Sem maiores rodeios: finalmente temos aqui a tão esperada conversa & as duas finalmente sabendo da verdade. Espero que cês estejam preparados, porque pra escrever eu não estava. Mas espero que gostem também. E como sempre, tomara que tenha feito sentido aqui fora & organizado tanto quanto fazia na minha cabeça antes de por pra fora.
Ps. Eu nunca pedi isso antes, nem sei se eu preciso, mas: confiem no processo? Se algo parecer meio confuso aqui, a dm tá aberta pra gente esclarecer. Mas vezes um fato ou comentário pode parecer 'jogado' agora, mas lá na frente ele vai ser melhor explicado ok? Ok.
-------------------------------------------------------------
"Aqui temos dois conselhos de Belchior que podemos adotar pra vida: Apesar de tudo, viver a realidade é melhor do que fantasiar; E o amor é, sim, uma coisa boa!"
São Paulo, Junho de Dois Mil e Vinte e Dois. Era a manhã do dia dezessete, uma sexta-feira, e Simone chegou mais cedo à agência do que o normal. Precisaria sair mais cedo, pra ir em casa se arrumar e buscar as duas meninas que estariam lhe esperando. Era o aniversário de uma amiguinha delas da escola, uma das de quem as meninas tinham se aproximado mais desde que se mudaram no início do ano, então Simone não conseguiu dizer não a elas. Prometeu às duas que iriam! Ela mal tinha chegado, quando ouviu as batidas na porta e o pedido de permissão para entrar.
"Entra. Pode entrar."
Simone respondeu sem sequer erguer a cabeça e olhar para a porta, uma vez que pensou que fosse Verônica, já que viu o carro dela lá fora quando chegou. Mas para a sua surpresa a figura era outra. Alessandro parou, ainda na entrada da sala, por um segundo observando ela sentada atrás da mesa lá do outro lado, antes de tomar consciência da presença dele. E ela esboçou um sorriso, completamente involuntário, quando viu a surpresa.
"Ah, oi. Bom dia! Desculpa. Eu achei que era a Verônica. Tá tudo certo com a sala?"
"Tá sim, hoje finalmente eu trouxe os últimos detalhes pra eu colocar lá e dizer que ela está oficialmente arrumada... eu tinha separado umas fotos que eu fiz, mandei fazer uns quadros, chegaram essa semana e hoje eu trouxe pra colocar.."
"É um prazer você finalmente ocupar a sala que tá vaga, deixar ela do jeito que cê quer e ficar aqui mesmo pra trabalhar com a gente, você sabe disso não sabe?"
Ela respondeu, apoiando os dois braços sobre a superfície da mesa de trabalho, um em cima do outro. De longe ele podia ver o sorrisinho, e tinha ouvido a voz doce quando deu o bom dia assim que o viu. Era a voz de que ele se lembrava, e que entregava o sentimento genuíno no que ela dizia. Não era teatro, não podia ser, e ele sabia disso! Ele tinha receio, quando concordaram com os termos decididos pelos três numa reunião exclusivamente profissional, de acabarem não conseguindo fazer isso funcionar sem algum prejuízo pro trabalho. Conversaram sobre o assunto ao longo dos dias de Maio, depois daquele dia das mães, até a rotina começar oficialmente. Agora, três semanas depois, podiam dizer que pelo menos na parte da organização, estava tudo devidamente arrumado.
"Você já tomou café?"
"Em casa, a gente, antes de sair..."
"Ah, tudo bem. Eu vou descer então e te deixar trabalhar."
"Mas eu tenho tempo pra mais um café? Só o café?"
Outra coisa mais ou menos estabelecida nestes dias era isso, quando ele passava pela sala dela e via que ela estava lá, sempre parava pelo menos para dar bom dia. E especialmente quando ela parecia estar desocupada, além disso ele costumava perguntar se ela não queria tomar um café. Apesar da justificativa do café cedo, supostamente o primeiro do dia, no fim das contas era só uma desculpa para terem esse contato. E ela acabava aceitando, sempre acabava. Aos poucos as pessoas ali no ambiente de trabalho, além de se acostumarem com a presença dele e com ele ocupando o cargo que ocupava, tinha se acostumado a vê-lo sempre junto com ela, ou então com ela e Verônica também. Por vezes ela se juntava à dupla para o café e alguma conversa, o que não era um problema pra ninguém. Chegaram à copa e a funcionária que cuida do setor esboçou um sorriso pros dois.
VOCÊ ESTÁ LENDO
All I Ask!
General Fiction"Let this be our lesson in love, Let this be the way we remember us. (...)" Los Angeles, Dezembro de 2017. Por uma feliz coincidência, por obra de um casamento ao qual ela não queria comparecer, Simone viajou a Los Angeles (LA) e acabou esbarrando c...