All I Ask!

CAP 034 || águas de março!

- Eu não consegui fugir do clichê desse nome, pra essa parte, se passando ela quando se passa. Me perdoem.

- Temos a visita de uma amiga ilustre de dona Maria da Graça, diretamente lá da Serra da Cantareira, e com ela vem (finalmente!) o presente que esses pais resolveram dar às duas pequenas borboletinhas: Zeca, o mascote 'peferido' delas enfim chegou à essa familinha!

- Além disso tem uma certa festinha de aniversário. Pra quem quiser imagens mais concretas do que foi essa decoração inventada, esses dias postei lá no twitter (mesmo @ do que aqui) algumas das fotos que foram a minha referência. E quem mais quiser, é só pedir que eu compartilho!

- Um abraço especial, nesse domingo de Maio aqui para nós, em todas elas dessa familia: dona Gracinha, a tia Nena, a Ota Vó, a Mamãe da Mabel/da Carol/do Antonio, a tia Verô que enquanto madrinha é um pouco mãe dos três mascotinhos também... pra todas, todas essas figuras especiais dessa historinha singela que a gente vem construindo aqui.

Bom domingo 'pá voceis'.
E um feliz dia das mães,
a quem puder desejar na sua casa em casa!
💖💖💖💖

----------------------------------------------------------------

"As 'Águas de Março' fecham o verão e trazem a promessa de vida. Essa promessa pode ser interpretada como a esperança que se renova com o fim de um ciclo e o início de outro. A música, portanto, fala sobre a transitoriedade da vida e a beleza encontrada nas pequenas coisas. Tom Jobim, entrega nesta canção uma reflexão sobre a existência humana, utilizando a metáfora das águas que lavam o passado e preparam o terreno para o futuro."

São Paulo, Março de Dois Mil e Vinte e Quatro. Os primeiros dias, mais ou menos esta primeira semana, em casa foram de adaptação, e de adaptação para a família inteira. A mãe e as tias de Simone continuaram hospedadas lá com eles, e dessa maneira a família de Alessandro aparecia para as visitas. Diariamente, os pais dele pelo menos, mas não deixavam de ir! Enquanto os dois podiam se dar ao luxo de se concentrar apenas em cuidar dos três, o restante da família cuidava do resto e da casa para eles nesse primeiro momento. Porque sim, as duas continuavam absurdamente grudadas tanto com o pai quanto com a mãe, e estando ela ainda limitada pela recuperação da cirurgia e pela adaptação do bebezinho aqui fora... Alessandro fazia o que podia para ajudar, e isso geralmente era dividir a atenção com as duas quando procuravam por eles, e Simone tinha que dar atenção ao irmão delas.

"Mamãe? A gente pode entrar aí com você?"

Os pedidos não foram poucos, e invariavelmente as duas entravam no quarto depois disso e iam se deitar junto com a mãe e o bebê na cama. E ela, mesmo com sono e mesmo por vezes fazendo isso ao mesmo tempo em que amamentava quando os episódios aconteciam durante a madrugada, fazia carinho nas duas quando deitavam o mais pertinho dela que conseguiam, até ver que tinham voltado a dormir. Com essa rotina completamente sem regra, inclusive com um bebê cujo organismo ainda estava se adaptando à alimentação e portanto tinha dificuldade às vezes em 'lidar' com isso... essa primeira semana foi levemente caótica e muito cansativa, do jeito que ela já imaginava que seria. Quando a sexta-feira chegou, a primeira sexta-feira do mês de Março e portanto oito ou nove dias depois do nascimento do bebê, ainda muito cedo Verônica mandou mensagem à ela avisando que passaria para visitá-los no almoço. Que ela levaria comida, e antes de Simone ter a chance de perguntar o que, Verônica emendou: de um restaurante que sabia que ela gostava!

"Venha, por favor venha! Nós estaremos esperando!"

Verônica leu a resposta super animada da sua amiga, e riu do outro lado. Sabia como ela estava ansiosa em casa, com todos esses ajustes de rotina que eles vinham fazendo aos poucos, se acostumando a essa realidade completamente nova. Depois de encerrado o contato, aproveitando que Antonio ainda dormia e que não era tão tarde, Simone resolveu sair da cama. Tinham acordado muito cedo como de costume, pouco depois das cinco, mas uma vez que ele mamou o quanto achou ser suficiente e descansou depois disso, os dois puderam dormir mais um pouquinho. De modo que eram agora pouco mais de sete e meia da manhã, e como extraordinariamente esta noite as duas dormiram a noite inteira no quartinho delas, a mãe resolveu ir chamá-las e com sorte descer pro café da manhã. Assim mesmo, pra um momento só delas três. Como ele tinha dormido mais ou menos a mesma coisa que os dois durante essa madrugada (ou seja, muito pouco já que o bebê acordou em intervalos de menos de duas horas, e para além disso demorou a dormir de novo) ela tentou sair da cama de maneira silenciosa, e dessa forma deixou os dois dormindo lá na suíte.