CAP 013 || meu bem, meu mal!

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Eu prometi que não ia demorar, não prometi? Pois cheguei.


Eu tive uma dúvida, e até conversei com algumas pessoas a respeito disso, sobre fazer dois capitulos menores e dessa forma dividir os tópicos que vão aparecer aqui. Acabei optando por um só, por mais que ele ficasse grande (a minha duvida foi porque eu sempre acho que vários capitulos seguidos, que sejam muito extensos, vão acabar ficando cansativos e que nem todo mundo vai gostar da mesma forma) como as outras, e tá aqui o resultado. Grande, grande demais, maior do que eu imaginava que fosse ficar, perdão!

Espero que cês gostem! E pra quem quiser ouvir a trilhazinha sonora, da cabeça deles e da minha também, eu sempre atualizo a playlist da história a cada capitulo novo que vai saindo. Pra quem não conseguiu buscar pelo link, o nome lá no Spotify tá como "All I Ask is uma playlist!". Escutem!


Ps. Não sei se eu já disse tão literalmente, e se eu não disse, aqui vai a lista, dos que são suficientemente relevantes pelo menos:

Dona Maria da Graça: Dona Gracinha, Gal Costa, ela mesma!
Verônica: A Gloria Pires, como a imagem da personagem dela em 'Insensato Coração'.
Helena e Luiz: Gleisi e Lindbergh, como não podia deixar de ser, e como uma homenagem à umas pessoas especiais que dividem essa história comigo.
Ana Maria e Luiz (o pai): Marieta e Chico, e isso daqui começou só com ela mas de repente eu pensei, porque não imaginar pelo menos um universo onde eu posso pensar nos dois juntos?


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"Em essência, "Meu Bem, Meu Mal" retrata um amor que engloba aspectos positivos e negativos, simbolizando uma conexão profunda que é ao mesmo tempo nutritiva e consumidora. É uma música que explora os altos e baixos intensos, a natureza viciante e o poder transformador do amor."





São Paulo, Julho de Dois Mil e Vinte e Dois. Depois de chegar em casa antes da hora do almoço, e de comer qualquer coisa do que pouco tinha ali, se virando bem a princípio com o sanduíche que tinha feito e um suco de uva que tinha na geladeira, no fim desta terça-feira Alessandro resolveu sair de casa. Dormiu a tarde, por muito mais tempo do que gostaria, mas isso não era de todo estranho já que a noite anterior e o comecinho do dia foi de zero horas de sono. Quando acordou, a noite já estava caindo, ele resolveu tomar banho para depois sair. Não viu respostas de Simone aos seus contatos, e apesar de curioso, ele não ficou tão alarmado com essa ausência. Sabia que se algo sério tivesse acontecido, ou estivesse acontecendo, Verônica o procuraria. Ela prometeu. No mais, estranhamente, ele até agradeceu essas horas sozinho e sem contatos de mais ninguém. Tinha sido bom, para pensar um pouco na própria vida. Entre o banho e sair de casa, como ele demorou pensando em alguns dos argumentos que Ilana tinha usado, e depois disso sobre a realidade que ela estava apontando ali... ele demorou um pouco mais do que deveria para sair de casa porque se perdeu com a própria cabeça. Já tinha constatado isso uma vez, constatava de novo agora: saber, antes de encontrá-la, que a veria de novo mexeu com ele. Encontrá-la na reunião, a primeira reunião, mexeu com ele. Quando ele saiu de casa para o encontro no Bar aquele dia de manhã, o dia mesmo em que ele soube de tudo, antes de saber de tudo... ele queria ter a chance de se aproximar dela de novo. De entender porque ela sumiu, de resgatar o contato. A sensação boa que ele teve de olhar pra ela de novo depois de tanto tempo, e os olhos que brilharam quando cruzaram com os dela pela primeira vez... isso estava ali, por mais que ele tivesse tentado fugir disso logo depois.


"Débito. Não precisa. Obrigada."


Ele murmurou para a atendente do mercado onde passou, antes de ir buscar o jantar no restaurante, porque tinha saído ainda que mais tarde para fazer as duas coisas. Se ficaria ali pelos próximos dois ou três dias, ia precisar disso. As compras foram poucas, somente algumas coisinhas pro café da manhã, e além disso os ingredientes pra ele preparar um jantar bem específico para ele mesmo no dia seguinte, e junto disso um vinho branco que combinava com o prato. Vinho branco, que ótimo! Ele esboçou uma risada, sozinho enquanto escolhia a garrafa no meio do mercado mais cedo, e o engraçado na escolha era que era o tipo de vinho que ela preferia para tomar. Seguiu o caminho até o carro, deixou tudo no banco de trás, e o próximo destino era o restaurante. Já tinha feito o pedido do jantar por telefone, avisando que passaria somente para buscar, mas quando chegou ao endereço descobriu que a entrega atrasaria uns minutos. Olhou no relógio e viu que eram nove e meia da noite, sendo que a moça pediu pelo menos mais vinte minutos de espera para ele.




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