All I Ask!

CAP 007 || redescobrir!

- Quando eu defini, ponto a ponto, mais ou menos o que ESSE capitulo traria, o nome e a referência me pareceram inicialmente óbvios. No decorrer dele, então, eu tive a certeza! 
- E falando no desenvolvimento e na interligação de cada ideiazinha dessas, quando eu me dei conta do ponto mais importante desse novo update aqui, eu decidi: esse capitulo tinha que sair hoje, justo hoje, nesse domingo especial de Agosto. Vocês vão entender o porque!
- Novamente, eu repito aquilo que eu digo sempre: eu espero que cada ideia descrita aqui faça sentido do jeito que dentro da minha cabeça parecia fazer. Sério, eu espero muito! E espero que cês gostem também.

Um PS, antes de passar à história: Não me matem, por favor não me matem, e leiam até o fim com carinho. Todas as personas aqui mencionadas tem uma função, eu juro que tem, mas nenhuma delas é trazer ainda mais caos e mais transtornos pra essa história. MUITO PELO CONTRÁRIO!

Aproveitem a leitura!
E a quem puder desejar, um feliz dia dos pais por aí. s2

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"Como se fora brincadeira de roda, memória;

Jogo do trabalho na dança das mãos, macias!

O suor dos corpos na canção da vida, história;

O suor da vida no calor de irmãos, magia!"

São Paulo, Abril de Dois Mil e Vinte e Dois. Simone sempre ouviu em casa, um pouco do pai mas principalmente da tia, que por sua vez tinham ouvido dos pais deles, que ouviram dos pais deles... que a vida às vezes era como uma ciranda, que pode não parecer mas que você tá em constante movimento. E que você é convidado a dançar e a seguir um determinado ritmo e uma frequência, mas ao mesmo tempo você também pode inventar e fazer a sua própria coreografia no meio dessa 'apresentação', e assim quem sabe mudar um pouco o rumo das coisas. De certa forma, era o que ela estava fazendo ali. A sua vida tinha saído dos trilhos mais uma vez sem que ela pudesse evitar, mas pelo menos agora ela estava tentando transformar esses dias que se seguiram em algo menos... 'traumático' talvez fosse uma palavra apropriada. Era só isso que ela queria, porque dessa vez não dizia mais respeito só a ela! Aos poucos, desde a visita de dona Ana Maria e desde a viagem dele, ela e Alessandro estavam conseguindo manter o contato por telefone de vez em quando. Quando ele queria e também quando ela conseguia responder. Quase sempre porque ele tinha uma pergunta sobre o que tinha visto das fotos, por algo que ele queria saber e não tinha visto ainda, ou então porque lembrava de perguntar por elas num determinado ponto do dia e simplesmente para saber como as duas estavam. Isso acontecia com mais frequência à noitinha, quando ele sabia que as coisas já estavam mais tranquilas e que ela já estava em casa com as duas. Era o que Simone queria, que devagar ele fosse se acostumando com a ideia, antes de os três se encontrarem quando ele chegasse de viagem. Era manhã da sexta-feira, dia primeiro de Abril, e Simone estava trancada dentro da sua sala na agência concentrada na leitura de um material quando bateram na porta dela. Assim que viu Verônica colocar a cabeça para dentro da sala pela fresta pequena aberta e pedir licença, ela chamou a mulher com uma das mãos enquanto marcava onde tinha parado a leitura do relatório.

"Entra, Verônica. Entra."

"Eu não vou te atrapalhar muito. Eu passei pra ver como você estava, e pra te perguntar uma coisa antes de fazer."

"Eu tô bem. Estava aqui lendo uns relatórios dos últimos dias, sobre algumas campanhas específicas, mas nada que não possa esperar. O que você quer?"

"Eu estive conversando com o filho do Álvaro sobre a festa, agora que a gente bateu o martelo a respeito de quem vai cantar no dia vinte e nove, e nós tivemos umas ideias interessantes... mas pra isso eu precisaria, talvez quem sabe, da ajuda do nosso ilustre colaborador de honra, que deu quase toda a ideia do que nós estamos organizando hoje. Ou então do André, mas ele está mais ocupado com a burocracia da mudança e eu não sei se ele vai conseguir atender."