Jasmine Freire
Caminhei com passos cautelosos em direção daquela que estava na maca, seus olhos estavam distantes e sua pele branca mostravam o quão estava frágil.
— Oi... — sussurrei me sentando sobre a poltrona branca. Tudo era tão novo e com glamour que me senti uma estranha. A garota olhou para o canto e finalmente rastejou o seu olhar em minha direção.
— Jasmine... — sorriu, fraca.
— Oi meu amor, eu estou aqui... — juntei minha mão direita com a sua, enquanto a outra foi para seu cabelo. Meu peito se apertou quando o contato me fez sentir o quão estavam frias. — Me disseram que você ficou me chamando...
Uma lágrima vaga desceu de seu olho direito atingindo o travesseiro.
— Meu bem... — lamentei.
— Eu só quero a minha casa, a minha família. O Ângelo... — ofegou — Somente isso...
— Você logo os terá, mas para isso precisa estar forte!
— Eu não sei se conseguirei...
— Eu sei que vai.
— Ah... — suspirou cansada — Está tudo tão confuso...
— Imagino... — afaguei seus cabelos — Mas, posso lhe pedir uma coisa?
— Se eu poder fazer...
— Durante esses dias em que estiver aqui, não pense muito em nós e sim sua recuperação! Se o fizer, logo estaremos juntos... — me avaliou por alguns instantes. — Você é jovem demais para carregar esse peso e principalmente esses pensamentos. Dê um descanso para si própria durante esses dias... — a aconselhei.
— Tentarei.
— Ao menos o faça... — assentiu como resposta.
Os minutos seguintes aproveitamos para conversar mais um pouquinho.
Saí da sala e já pude vê a presença de Valentina e Patrick.
— Onde está o Edgar?
— Foi levar meus pais, mas já está voltando... — informou a mulher.
— Hum.
— Vamos entrar agora, se quiser pode ir no refeitório comer algo ou, até mesmo ir embora...
— Não não, obrigada. Só vou comer algo mesmo.
— Tem certeza?
— Absoluta.
O homem loiro já tinha um de suas mãos sobre a maçaneta, os dois entraram em seguida enquanto eu me retirava do corredor. Ter memória fotográfica nesses momentos é algo útil e prazeroso, sendo assim, não teria dificuldade para voltar já que minha mente decorou em tanto cada curva e canto.
Assim que as portas de metais se abriram andei em direção a saída, virei a direita seguindo reto. Sei que poderia ter pegado outro atalho, mas foi em vão pensar nisso quando estava a pouquíssimos centímetros do refeitório. Ao passar pelas portas de vidro, me surpreendi com o tamanho do espaço, comparando é o tamanho dos fundos da mansão só que em uma versão um pouco menor. Às mesas redondas postas em ótimos lugares davam uma linda decoração além das plantas esverdeadas de folhas e caules grandes. O balcão um pouco mais ao longe tem uma linda mulher, e mais ao fundo, uma porta dupla, lá devia ser a cozinha. Em alguns cantos havia alguns refrigeradores, máquinas de salgadinhos e doces.
Fui até em uma das cadeiras do centro me sentando. O pequeno cardápio marrom com letras negras fornecia às opções que poderíamos ter para alimentar. Um garçom jovem se posicionou ao meu lado e assim que terminou levou o meu pedido, preferi comer algo daqui mesmo do que outras besteiras. Sorri como forma de agradecimento assim que o prato foi posto na mesa. Bebi um pouco do suco amarelado, pelo gosto era uma mistura entre limão e maracujá, gosto era prazeroso e ao mesmo tempo estranho.
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A Verdadeira Felicidade | Livro I
EspiritualJasmine Freire é uma jovem gentil, de boa alma e amada por todos, com seu carisma e maneira de ser consegue conquistar qualquer um a sua volta. Ama o simples fato de morar numa das pequenas fazendas as quais seus antepassados já tiveram poder sobre...