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PATRICK VITELLO

Tentei não olhar muito para Jasmine enquanto entramos no escritório. Foi de fato muito surpreendente reencontra-la e vê como ficou mais linda... Otto foi para a cadeira detrás da mesa e Nora ficou ao seu lado, Valentina ficou próxima a porta junto com Isabella e meu pai. Já eu, preferi ficar no sofá junto com Marina, Jasmine enfrente a mesa que estavam meus tios tinha uma postura firme e ao mesmo tempo aberta.

Minha tia logo começou a explicar a situação e todos a entenderem. Bom, não nego que a maneira que o tal Deus agiu, foi muito surpreendente. Só um milagre mesmo para tirar meu irmão da prisão em que ele mesmo havia entrado. Às outras mulheres tinham expressões leves, bem o contrário do meu pai, que tinha um olhar distante, que foi o contrário do meu tio, que reluzia um brilho em suas pupilas que resumir ia em uma só palavra; “Esperança”.

Que coisa mais tosca...

— Tem filhos, Jasmine? — perguntou meu tio deixando a todos atentos a conversação em que ele inicou em pouco tempo. Estava tão pensativa que acabei pegando da metade das perguntas.

— Não, aquele garoto que está comigo é o meu irmão.

— Vocês se parecem... — comentou, Nora.

— Onde fica sua casa? — questionou o homem de olhos azuis, ele parecia anotar algo em uma folha de papel.

— É muito distante daqui.

— Quanto?

— Bom, para irmos de lá para cá, são sete horas. — os olhos de meu tio pareciam ter dobrado de tamanho.

— Muita disposição para vir até aqui — riu.

— Quando se trata de fazer a vontade Deus. Uma força enorme nos toma e bom, é o combustível necessário que precisamos. E a distância, se torna algo pequeno.

Valentina parecia estar admirada com a fala e jeito que a jovem era, era como se ela visse a melhor amiga que teve no fundamental depois de muito tempo.

— É verdade... — murmurou Otto — Bom, por hoje é só isso. Tem mais alguma pergunta?

— Não, não... Estou tranquila.

Meu tio suspirou e deu uma breve olhada para o papel.

— Olha Jasmine, eu não sei quanto tempo isso irá levar mas, eu acho que já seria bom eu te pagar semanalmente.

— Pagar? — o tom de confusão na voz doce da mulher me fez prestar atenção.

— É... Você vai passar por um tempo aqui, como um trabalho e...

— Não Otto, eu não quero ser paga por nada! Tudo o que eu precisar, Deus vai me dá, não precisa vir das suas mãos.

— Tá, mas. Deixe que eu te page pelo menos uma pequena quantidade — pediu — Tenho certeza de que te ajudará...

— Não precisa, eu já disse.

— Aceite como um presente então — meu tio estava determinado — Um presente de um pai que ama seu filho, e tem a sorte de conhecer aquela que nos ajudará... — Jasmine suspirou.

— Eu vou pensar, e te falo.

— Certo...

— Vem querida, preciso te mostrar em que quarto ficará! — anunciou a mulher de cabelos brancos bem animada, pelo jeito quis quebrar o clima instável que meu tio deixou. Ela estendeu a mão para a que estava sendo entrevistada e logo as duas se juntaram.

— Vamos. — se levantou — Tenham um bom dia. — desejou.

Às quatro sairam juntas, apenas nós homens ficamos.

A Verdadeira Felicidade | Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora