All I Ask!

CAP 037 || tatuagem!

- Eu nem tinha essa intenção logo de cara... mas acabou que no titulo e na referência, além de um presente especial pra esse torcedor ilustre do Fluminense e da atenção um tantinho a mais nesse capitulo aqui, tudo meio que saiu essa pequena atenção ao aniversariante da semana. O Vô, o seu Francisco, o carioca dos olhos bonitos, 'o Buarque' de dona Maria Bethânia, que aniversariou no ultimo dia Dezenove de Junho. E assim essa virou uma semana de reverência a Chico Buarque de Holanda como não podia deixar de ser!

- Sobre o show, novamente eu aviso que não pago a terapia de ninguém. Mas ainda bem que sonhar continua sendo de graça, não é mesmo?

- Essa semana (na próxima terça, dia vinte e cinco) faz um ano desde a publicação do primeiro capitulo, do prólogo dessa historinha. Eu não tinha a noção disso até fazer as contas! Eu tô muito, mas muito emocionada aqui.

- Ps. Por ultimo, antes da historia, pra quem quiser ouvir: "Tatuagem" do Chico; "Divino Maravilhoso" e "Não Identificado" pela Gal; e lá no finalzinho "A História de Uma Gata" dos Saltimbancos (mas que também é: do Chico!).

É isso, espero que gostem.

Um bom domingo pá vocêis!

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" (...) é uma obra que explora a intensidade e a permanência do amor e do desejo. A metáfora central da música é a tatuagem, que simboliza algo que se torna indelével, não apenas na pele, mas também na alma e na vida de alguém. A letra sugere uma vontade de se tornar uma presença constante e inesquecível na vida do ser amado, oferecendo coragem e luz nos momentos de escuridão."

São Paulo, Agosto de Dois Mil e Vinte e Quatro. Nos dois anos anteriores ele se pegou repetindo o mesmo pensamento: imaginava que daquela vez teria o mais memorável dos dias. Foi assim em dois mil e vinte e dois com o primeiro dia dos pais sabendo da existência delas; depois foi assim em dois mil e vinte e três, no ano passado, quando Simone escolheu justo aquele dia pra dizer a ele que estava grávida de novo; mas mais uma vez um novo dia veio e dessa vez em dois mil e vinte e quatro tinham Antonio ali. E além disso eles tinham ainda todas as novidades que vieram junto com essa chegada, e novamente ele repetiu o pensamento: como pode ser melhor do que isso? Estavam a caminho da casa no Guarujá, nesta noite de sexta-feira de Agosto, dia nove e antevéspera do famigerado segundo domingo, e Alessandro estava usando essas duas horas de trajeto para toda essa divagação sozinho. A sua camisa era a única possível, especialmente para esse fim de semana em particular, e ainda mais sabendo que o irmão encheria o seu juízo tanto quanto possível assim que se encontrassem.

"A Helena acabou de avisar que eles já chegaram, e que sua mãe já tá organizando o jantar..."

"Não precisa ela ter trabalho."

"Você conhece a sua mãe, Alessandro."

"Eu pensei que a gente pudesse jantar fora, e deixar a cozinha pra amanhã e depois, se preocupar com alguma coisa só no almoço e no jantar esses dois dias..."

"Eu até vou avisar pra ela, mas acho difícil afastá-la da ideia e você sabe muito bem disso."

Enquanto ele dirigia, Simone ia acompanhando as mensagens enviadas pela família e passando para ele o essencial daquilo que estavam discutindo enquanto ele estava ocupado demais. Alessandro conhecia muito bem a sua mãe e sabia que realmente não ia adiantar que ele insistisse, ou que a mulher insistisse em seu nome, para que ela não se preocupasse. De modo que se resignou. Sempre de olho ali atrás (dessa vez tinham saído no carro menor mesmo já que seriam só eles, e com isso a cadeirinha do bebê estava no meio dos assentos das duas pequenas, no banco único ali atrás) a mulher parecia apreensiva com o trajeto mais longo sendo feito à essa hora do fim do dia. Era bem no meio do momento em que ele já deveria estar pronto pra dormir, se preparando pra isso, mas uma vezinha e por conta da viagem ela abriu mão dessa rotina tão certinha para que pudessem pegar a estrada e viajar. Pelo menos ela ficou um pouco mais tranquila quando viu que o bebê parecia estar cochilando durante esse percurso, e quando não, as duas tentavam conversar com ele e brincar como se ele pudesse se divertir interagindo ativamente com as irmãs. Dessa forma elas o distrairam nesse começo de viagem.