse, eu pretendo passar a fazer parte da vida delas."

"Tudo bem. E eu mantenho a minha promessa de que vou fazer o possível pra facilitar as coisas pra você, desde que a gente possa talvez quem sabe tomar cuidado com a cabecinha delas também..."

"Totalmente de acordo. Dentro dos limites pra elas, mas eu quero conhecer melhor as duas a partir de agora."

"Obrigada... Eu, é, obrigada. É isso. Obrigada."

"Mas pra fazer isso eu preciso voltar pros Estados Unidos por uns dias, resolver algumas pendências por lá antes de deixar Los Angeles de vez e voltar para São Paulo. Eu tô viajando hoje, talvez eu passe uma semana, dez dias longe... mas quando eu voltar, quero que a gente possa sentar e conversar pessoalmente."

"Tudo bem por mim. É só você me avisar quando estiver de volta, que a gente combina alguma coisa..."

A ligação não demorou muito mais do que isso, e ele se despediu dizendo que apesar de distante, não ia deixar de pensar nelas duas nem por um segundo. E Simone garantiu que ele poderia falar com ela por telefone, se quisesse, pro que quisesse perguntar. Que ela faria o possível para mantê-lo por perto e informado na medida do possível. Ele agradeceu a esse gesto dela e finalmente desligaram. A noite de sono foi inquieta, quebrada, e na manhã de sexta Simone se arrastou para fora da cama. Tinham ela e Verônica uma primeira conversa juntas com Álvaro e o filho dele, para que eles pusessem a sua sócia a par do que queriam e do que tinham pedido e acordado com Simone e Alessandro naquele dia da semana anterior. Deixou a mãe e a babá das meninas cuidando de prepará-las para ir à escola, e saiu um pouco mais cedo que o normal, motivo pelo qual precisou delegar a função de levar as duas de manhã, coisa que ela adorava fazer. Mas tinha que passar pelo apartamento de Verônica antes de irem para a agência, onde a reunião estava marcada para às nove horas. A sócia já tinha voltado pra casa, depois de se sentir bem melhor, mas mesmo assim dirigir sozinha e fazer algumas coisas ainda estavam vetadas pelo médico dela.