MARINA FONTENELLE
O tilintar dos copos e talheres daqueles que estavam à mesa, eram acompanhados por suas falas. Às crianças eram tão comunicativas que qualquer coisa que falavam, dávamos total atenção. Mais cedo, só faltavam somente Patrick e seus filhos, assim que pensei neles os três aparecerem. Enquanto as crianças pulavam indo em direção ao seus assentos o pai as acompanhava com passos lentos. Por um momento me permiti relembrar de quando ele, Valentina, Patrick e Ângelo eram pequenos - os três tornavam-se, uma verdadeira tempestade se acabassem se unindo em questão de segundo.
Essa família era a segunda melhor coisa que aconteceu na minha vida...
- Marina, você sairá durante o dia? - perguntou minha amiga de longa data.
- Estou com planos, se der tudo certo. Hoje mesmo voltarei para Doce sorriso.
Os murmúrios de lamentação, com o meu anúncio, me fez rir por dentro.
- Não vá agora, está tão cedo...
- É verdade - afirmou a pequena Mariana.
- Eu quero muito ficar, mas o tempo não espera assim como minha saudade... - falei e limpei meus lábios com o guardanapo.
- Sei que ela não espera, mas, peço que durma mais uma vez aqui... - pediu Nora pondo sua mão sobre a minha.
- Mas será a segunda noite se eu fizer isso.
- Não tem problema, pode ter a segunda, terceira, quarta... Só passe mais um tempinho com a gente.
- Por favor, Marina... - suplicou Isabella. Em meio aos pedidos contando com aqueles transmitidos por olhares, tive de ceder. - Tudo bem, ficarei! - comemoraram - Mas só essa noite...
- O importante é que possamos passar mais um tempo com você! - disse Otto com um sorriso doce nos lábios - Bom, se me dão licença. Terei de ir agora para empresa. - falou enquanto se levantava e afastava a cadeira - Você vem comigo, Patrick?
- Pode ir na frente, tio. - respondeu com seus olhos fixos no café.
- Ok - disse batendo no ombro de seu sobrinho - Tenham um bom dia, e até mais tarde! - nos despedimos com palavras rápidas e assim que ele saiu, Edgar apareceu.
- Vim só para dar bom dia e dizer que já vou...
- Não vai ao menos tomar um café, meu irmão? - perguntou a mulher ao meu lado. Mesmo que não vendo qual roupa estava trajando sei que está como sempre, com sua roupa social. Edgar era um amigo de longa data, bons tempos podemos compartilhar juntos...
- Não, não... - suspirou - Vamos, Patrick? - o homem loiro revirou os olhos e assim se levantou.
- Não posso nem tomar café direito - retrucou.
- Só está assim por causa da reunião... - Patrick deu de ombros e beijou o rostos de seus filhos. Assim que os homens da casa saíram, voltamos a conversar.
- Não vejo a hora de poder ajudar o papai com os negócios... - comentou Benício fazendo a todos rirem por seu tom de voz.
- Você ainda está muito pequeno, meu anjo. - diz Nora.
- Não tem nenhum problema nisso - cruzou os braços que eram cobertos por sua blusa de mangas longas, branca de listras azuis - O tio Ângelo me disse uma vez que tudo o que eu quisesse, desejasse e que fizesse bem aos outros e se eu me dedicasse. Eu conseguiria. Então, acredito que seja algo possível e não importa minha idade. - a fala do menino deixou-nos surpreendidos, e obviamente, a saudade de quem o aconselhou sondou nossos corações.
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A Verdadeira Felicidade | Livro I
SpiritualJasmine Freire é uma jovem gentil, de boa alma e amada por todos, com seu carisma e maneira de ser consegue conquistar qualquer um a sua volta. Ama o simples fato de morar numa das pequenas fazendas as quais seus antepassados já tiveram poder sobre...