CAP 005 || grito de alerta!

345 22 197
                                    




Voltamos, pra terminar a conversa do fim do capitulo três. A verdade veio aí, mais algumas verdades vieram também, e tá difícil de lidar com elas. Por esse motivo, de antemão, já fica o aviso: prepara os lenços. Se no anterior cês falaram em lágrima, aqui cês vão falar tanto quanto. Mas vai melhorar, a partir de agora pelo menos vai melhorar!

Eu queria só deixar o mini-alerta mesmo. É isso, espero que cês gostem, e em caso de dúvidas ou qualquer outra coisa, a dm está aberta & é só chamar. Bom fim de semana (antecipado!).


----------------------------------------------------------------------------------------------------------------


"Não quero a razão,

Pois eu sei o quanto estou errada,

E o quanto já fiz destruir.

Só sinto no ar o momento em que o copo está cheio,

E que já não dá mais pra engolir! (...)"


A avalanche de lembranças e o que aconteceu naquela volta pra casa pegou os dois de surpresa. Para ele, ela simplesmente tinha mudado de número e depois disso parado de atualizar as redes sociais e de respondê-lo por lá logo que voltou de vez para casa. Ele soube, semanas depois daquele começo de Maio e só porque pesquisou, que o pai dela faleceu na primeira semana de Junho. Com o que tinha de referências da família dela até ela voltar para casa e sumir, não foi muito difícil achá-lo pelo nome. Mesmo que ela não tenha dado quase nenhuma notícia nessas semanas que se passaram entre a volta pra casa e o ocorrido no dia nove, mesmo magoado com essa distância entre os dois que ela impôs sem ele conseguir entender o porque... perto do que estaria a vida dela naquele momento, isso não era nada. Então além de tentar ligar ou mandar mensagens no telefone dela, ele pediu ao irmão em casa que descobrisse detalhes sobre o velório e mandasse umas flores e um cartão por ele. O máximo que os dois conseguiram na época, e depois disso até passaram a ignorar e com o tempo esqueceram a informação a pedido de Alessandro, foi mandar a encomenda para o endereço da agência.

"Eu te procurei. O enterro já tinha acontecido, então eu consegui que mandassem flores pra você, na agência. E um cartão."

"Eu tenho o cartão guardado até hoje."

"Porque você sumiu? O que aconteceu com o seu telefone?"

"Assim que eu cheguei aqui, ficou claro que eu não ia mais poder voltar. Alguém tinha que assumir o lugar do meu pai ou então aquela agência ia se acabar. Eram quase quarenta anos de um legado que eu não podia deixar ir pro lixo assim."


Ela sabia que talvez, só talvez, estivesse exagerando um pouco. Tinha ciência de que quem sabe Verônica pudesse dar conta do trabalho, já que pelo visto tinham uma equipe muito boa para além dela enquanto dona de metade de tudo. Só que além dessa promessa imposta por ela mesma em nome do legado do pai... era um direito dela, de dona Graça, da tia, das filhas que ela logo descobriu que chegariam. Passados os primeiros dias de luto, antes de junho acabar, Verônica pediu uma reunião com ela e dona Graça. Sabia que o pai de Simone tinha um testamento porque ele tinha feito dela uma testemunha, e o documento ditava o óbvio: tudo o que ele tinha seria dividido entre elas duas, mas sem esquecer da irmã dele, que deveria receber uma quantia determinada por ele no curso da elaboração do documento, até o fim da vida dela. Os dois nunca deixaram de apoiar um ao outro e ele queria apenas que isso fosse mantido. E foi, é óbvio, porque Simone fez questão. Além disso, tinha uma série de orientações sobre como dispor dos imóveis e o que mais fazer com os outros bens que ele iria deixar. Ele deixou tudo muito bem organizado. Depois de falar sobre isso a ele, a mulher explicou que dona Graça disse imediatamente que queria que ela ocupasse o lugar do pai no trabalho, porque sabia que de outra forma... que nenhuma outra alternativa possível iria funcionar, pelo menos não na cabeça dela.


All I Ask!Onde histórias criam vida. Descubra agora