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Jasmine Freire

Assim que acordei fui até o quarto das crianças, dei um beijo no rosto do meu irmão e pela cobrança dos outros dois, tive que fazer o mesmo neles.

Saí e assim fui me aprontar.

Escolhi meu vestido branco de listras azuis, sapatilhas, colar e pulseiras. Deixei meus materiais de maquiagem já prontos e fui tomar meu banho.

Apliquei meu perfume e assim comecei a me arrumar. Catei minha bolsa e com cuidado sai de meu quarto e entrei no de Ângelo. Um sorriso amplo tornou-se em meus lábios assim que vi que a cama estava vazia. Com agilidade e rapidez peguei duas calças, uma de moletom e outra de jeans, três camisas, meias, sandália e sapatos. Os deixei dentro da bolsa e fui até o banheiro. Como sempre, fiquei contemplada com o tamanho! Era gigantesco e muito bonito. Havia um chuveiro e banheira, pia dupla, sanitário e uma pequena área para barbear. Despertei-me do transe em que fiquei e catei a pasta de dente novinha que tinha, escova e sabão. Os deixei também dentro de minha bolsa. Assim que estava pronta para sair, acabei parando, a porta sendo aberta me fez entrar em alerta.

— Jasmine, o que faz aqui? — perguntou, Valentina.

Deixei a bolsa na cama ficando próxima à ela para cobrir. Oliver em suas braços, era sacudido levemente por sua mãe.

— Eu vim, vim procurar um quadro...

— Que tipo? Com a nossa família?

— Isso.

— Ah! — disse. Ela se virou e puxou uma das gavetas da cômoda atrás de si, retirou um objeto e o estendeu em minha direção — Aqui — andei devagar e o peguei — É a melhor fotos que temos...

— É linda.

— Por que a sua bolsa está tão inchada? — engoli em seco — Ah, deve ser coisa da minha cabeça... Acabei acordando com o choro de Oliver no meio da madrugada, desde então, permaneci acordada...

— O que ele tinha?

— Cólica... Mas já está melhor, não é filho? — o olhou e deu um beijo — Você já está de saída?

— Sim, e... Não precisa se preocupar comigo, cuide de seu filho, é domingo e terá tempo de sobra.

— Queria que e os outros pensassem assim, que não trabalhassem no domingo ou sábado para poder descansar... Mas, pelo menos, descontam na semana...

— É...

— Mas, você tem certeza de que irá sozinha?

— Vou pegar um táxi.

— Você é quem sabe...

— Você está muito cansada, e eu tenho que me acostumar com a vida na cidade.

Ela assentiu, se despediu e saiu. Suspirei profundamente e peguei minha bolsa, saindo em seguida.

Descendo as escadas pude vê os donos da casa sentados juntos sobre o sofá. Nora tinha sua cabeça deitada no ombro do marido enquanto ele envolvia seu ombro com o braço, em uma de suas mãos, o álbum onde as fotos de Ângelo quando era criança aparecia estava entre eles. Me aproximando um pouco, pude vê que dormiam. Sorri um pouco triste com a cena.A mente dos dois deviam estar tão confusas cheias de inseguranças, principalmente às referentes ao futuro... Quis abraçá-los, mas permaneci no mesmo lugar, quis contar que o filho deles abriu as portas... Mas permaneci em silêncio, não era o momento, não era a hora...

Sendo deixada pelo táxi em frente a um dos mercados, pedi para que esperasse, o homem assentiu e voltou a focar sua atenção na estrada. Tive de manter minha cabeça no centro envés de olhar para cima onde queria vê até onde o mercado alcançava. Eram tantas pessoas que tive de prestar atenção onde andava. Subi os degraus com a mão no corrimão e com meus olhos fixos na visão das portas giratórias, no canto, uma barra e uma corrente separava o espaço para os diversos carrinhos e cestas. Escolhi um e entrei com cautela.

A Verdadeira Felicidade | Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora