NORA VITELLO
Com um sorriso no rosto, deixei os aposentos de meu filho. O sonho que tive no meio daquela madrugada me fez ter um resquício de esperança.
Sonhei que estava em um lugar parecido com uma fazenda, a diferença é que a casa não era tão grande mas, o campo ao fundo e redor confirmava que a propriedade era bem espaçosa. Uma mulher de estatura um tanto alta estava parada, seu corpo magro e coloração de pele mostrava o quão era jovem. Trajava um vestido rodado de xadrez com uma coloração disfersificada. O colar com um pequeno pingente azul estava sob sua pele clara. Seus braços estavam para trás. Os cabelos acastanhados balançavam conforme o vento desejava. Os olhos esverdeados combinavam perfeitamente com às sobrancelhas escuras. Os lábios rosados carregavam um largo sorriso. Uma paz incrível havia naquela à minha frente. Com uma de suas mãos segurava firmemente a do garotinho o qual não consegui vê direito por conta do clarão que veio dando o fim para aquele sonho.
Mesmo nem sabendo quem era, o sentimento bom que envolveu meu coração ao olha-la ainda permaneceu em meu peito por um longo tempo. Fui tirada dos meus pensamentos com a voz calma de Benício.
— Oi, vó! — abraçou minha cintura — Bom dia...
— Bom dia querido! Dormiu bem?
— Melhor, impossível! — sorriu enquanto se afastava.
— Está acostumado em acordar cedo?
— Sim, e além do mais se eu desregular meu sono. Será difícil quando minhas aulas voltarem — suspirou. Fiquei surpresa por ser tão esperto.
— Isso é verdade — concordei — Mas, enquanto elas não voltam, deve aproveitar. Ok? — pus minhas mãos em seus ombros.
— Ok!
— O que esses dois estão fazendo a essa hora da manhã? — pergunta meu marido fazendo-nos olha-lo.
— Estávamos apenas conversando — responde o menino, enquanto o trago para perto de mim.
— Ah sim... Mas, meninos como você devem estar dormindo esta hora! — o advertiu.
— Mas eu sou diferente, vô! — revirou seus olhos.
— Que bom! — o homem bateu levemente no ombro do garoto — Vou estar no escritório, o que precisarem me chamem... — fomos deixados sozinhos e assim caminhamos pelo corredor lentamente.
Acompanhei meus netinhos enquanto estes corriam em minha frente, viraram a esquerda passando pela porta de duas divisórias indo em direção a sala de jantar, a grande parede da a separação da cozinha para ela.
Andei lentamente enquanto os via se assentarem sobre às cadeiras.
— Vamos comer mais cedo pra termos mais tempo de brincar! — disse Mariana animada.
— Mas comam devagar! Se não vão acabar pondo tudo pra fora depois — os adverti.
Logo, todos estavam à mesa se alimentando. Minhas filhas, esposo, sobrinho, irmão, crianças e eu conversávamos animados. Porém, em um dado momento, Patrick se inclinou na cadeira limpando seus lábios com o guardanapo.
— A conversa está boa, mas tenho que ir — diz enquanto se levanta — Tenho um encontro importantíssimo com um dos afiliados da minha empresa — meu sobrinho descidiu seguir o caminho “dos vinhos”, como diz seu pai. — O lugar não é aqui — suspirou.
— É muito longe? — questionei.
— Acho que demora uns quinze ou vinte minutos por aí, mas se eu apressar posso chegar mais cedo.
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A Verdadeira Felicidade | Livro I
SpiritualJasmine Freire é uma jovem gentil, de boa alma e amada por todos, com seu carisma e maneira de ser consegue conquistar qualquer um a sua volta. Ama o simples fato de morar numa das pequenas fazendas as quais seus antepassados já tiveram poder sobre...